Bêbada fofa

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Não é possível que, até em meus sonhos, a minha mente esteja me sabotando.
Bom, pelo menos em sonhos eu consegui usufruir do brinquedo que eu havia comprado lá no Nana Plaza.

Embora não tenha feito muito sentido, como qualquer sonho, pelo menos eu consegui imaginar como seria se tivéssemos tido esse momento.

Fui para casa, a minha vontade era de dormir e encontrá-la novamente em meus sonhos, para continuarmos o que estávamos fazendo, mas eu precisava ir trabalhar.

Após tomar um banho relaxante e refletir sobre tudo o que havíamos vivido, sonhado, fui para o salão e permaneci por ali o dia inteiro, rindo, me distraindo com as meninas e fazendo o que eu amo. Já passava das 20 h quando a última cliente se despediu.

Estou com saudades da Yoko, era tão forte que meu coração me impedia o tempo todo de transmitir isso, mesmo eu sentindo, parecia que eu estava amarrada, e sufocando nos meus próprios sentimentos.
As meninas resolveram ir para um bar próximo ao salão, deixei meu carro por lá, e as acompanhei.
Não adiantava eu ir para casa e me afogar em pensamentos desnecessários naquele momento.
Já era quase nove da noite, não era hora de sentir coisas assim. Às nove, é a hora da novela, do jantar, de qualquer coisa, menos de sentir a falta dela.
Comecei a virar os shots que as meninas estavam me servindo.

Tanya
- Vai com calma Mali! Amanhã ainda temos que trabalhar.


Pam
- Deixa ela! Faz tempo que não saímos para beber juntas.


Ela realmente tinha razão, costumávamos sair mais para almoçar ou jantar, mas beber de encher a cara fazia um longo tempo.

Meu corpo suplicava por um copo atrás do outro, minha esperança era de parar de sentir, quais quer que fossem esses sentimentos, ele deveria parar, ou pelo menos congelar por um momento.

Fui ao banheiro e me olhei no espelho, me sentindo um pouco tonta.
Meu cérebro insistia em
uma briga que ele sabia não ter a menor chance, ele brigava com o meu coração insistentemente, enquanto meu coração suplicava pela presença dela, pelo cheiro, pelo toque, pela pele.
Enquanto minha mente vagava apenas pelo lado racional das coisas, podia ouvi-la dizer: eu avisei que não daria certo, ela é muito nova, incompreensível e mimada.
Essa luta persistiu por tempo enquanto eu lavava o rosto, o que fez com que meu estado alcoólico mostrasse para que veio.

Voltei para a mesa e pedi mais um Drink, sem falar para ninguém em um surto não pensado eu virei a taça e eu saí do bar, estiquei as mãos para o primeiro táxi que me apareceu.


- Taxi, me leva para a casa dela!


Taxista
- Ok, mas onde é a casa dela?


- Você está perdido igual eu, ok, ok... Me leve para Stanford.

Provavelmente ele deve ter achado graça, uma bêbada estudiosa estava entrando em seu carro nesse exato momento.

Trinta minutos depois eu estava na rua da casa dela, Stanford era a referência mais próxima que eu lembrava da casa dela.
O taxista perguntou se eu estava bem, e não consegui responder, durante o percurso não consegui pensar direito, a lucidez havia ido embora e restaram apenas impulsos mal pensados.

Cheguei em seu portão e comecei a gritar.


- Yoooooo!!! Yooo!!! Estou aqui! Eu cheguei!


Falei com a língua um pouco enrolada e atordoada, havia substituído meu sangue por álcool etílico.
Depois de uns minutos observei a luz que exalava da janela, e ela permanecia acessa e a porta permanecia fechada

Faye e Yoko - Blank The Series - GLOnde histórias criam vida. Descubra agora