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—Amor, estou saindo viu.

—Vai onde meu bem? — Sou abraçada por trás com o queixo dela pressionado em meu ombro.

—Lembra da Irin? — Nai assente. — Então estou indo na casa dela para colocarmos as conversas em dias.

—Depois me conte como foi, ok? — Ela beija meu pescoço. — Vou usar o estúdio, viu!

—Só tome cuidado com meus arquivos no computador, ok?

—Sempre senhorita Armstrong. — Nai sorri indo para o meu refúgio enquanto saio de casa trancando-a.

Meu caminho até a casa de Irin foi reflexivo a cada metro de que me aproximava de lá com algumas memórias vindo a minha mente como a primeira vez que Freen e eu ficamos sozinhas em sua casa.


—Posso mesmo vir aqui sem seus pais saberem, P'Freen? — Adentro o quarto dela cautelosamente.

—Não se preocupe, nong. — Ela sorri abertamente. — Meu pai não mora aqui faz uns anos e minha mãe está no trabalho nesse momento.

—Não quero ser desrespeitosa com ela.

—Você nunca a desrespeitaria, está comigo, não está? — Freen segura minhas mãos delicadamente sorrindo de lado. — Agora vem sentar aqui que quero te mostrar uma coisa.

Sento onde ela me indicou mordendo internamente meu lábio, minha perna começa a balançar enquanto vejo Freen indo até ao closet.

—O que tanto quer me mostrar, P'Freen?

Freen se vira com uma pequena tela em mãos, meus olhos passeiam por toda a extensão deixando minha boca se abrir levemente.

—O que achou, nong?

—É muito bonito, não sabia que você desenhava P'Freen.

—Bom, poucas pessoas sabem disso. — Vejo-a sentar ao meu lado analisando sua própria obra. — É um segredo que só você sabe, por enquanto.

—Meu Deus, sou mesmo a primeira? Nem P'Nam ou P'Noey sabem? — Meu coração acelera gradativamente vendo o rosto dela e seus olhos brilhando.

—Elas sabem que gosto muito de desenhar, mas pensam que é apenas um hobbie bobo. — O sorriso dela é contido. — Mas só você sabe mesmo que é isso que quero para vida.

Meus olhos fixam-se nela por um período que não consigo mensurar.

—Você está bem, nong?

—Estou sim, é só que você tem um talento e tanto, P'Freen. — Sorrio fraco.

—Sabia que iria me apoiar, N'Becky. — Os lábios dela se abrem gradualmente até formar aquilo que mais tem mexido com meus sentidos. — Você é sensacional.

Sinto minha bochecha ficar molhada pelo rápido contato.

—O que vamos fazer agora? — Abaixo meu olhar para minhas mãos que se esfregam freneticamente.

—Que tal vermos um filme? — Freen levanta colocando a tela no closet pegando seu notebook para vermos algo. — Pode ficar a vontade na cama, nong.

Meu corpo estremece quando sua pele alva toca a minha em um singelo encostar, o coração passa para um ritmo fora do normal quando vejo-a sorrir abertamente escolhendo seu filme favorito para vermos.

Rhythm Of The SongOnde histórias criam vida. Descubra agora