PARA SEMPRE NÓS

21

| LUNA |

Acordei com o sol invadindo meu quarto, suspirei e sentei na cama. Lembrei do que eu escutei ontem, pensei tanto sobre que custei a dormir. Decidi ignorar por hoje, amarrei o cabelo num coque e levantei, peguei meu celular que carregava. Já era 11:26 da manhã e havia algumas mensagens e ligações de Olívia.

Chat on

Olívia: bom dia amore, vou fazer um churras aqui em casa hoje, aproveitar a piscina livre. Você vem viu, 12:00 já começa. [08:33]

Olívia: Lunaaa, apagou querida? Cadê você que não me responde. [09:58]

(2 ligações perdidas)

Olívia: vou ter que ir aí te buscar, caraca tá hibernando. [11:02]

Chat off

Solto risada e respondo ela.

Corro pro banheiro pra tomar um banho, já estava em cima do horário. Vou ir sem tomar café mesmo, começar o dia comendo carne.

[...]

Ajeito meu biquíni e ando até uma rodinha em que o pessoal conversava, puxo uma cadeira de plástico e sento pegando um pedaço de carne. Já estávamos um pouco alterados pelo álcool, mas nada de mais.

O climinha tava ótimo... domingo, piscina, churrasco e pagode. Tem coisa melhor?

Bebo um gole da minha cerveja e pego a toalha tentando secar meu cabelo que pingava. PK me encara e abre um sorrisinho, suas mãos vão até a minha costela me fazendo cosquinha. Tentava me desvencilhar dele mas não conseguia parar de rir, me afastei um pouco e empurrei seu ombro rindo.

— idiota. - rio e tento recuperar meu ar.

— sei que tu me ama Luninha. - ele disse rindo beijando minha bochecha.

Do nada Marçal levantou na cadeira gritando, olhei pra ele que encarava PK.

— Tu é um vacilão porra. - Marçal aponta o dedo.

— Qual foi menor, que papo é esse aí. - PK ri sem entender se levantando também

O silêncio pairou, todos observavam. Encarei Olívia sem entender mas ela me deu ombros indicando que também não sabia.

— Papo? O papo é que você é um talarico do caralho. - se aproxima mais de PK. — Po Coimbra é nosso parceiro porra, e você mal esperou o mano sair que já veio da uma de urubu. - grita.

Alguns olhares foram até minha direção.

— Coe, tem nada disso não viado, qual foi dessas neurose. Eu e Luna é parceiro po. - diz tentando manter a calma

Marçal solta uma risada negando.

— parceiro é o meu pau. - retruca. — todo mundo já viu como tu tá em cima, doidinho pra pegar a mina. - empurra Pk de leve pelo ombro. — Falta de consideração do caralho com Coimbra, o mano te ajudou em um tanto de corre e tu fica nessa putaria.

Vi PK travar o maxilar e juntar as mãos atrás das costas e encarou Marçal

— Não quero cair na mão com você, mas tu não sabe de porra nenhuma. - diz. — Considero o Coimbra po, mas se ele não soube dá valor a ela. foda-se irmão, bagulho anda. - completa. — mas eu sou homem suficiente de não forçar o bagulho por que ela não quer tá ligado? - cospe as palavras. — Então para de ficar tomando dores caralho, virou putinha do Coimbra?

A tensão explodiu, antes que eu pudesse intervir Marçal deferiu um soco no rosto de PK. Os dois começaram a brigar, a confusão foi imediata com todos tentando separa-los.

— Para porra. - grito

Vi algumas gotas de sangue cair no chão, os socos e chutes não paravam. Finalmente conseguiram separa-los, Marçal saiu puto se desvencilhando e segurando o nariz que escorria sangue. Olívia e alguns meninos foram atrás dele.

Olhei pra PK que estava com um corte nos lábios e a sobrancelha machucada, via sua expressão de raiva. Sapo e Duque estavam envolta dele falando alguma coisa.

Decidir me aproximar.

— vem cá. - atraio sua atenção e seguro seu braço o puxando.

Ele não disse nada, apenas me acompanhou. Entrei no lavabo pegando a caixinha de primeiros socorros e fui até ele que estava encostado na bancada da pia.

Ainda em silêncio comecei a limpar todo o sangue que escorria, PK não me encarava.

— Luna.. - murmurou me olhando.

— Você não devia ter levado a sério, os dois estão alterados pelo álcool. - digo

— Eu sei po. - suspira. — mas ele que veio com essas ideia... fiquei puto.

Continuei limpando a sobrancelha, e o silêncio voltou. Ficamos calados por vários minutos, quando estava terminando de passar a pomada PK suspirou.

— Po, gosto de tu de mais tá ligada. - encaro seus olhos.

— também gosto de você PK, sua amizade se tornou muito importante pra mim. - sorrio de lado.

Ele solta uma risada sem ânimo desviando o olhar, e me encara novamente.

— Porra Luna, não assim. - tomba a
cabeça. — não sei o que tu fez, por que nunca falei essas parada pra ninguém. - suspira. — mas caralho, você entrou na minha mente.

Engulo seco, seu olhar estava um pouco
perdido. Ele segurou minha mão aproximando do seu coração.

— Olha como fico perto de tu po. - sorri sem ânimo, e sinto seu coração acelerado. — nem sei que bagulho é esse que to vivendo, mas tu não sai dos meus pensamento.

— Pk.. - tento falar.

— Eu sei Luninha, tu ama ele. - leva uma mão até meu rosto fazendo carinho. — mas po, daria de tudo pra que fosse eu. - suspira.

Não falei nada, não conseguia pensar em nada.

Gostava muito do PK, ele é incrível comigo. Como disse ele me ajudou muito nesses messes, sua companhia me faz bem. É um menino responsa, trata a mãe dele igual rainha, admiro a relação dos dois. Sabe nunca vi ele com várias, ou andando com essas piranha do morro, e isso, desde antes de nos aproximarmos.

Mas meu coração pertence a outro.

— fica bem jae. - sorri fraco e deposita um beijo na minha testa.

Então ele se distancia e sai sumindo do meu campo de visão. Fui até a torneira molhando a mão e passando no rosto, me sentia mal por ter chegado nessa situação com PK. Não sei o por que, mas sentia vontade de chorar...

E hoje, que ouvi tantas vezes o nome de Coimbra, a falta dele apertou. Aí minha vontade de chorar aumentou ainda mais.

————————————————————————

• NOTA•

Votemmm pliss ⭐️
Fiquei com dó do PK e vcs?🥲
Comentem seus feedbacks❤️

Beijo da cindy 💋

Até o próximo...