Ah, onde você foi parar, Choi Seungcheol?

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Inspirado na música: "Alley Rose" do Conan Gray.

Quando Jeonghan se encontrou com Seungcheol após o mais velho buscá-lo em seu trabalho - uma Seven Eleven de esquina -, Jeonghan tinha os olhos vermelhos em tristeza e os lábios inchados de ansiedade, mas tudo que Seungcheol tinha para falar sumiu...

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Quando Jeonghan se encontrou com Seungcheol após o mais velho buscá-lo em seu trabalho - uma Seven Eleven de esquina -, Jeonghan tinha os olhos vermelhos em tristeza e os lábios inchados de ansiedade, mas tudo que Seungcheol tinha para falar sumiu de sua mente quando Jeonghan enrolou os dedos em seus cabelos e o puxou para um beijo apressado.

Pelo jeito rápido e quente que Jeonghan o beijava no meio da calçada onde qualquer um os veria, Seungcheol soube que aquela seria a última vez que estariam juntos, mas preferiu ignorar a solidão que crescia em seu peito enquanto suas mãos se prendiam a cintura do Yoon.

Seungcheol gritava em sua cabeça tudo que precisava falar a Jeonghan. Gritava a necessidade que tinha de implorar para que Jeonghan também não o abandonasse, e não deixasse-o vagando por ai sozinho também, mas simplesmente não conseguia quando se via na frente do Yoon.

Ah, onde você foi parar, Yoon Jeonghan?

Onde você está para ter abandonado o coração vazio e solitário de Seungcheol esperando por si?

— Você só está nervoso, meu bem.

Jeonghan disse calmamente quando Seungcheol expressou pela primeira - e única vez - seus sentimentos que sufocavam-o. Em seus lábios estava um sorriso tranquilo e Seungcheol gostaria de ter respondido o que pensou:

"É claro que eu estou nervoso! Como carambas você espera que eu me sinta quando eu passei o ano todo na palma da tua mão, e você não tem a coragem de sequer me dar uma resposta definitiva?!"

Mas não.

Mais uma vez, as palavras correram por sua mente, mas quando abriu a boca, só pode dizer:

— Você está certo. Eu preciso parar de pensar tanto.

Talvez realmente precisasse, mas não conseguia quando sua mente implorava a si mesmo para discutir com Jeonghan, e seu coração pedia-o para ser paciente.

Foi paciente.

Foi paciente até demais e talvez esse tenha sido o problema, pois deu a Jeonghan o sentimento de que poderia continuar jogando Seungcheol como uma bolinha de Ping-Pong ao invés de o dizer com todas as palavras que não estava pronto para voltar a um relacionamento depois do que sua ex namorada fez com sua mente.

Ah, onde você foi parar, Choi Seungcheol?

Onde estava sua consciência quando deixou Jeonghan brincar com seus sentimentos como se não fosse nada?

Onde estava sua coragem para dizer 'não' à alguém tão perfeito como Jeonghan era?

E o pior, pelo menos para si, é que Seungcheol não se importava em ser como um brinquedo que Jeonghan brincaria até achar um novo que julgasse ser melhor.

Seungcheol não se importava se soaria como um louco dizendo aquilo, mas toda vez que corria suas mãos pelos cabelos de Jeonghan, agradecia á qualquer um que o ouvisse por deixá-lo tocar a chama sem se queimar.

Porque Seungcheol jurava que pescoços eram feitos para guardarem as marcas das noites intensas que passava com quem nunca guardaria sentimentos e sequer sabia o nome.

Jurava que lábios eram feitos para mentir quando perguntavam-o se estava bem em saber que Jeonghan saia com outras pessoas além de si.

E pensou que se um dia Jeonghan o abandonasse de vez, o motivo seria Seungcheol.

E mais, Seungcheol não se importava se aquilo fosse só um romance de verão. Não se importava se Jeonghan fosse preferir voltar para coisas mais seguras em alguns meses, não ligava se Jeonghan não queria passar pela turbulência que a vida do Choi é agora, e pelas dores passadas que Seungcheol já viveu.

Mas Seungcheol jurava que as mãos eram feitas para as brigas que já viu seus pais terem na sua frente por tantos anos.

Jurou que olhos eram feitos para chorar e desabafar todos os sentimentos que não podia falar em suas lágrimas.

Mas Jeonghan foi a primeira pessoa a o mostrar que isso talvez não fosse verdade.

Foi o primeiro a mostrá-lo que pescoços também serviriam para receberem selares carinhosos, ou a massagem de Jeonghan quando tivesse um dia difícil.

Que lábios eram feitos para estarem juntos aos do Jeonghan em seus beijos confortáveis.

Que mãos também serviriam para os toques que ambos tanto gostavam e desejavam, e que olhos serviriam para serem fechados quando Jeonghan se sentisse inseguro, mas ainda quisesse estar com Seungcheol.

E por último, a o mostrar que se Jeonghan o abandonasse, a culpa seria do próprio Yoon por não saber lidar com os sentimentos como deveria.

E é exatamente por Jeonghan ter sido aquele que o mostrou tantas coisas que Seungcheol implorava para não ser deixado sozinho.

Implorava para que Jeonghan não ficasse quieto quando não se sentisse bem.

Implorava para que Jeonghan não decidisse voltar para aquela que o fez tão mal no passado, mas agora fazia promessas tão tentadoras.

Implorava para que Jeonghan não deixasse seu amor de lado e não desperdiçasse o tempo que Seungcheol passou estando na palma de suas mãos.

Ah, onde você foi parar, Yoon Jeonghan?

— Onde você está, Jeonghan? Não me deixa sozinho de novo. Eu pensei que eu fosse o seu único amigo. - Seungcheol suspirou pela ligação. - Onde você foi parar, Yoon Jeonghan?

— Me desculpa.

E Seungcheol nunca pôde implorar o que sua mente dizia-o e gritar os sentimentos que tanto guardou em seu peito, pois Jeonghan terminou com aquela ligação o relacionamento deles, e nunca mais estariam juntos novamente.




Nota:

Quem diria que eu só precisava que minha namorada terminasse comigo pra voltar a escrever história triste

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