Eu ainda sou a mesma garota chorando no meio do caos dos adultos.
Ainda sou a mesma garota que tinha medo de que seu pai chegasse em casa e brigasse com a sua mãe por ela ter bebido.
Eu tinha apenas onze anos quando vi minha mãe pegar uma faca para matar o meu pai.
Eu ainda sou um caos.
Então não me julgue por ser diferente de você. Por não saber falar e muito menos me expressar.
Eu desaprendi a falar quando meu pai me mandava calar a boca, porque o seu jornal era mas importante do que eu.
Eu desaprendi a impor os meus limites e a me expressar, quando meu pai dizia "eu sou seu pai, eu que mando nessa casa"
Minha boca foi costurada, e tornei-me um fantoche. Naquele qual todos poderiam me usar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tudo Aquilo Que Guardei
PoetryEra uma vez uma garota que tinha que conviver com o luto. Sua vida sempre foi um fantoche, naquele que era controlado pelos adultos que lhe faziam mau. A pequena menina teve que lhe dá com sentimentos que há faziam se sentir pequena.