Ela merece seu lugar

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Jake foi escoltado e algemado por dois agentes do FBI até a van da penitenciária, seus passos ecoando pelo corredor enquanto o público presente observava a cena com interesse.

Mesmo naquela situação, ele não pôde ignorar o apoio que havia recebido de estranhos pelas redes sociais e se sentiu grato.

Alexia, sentindo a forte presença do olhar de Jake em seus olhos, se virou para encará-lo, apenas para ver o ódio emanando de seu rosto.

Ela afirmou com segurança: — Você deveria me agradecer, Jake, pois te dei a chance de ser preso e, eventualmente, sair livre. Às vezes, o mal vem para o bem, e você terá um futuro limpo após cumprir sua pena.

Jake, em resposta, disse: — Minha pena foi reduzida, mas isso não muda o que você fez. Eu tive um bom advogado, e talvez você esteja certa... mas minha vida será sempre marcada por essa traição.

Alexia ordenou que os agentes o levassem para a van e anunciou que os acompanharia na escolta.

Enquanto eles saíam, ela desapareceu em outra direção, deixando Jake jurando se vingar dela.

Enquanto isso, Alexia encontrou Dan esperando por ela em outra sala.

Ela agradeceu pelo apoio, dizendo: — Obrigada por me apoiar, Daniel Anderson. Significou muito para mim.

Dan se virou, com um sorriso inexpressivo, e disse: — Eu estaria mais feliz se você tivesse sido completamente sincera sobre tudo. De alguma forma, sempre soube que você era inteligente demais para uma pessoa comum.

Alexia não pôde deixar de sorrir com sua afirmação, sentindo um alívio momentâneo no meio da tempestade que ainda pairava sobre ela.

Alexia perguntou a Dan sobre o grupo e seu estado atual, e ele explicou que a maioria dos membros a odiava por sua participação na prisão de Jake.

No entanto, ele disse que a cidade estava se recuperando após os recentes eventos e que ela sempre poderia contar com o seu apoio.

Obrigada, Dan. Eu realmente aprecio isso. - Alexia respondeu. — Não vou negar que foi interessante conhecer pessoas normais.

Dan soltou uma risada irônica. — Normais? Éramos um grupo louco, com um psicopata no meio e uma assassina. E, como o delegado Alan disse, o crime de Hannah já prescreveu.

Alexia concordou. Dan mencionou que a mãe de Jennifer, devastada ao descobrir que Hannah era a assassina e não pagaria pelo crime, havia se mudado da cidade.

Não vou negar que a justiça pode ser injusta nestes casos. - Dan disse.

Ele também disse que precisava voltar a Duskwood para lidar com Jessy, que provavelmente o acusaria de traição por apoiar Alexia.

Ela é tão ingênua e chata demais. - Comentou Alexia, revirando os olhos.

Enquanto conversavam, Kai chegou escoltado por um policial e perguntou: — Amor, por que tanto barulho e confusão lá fora?

Alexia ficou tensa ao ver Kai, lembrando-se do que havia ouvido no quarto enquanto ele a traía. Ela hesitou antes de responder, sabendo que ainda havia questões pendentes entre eles.

Ainda em choque com a traição de Kai, olhou para ele fixamente, respirou fundo antes de começar a falar, sua voz trêmula mas decidida: — Há muita coisa acontecendo, Kai. Eu realmente não acho que seja o momento certo para discutir nossos assuntos pessoais.

Kai, sentindo a tensão no ar, concordou e disse: — Certo. Talvez possamos conversar mais tarde, quando tudo isso passar. - Ele então se afastou com o policial, deixando Alexia com Dan.

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