━━──🍂── ◌◦Ruby é uma mulher que cresceu longe da civilização, com uma estranha magia correndo por suas veias. Ela é a única herdeira de uma longa linhagem antiga. Após ser acolhida pela família Marruá, Ruby finalmente encontra um novo lar, mas a do...
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- Capítulo 08: Ruby -
Tudo vazio, a dor latejante na minha cabeça não permitiu abri meus olhos. Só enxergava o mais completo vazio, o escuro. O suor escorria pelo meu rosto, sentia um aperto no peito, o ar que puxava com dificuldade. Estava difícil respirar corretamente. Não tinha noção do tempo ou do que acontecia ao meu redor.
- Carma' ocê vai ficar bem. - a melodia de sua voz invadiu meus sentidos.
Escuto ao longe uma melodia suave de viola, onde cada nota é tocada com uma delicadeza que parece acariciar o ar. As cordas vibram com uma harmonia que mistura graça e mistério, criando uma atmosfera quase mágica. A melodia começa com um dedilhado lento, cada nota ecoando como um sussurro no vento, trazendo uma sensação de paz e tranquilidade.
À medida que a música avança, a melodia se torna mais complexa, mas nunca perde sua suavidade. Há momentos em que as notas parecem dançar, leves e graciosas, como folhas flutuando ao sabor da brisa. Em outros momentos, a melodia se aprofunda, invoca sentimentos. É relaxante.
A dor que sentia segundos atrás, parecia desaparecer aos poucos. Não completamente, mas já era um alívio. Minha visão estava embasada, mas ao abrir os olhos com cuidado, uma figura desconhecida me carregava em seus braços, o calor de seu toque sobre minha pele o balanço do cavalo. Sabia que estava sendo carregada.
Ele me olhou e senti seus braços me apertarem mais uma vez, para ter certeza que não escaparia de seu aperto.
Meu corpo está fraco e mole, assim como acordei, perdi novamente a consciência e enxergava somente o vazio.
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Meu corpo se mexia de um lado para outro, aos poucos pude sentir texturas diferentes. Estava deitada em algo macio e bem mais confortável que a minha cama. Minha cabeça doía, mas já conseguia abrir os olhos, começando a recobrar a consciência. Escutava murmúrios ao meu redor. O que aconteceu?
Aos poucos, consegui acordar e levantar meu corpo. Havia dores em algumas partes, mas nada que eu não pudesse suportar. Respirei fundo, sentindo o ar entrar nos meus pulmões com mais facilidade. As respirações foram se tornando mais profundas, até que ouvi alguém falando. Conhecia aquela voz de longe.
- Ela tá acordando! - o entusiasmo em sua voz misturado de alívio.
Olhei ao redor é percebi que não estava em casa. Talvez estivesse longe demais.
As paredes eram de um tom claro, transmitindo uma sensação de calma. Ao lado do sofá, havia uma cadeira onde Muda estava sentada, observando-me com preocupação. Ver um rosto conhecido deixou meu coração menos agitado. A mulher de cabelos escuros olhou em meus olhos com carinho, ela segurava um pano nas mãos, com certeza usando para limpar meu suor enquanto dormia. Mas a próxima pessoa que se dirigiu a mim foi um choque de realidade.
