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Abro meus olhos sentindo meu corpo reclamar e um peso em cima de mim, abaixo meu olhar encontrando-a em mim envolta em um abraço suave, respiro fundo antes de me lembrar onde estou.

—O que diabos está fazendo? — Olho para o rosto dela que é sereno e suave, o quente de seu corpo contra o meu é algo que não sabia que fazia tanta falta.

Empurro seu braço para longe de mim, essa mulher não pode fazer isso e achar que vou me derreter por ela.

Saio da cama pegando meus produtos de higiene pessoal, mas meus olhos recaem sobre ela novamente, os traços mais maduros de Freen me fazem pensar se ela hoje em dia faria o que me fez anos atrás, todas aquelas palavras que ecoam até hoje em mim.

Corro para o banheiro me encarando no espelho, respiro fundo antes de me despir para deixar que a água morna caia sobre todo meu corpo como uma onda elétrica que faz meu cérebro parar de voltar aos detalhes daquele maldito rosto que está lá fora.

—N'Becky? — Batidas firmes na porta se fazem presentes.

Mantenho silêncio, mas ela força a entrada na porta, ainda bem que a tranquei.

—N'Becky, é sério! Abre e me deixa usar o banheiro.

—Cai fora, cheguei primeiro. — Rio baixo.

—Caramba, é super sério. Preciso muito usar aí! — Freen tem um tom aflito, deve ter acordado com muita vontade de usar aqui, ela bate novamente

—Isso não é problema meu, se quisesse teria acordado mais cedo.

—Não vai mesmo me deixar usar o banheiro, N'Becky?

Retomo o silêncio.

—Você que me espere, senhorita Armstrong.

Ouço a porta do quarto ser batida e respiro fundo retornando a meu sagrado banho, preciso encontrar Nai logo.

Saio do chalé vendo Nai conversando com P'Nam e P'Noey que tem Irin sentada ao seu lado quase em seu colo.

—Bom dia babe! — Me aproximo beijando o rosto de minha melhor amiga. — Bom dia, pessoal!

—Oi darling, como passou a noite? — Ela sorri de lado, sei bem o que essa merda significa.

—Foi até tranquilo! — Abraço o corpo dela firmemente contra o meu dando um beliscão em suas costas.

—Freen passou aqui reclamando de você, não quis deixar ela usar o banheiro? — P'Nam pergunta baixo.

—Estava tomando banho, como permitiria que alguém entrasse? Nem Nai interrompe meu momento.

—Ela tem razão Nam, nunca interrompa o banho da Becky se não quiser sofrer alguma consequência nada feliz. — Nai ri beijando minha mão. — Ela é bravinha demais, amo isso nela.

Sarocha se aproxima e puxo Nai de perto de todas.

—Você precisa se controlar viu, está dando tanta bandeira que a presença dela te incomoda. — Nai me abraça pela cintura enquanto vamos para o salão principal onde será o café da manhã.

—Ela me abraçou durante a noite, acordei com ela grudada em mim. — Solto quando estamos longe o suficiente.

—Não acredito que a Sarochita fez isso, como foi?

—Horrível, uma das piores sensações da minha existência. — Suspiro fundo revirando os olhos enquanto nos aproximamos da mesa com a comida.

—Fala sério, Becky? — Ela me segura pelo punho. — Você não odiou nadinha isso, seja sincera comigo.

Rhythm Of The SongOnde histórias criam vida. Descubra agora