Boa hora

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— Uai, mai num é qui chegou numa boa hora! — Matinha se levantou sorrindo divertida e estendeu o celular para o descolorido. — Tira a foto pra gente rapidim.

Ainda catatônico sem entender bulhufas o sudestino pega o aparelho e aponta para o grupo enquanto a morena volta ao seu lugar. Só depois que vê a imagem na tela é que exclama.

— Caralho porra! O que que tá rolando?! — Abaixa a câmera exasperado.

— Tira a foto logo tchê! A cadeira não tá aguentando!

— Vai logo véi.

Sul e Brasília reclamam realmente preocupados com o assento. Com o elevar de voz Rio se concentra e rapidamente tira a tal da foto e baixa o celular de novo.

— O que tá acontecendo carai?! Alguém me explica porra!

— Ela concordou uai. Num tá vendo? — Matinha saia de cima da capital.

— Vou até participar. — Brasília confirmou sorrindo. Ia levantar mas percebeu que o gaúcho ainda não havia realmente soltado seu peito, colocou a mão por cima da dele chamando sua atenção e virou para encara-lo. — Gostou?

O loiro pareceu finalmente cair em si e tentou soltar o agarre, mas foi impedido pela própria, que o pressionou um pouco mais contra si, ajeitando também o assento em seu colo. Claramente o provocava. Como ainda estava desconfortável e surpreso com toda a situação RS corou mais um pouco, estava adorável com o rosto e orelhas tingidos.

Como ela ainda o pressionava foi obrigado a responder. Desviou o olhar constrangido.

— Claro neh. — Murmurou baixinho.

Para a sua surpresa a brasiliense passa o braço em volta de seu pescoço e o abraça contra o peito.

— Então demonstra. — Falou divertida. — Já falamos sobre isso.

Ele lhe lança um olhar afiado, era claro que jogava a compostura pela janela. A abraçou de volta e enterrou o rosto em seu decote escorregando as mãos para sua bunda, apertou-a contra si segurou firme por um momento e soltou.

— Hoje não é o dia guria. — Deu um basta na brincadeira. Se continuassem ia ter uma ereção completa, não que já não estivesse no caminho.

Ela riu divertida e finalmente saiu de cima dele. Yup, estava meia bomba com toda a certeza. Sul tentou disfarçar um pouco sua excitação mas naquela situação nem adiantava mais, todos viram. Desviava o olhar para todos os cantos constrangido, porém exibia um sorrisinho insistente nos lábios.

— Si ocê num para cum isso eu vô ti cumê agorinha Sul. — Matinha chamou a atenção do sulista. Ele estava adorável demais todo envergonhado daquele jeito.

— Parar com o que? — Bufou tentando disfarçar e se enrolando ainda mais na situação.

— Di ficá todo envergonhado cum isso. Nois já viu qui ocê tá quase duro. Aceita qui dói menos.

— Ah lá! Não é que tá mesmo? — Rio de Janeiro exclamou e praticamente apontou descarado para o volume na calça alheia.

Com o comentário do sudestino o gaúcho fechou a cara e pareceu mudar completamente de humor, não tinha nenhum ponto em sua mente que fraquejava por ele. Isso o fez voltar a se portar como o usual.

— Se coloca no meu lugar pra ver se tu não fica igual. — Replicou dando uma última ajeitada na calça e finalmente largando de lado a situação de seu corpo, esquecendo as provocações aquilo ia baixar.

— Nunca falei que não ia. — O carioca levantou as mãos se defendendo todo sorridente. — Mas e aí? Tá tudo na boa com a festa? Real?

— Sim. — Brasília sorria enquanto assumia seu lugar novamente. — Eu só tenho algumas questões que quero discutir com os organizadores. — Olhou para os três individualmente. — Vulgo. Vocês.

A "festa"Onde histórias criam vida. Descubra agora