Capítulo 45 - Dor e exaustão parte 1

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Otávio em Roma, conheceu seu treinamento base, recebendo dicas para sua formação física e mental, sob a tutela de mestres, mas ele queria mais, e começou a ler livros para descobrir outras técnicas, mas aprender essas coisas por escritas de livros era difícil, então ele decidiu procurar pessoalmente, ele começou a pedir para treinadores que ele conhecia, e para pessoas da nobreza, assim descobrindo um mestre samurai que vivia ali em Roma, ele tinha se estabelecido em uma área de plebeus, mas era conhecido localmente com sua habilidade e disciplina com a Katana

o homem era mais velho, sem cabelos e com uma barba branca feita com olhos cinzas, Otávio entra no Dojo, se sentando no chão com o senhor, ele conversam por horas, e Otávio implora para aprender com o mestre, que de início se recusa, por querer uma vida mais tranquila, mas depois de horas, ele aceita, naquela noite, o imperador dormiu no Dojo, acordando cedo no outro dia

cedo no outro dia, o mestre acorda o imperador, antes mesmo do céu nascer, ele levanta bocejando e limpando seus olhos, tirando os sapatos e indo ao centro do Dojo, o senhor joga uma Katana de madeira - coloca a Katana na bainha - Otávio obedece - primeiramente precisamos adaptar você, vocês romanos estão acostumados a usar o gládio, mas isso não vai funcionar aqui - Otavio começa a tentar fazer cortes precisos, juntamente a movimentos fluídos pelo Dojo, mas a postura dele e o equilíbrio não são dos melhores, errando vários movimentos e cortes - lembre-se a Katana é uma extensão do seu braço - o imperador tenta colocar mais forças nos ataques e seus movimentos ficam mais rígidos - não basta ter força, tem que ter controle absoluto da Katana -

no mesmo dia, ele começa a praticar o "laido", que é um movimento rápido, a arte de desembainhar a espada rapidamente e atacar em um movimento único, ensinando a importância da velocidade e precisão

Um tempo depois, para melhorar os movimentos de Otávio, o mestre decidiu dar uma introdução a meditação Zen. Passando horas em jardins tranquilos e quartos arrumados, praticando a meditação para acalmar sua mente - para dominar a Katana, você não deve se deixar levar pelas emoções - ele ficou nesses treinamentos por semanas, o treino era exaustivo, mas estava dando resultados

Semanas depois

Otávio se encontrava em um dojo - "eu já estou aqui a um tempo" - um homem se aproxima, ele é mais velho, vestindo uma roupa samurai, e uma Katana de madeira, o imperador se levanta, pegando uma Katana de madeira, eles começam a lutar e a treinar a técnica da espada

- fique tranquilo, não se deixe levar pelas emoções - fala o senhor mais velho. As tentativas de cortes de Otávio começam a ficar mais rápidos, enquanto ele desvia com mais facilidade, ele analisa os ataques do oponente, enquanto o tempo mais passa, mas ele desvia com facilidade, contra atacando os ataques com rapidez, empurrando o oponente para perto da parede, e num movimento ágil, ele acerta o ombro do seu mestre, que coloca a Katana de madeira na bainha e eles se cumprimentam - sua hora chegou, seus treinamentos aqui acabaram, você aprendeu a usar a calmaria, a analisar seus oponentes, agora, você deve aprender a usar a raiva, você deve ir treinar com um amigo meu, ele irá ensinar a você... - fala o mestre

- Muito obrigado por essas semanas, mas eu queria saber, qual o seu nome? você nunca me disse, mesmo depois de tanto tempo - pergunta Otávio

- Kenji... Mestre Kenji - aquele dia se passa, e Otávio arruma suas coisas, se despedindo do homem e indo embora

Em outro lugar da Roma

Em um lugar ermo e de aspecto desgastado, o chão era composto de pedras irregulares e as paredes, de pedras lascadas, estavam cobertas de musgo e manchas de sujeira. No centro desse espaço de pedras, Otávio Augusto, recém-chegado, bateu palmas para chamar a atenção. Um homem surgiu das sombras, vestindo calças rasgadas. Seu corpo era incrivelmente musculoso e definido, com cabelo e barba pretos e desgrenhados. Ele tinha uma cicatriz no olho e várias outras cicatrizes espalhadas pelo corpo - Quem é você? Está invadindo meu campo de treino - disse o homem com uma voz alta e imponente

- Kenji me mandou. Ele disse que você ia me ajudar a usar a minha raiva. Sinceramente, eu não entendi muito bem o que ele quis dizer, mas espero que você saiba, - Otávio respondeu, tentando se aproximar do homem

O homem lançou um olhar severo para Otávio, que desistiu de se aproximar - Kenji me pediu mais coisa, aquele velho do caralho. Apareça aqui amanhã, sem os sapatos e sem a camisa - o homem ordenou enquanto começava a se afastar do espaço de treinamento

- É para vir às 6 da manhã? - perguntou Otávio, hesitante

- Que 6 da manhã, caralho? Eu tenho que dormir. Pode vir no começo da tarde - ele respondeu antes de sair do espaço

O Primeiro Dia de Treinamento

No dia seguinte, Otávio chegou cedo, descalço e sem camisa, como havia sido instruído. O homem apareceu pontualmente às 16 horas, comendo uma maçã - Bom dia -

Bom dia nada. Você mandou eu estar aqui no início da tarde e você chega às 16 horas, - respondeu Otávio, levantando-se. Ele tentava esconder o desconforto ao pisar nas pedras irregulares

Escuta aqui, eu que mando, entendeu? Eu quero flexões, agora, - ordenou o homem, entrando em posição com os braços cruzados atrás das costas

Quantas eu quiser... - respondeu o homem, impassível. Otávio começou a fazer flexões. O tempo foi passando, e o corpo de Otávio começou a não aguentar. Cada movimento ele tentava aguentar a dor e a exaustão, mas ele aguentou, seus músculos queimavam, o suor começa a cair nos olhos de Otavio, que ardiam, o chão de pedras machucava suas mãos e pés, mas ele mantinha o ritmo, empurrando-se para cima e para baixo com cada vez mais dificuldade. O suor escorria por seu rosto e corpo, misturando-se à poeira das pedras - Continue! - gritou o homem. - Você acha que a raiva é fácil de controlar? Você precisa sentir dor, sentir exaustão. Só então você aprenderá a dominar sua raiva -

As flexões continuaram. Os braços de Otávio tremiam, seus músculos queimavam e seus pulmões imploravam por ar. A dor se intensificava, mas ele se forçava a continuar - Isso é tudo o que você tem? - provocou o homem. - Mostre-me do que você é feito, Otávio! - Com um último esforço, Otávio empurrou-se para cima mais uma vez antes de desabar no chão, ofegante e exausto. Ele olhou para o homem, e o homem se aproximou e estendeu a mão para ajudar Otávio a se levantar. - Não é suficiente, - disse ele. - Mas é um começo. Amanhã, mesmo horário. E traga mais do que isso -

Fim do capítulo

Crepúsculo dos Deuses: O Último DesafioOnde histórias criam vida. Descubra agora