Capítulo 21

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Não falo com Josh desde o dia da briga no meio da escola. Sempre que tento ir até ele, ele foge de mim ou finge que eu não existo, e a conversa que ele falo que iríamos ter nunca aconteceu.

Josh não está nada errado por estar fazendo isso. Eu mereço cada ato e palavra que ele está fazendo contra mim, e acho que por agora, o melhor que posso fazer é dar um tempo à ele, e eu acho que é isso que está acontecendo, estamos dando um tempo.

Meus pais me avisaram de última hora que iríamos jantar na casa dos Urrea. Vai ser a segunda vez que iremos jantar com a família do Noah, com o pai dele, no caso.

Meu pai já está me chamando para irmos logo, então calço meu salto alto com pressa e desço as escadas. Minha mãe logo vem até mim e me elogia pelo visual de hoje. Estou vestindo um vestido preto curto de tecido fino com um pequeno decote nos seios, que dá um toque de sensualidade, mas sem ser vulgar.

Não sei como será esta noite. Faz dois dias que Noah me fez gozar, e desde então não falei ou vi ele na escola, o que é ótimo no meu ponto de vista, assim coisas ruins não podem acontecer. Mas o que eu vou fazer quando ficar cara a cara com ele durante um jantar inteiro?

Enquanto atravessamos a rua, consigo sentir o vento frio batendo em minha pele, o que faz eu me arrepiar, mas não ao ponto de eu começar a passar frio, já que são apenas alguns passos até a casa dos vizinhos.

"Mas que família mais bonita, entrem, sejam bem vindos," diz o Sr. Urrea ao nos atender pessoalmente em sua casa.

"Marco, que prazer revê-lo, não podia esperar para provarmos mais alguns daqueles vinhos," meu pai o cumprimenta.

Nós entramos na casa e nos sentamos na sala dele.

A casa da família Urrea não é tão diferente da nossa, as duas provavelmente foram feitas pelo mesmo arquiteto. Entretanto, as decorações se diferenciam bastante. Aqui a decoração é bem mais masculina que na minha casa, mas os vasos deixam claro que uma mulher já havia morado aqui.

Noah logo aparece, praticamente do mesmo jeito que o vi na minha casa quando a família dele jantou lá. Ele está com o cabelo penteado e organizado, com uma blusa de botões preta que o deixa ainda mais bonito, e uma calça jeans, que deixa claro quem ele realmente é, mas ainda assim ele continua diferente.

Ele cumprimenta meus pais primeiramente e depois chega até mim. Eu me levanto do sofá e fico de frente para ele.

"Jacob," digo estendendo a mão.

Quero parecer o mais distante dele possível. Depois do que aconteceu no trocador, eu não quero nem chegar perto dele, já chega, isso já foi longe demais.

"Por favor Any, nós somos amigos, me dê um verdadeiro abraço," ele diz já levando suas grandes mãos as minhas costas.

"Isso mesmo Jacob," meu pai concorda.
"Onde é que estão aquelas duas crianças que não se desgrudavam hora nenhuma?"

"Nós não somos mais crianças pai," digo.

Noah dá de ombros e me abraça. Nossos corpos se chocam tão forte que dou um passo para trás para não cair, e ele aproveita a situação.

"Opa! Não vai cair." Suas mãos descem mais as minhas costas para me segurar e acabam chegando na curva da minha bunda, onde ele dá uma leve pressionada.

"Está tudo bem," eu o empurro. "Eu não ia cair."

Noah me olha convencido e senta no sofá a minha frente. Durante toda a conversa, ele me olha como se fosse me atacar ali mesmo. Sua cabeça vai de um lado para o outro me analisando como se eu fosse um trabalho seu inacabado. Eu cruzo as penas incomodada com a situação, não posso vê-lo me olhando assim, então tento ignorar durante o tempo todo, mas fica impossível quando ele deixa seus desejos tão óbvios assim.

Eu abaixo minha mão e a deixo em uma altura que nossos pais não possam ver, então mostro meu dedo do meio para ele, que ri e não dá muita importância.

"A comida está pronta," um dos empregados avisa.

"A melhor hora da noite," Marco diz de maneira exagerada como piada.

Todos rimos e vamos até a mesa. A mesa é feita apenas para cinco pessoas, que é em quantas pessoas estamos. Nossos pais se sentam primeiro, e infelizmente Noah e eu acabamos nos sentando nas cadeiras restante, um ao lado do outro.

"E então Jacob, como está indo sua adaptação de volta a nossa cidade?" Meu pai o pergunta enquanto mastiga um pedaço de carne.

"Na verdade está sendo muito fácil Sr. Lush, ainda mais que tenho Any me ajudando a me dar bem com o pessoal da escola," ele responde.

Respiro fundo quando começo a sentir suas mãos na parte inferior a minha coxa me massageando.

"Que bom que a Any está te ajudando, não sabia disso."

"Ah, está sim, ela está me recebendo de coração aberto lá na escola," ele diz tocando os dedos longos sobre minha calcinha.

No momento que meu pai se vira para Março para falar sobre nós, Noah se curva até mim e sussurra em meu ouvido. "E as vezes até mesmo as pernas."

Olho para ele querendo o matar agora mesmo. Levo minhas mãos até as dele, tentando o tirar do meio das minhas pernas, mas quando seguro seu braço, seus dedos encontram meu clítoris, e minhas costas se arqueiam fazendo todos olhar para nós, mas mesmo assim, Noah continua me massageando.

"Any, você está bem?" Minha mãe pergunta.

"Estou sim, só havia me engasgado. Com licença, eu vou ao banheiro."

Me levanto da cadeira e arrumo meu vestido olhando feio para Noah.

"Jacob, a acompanhe até o banheiro," diz Marco.
"Não é necessário Sr Urrea, tenho certeza de que me lembro do caminho."

"Pelo jeito que você disse tenho certeza que não se lembra," ele ri. "É bom que Jacob já aproveita para te mostrar as fotos de vocês juntos, agora vão e deixe os adultos trabalharem, nós temos negócios a tratar."

E novamente Marco ri, mas eu não. Estou com medo do que pode acontecer se eu ficar sozinha com ele de novo. E que assuntos eles teriam a tratar? Estão negociando novamente? Agora vamos nos ver nos fins de semana também? Não acredito que isto está acontecendo.

"Negócios?" Pergunto antes de sair.

"Exatamente, não é maravilhoso?" Meu pai responde.

"É sim, que ótima notícia," digo e subo as escadas.


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𝘿𝙞𝙜𝙖 𝗺𝙚𝙪 𝗻𝙤𝙢𝙚✔︎/𝑁𝑜𝑎𝑛𝑦Onde histórias criam vida. Descubra agora