Presa a um mafioso russo

42- casamento ?????💔

Eu acabei acordando umas 8h da manhã e tentei me mexer, mas percebi que estava presa. Quando olhei para baixo, vi braços em minha cintura. Um calafrio percorreu meu corpo quando percebi que Noah estava dormindo ao meu lado, segurando-me firmemente. Tentei me debater e sair, mas ele apenas apertou mais forte, sem acordar.

Amélia - Me solta! - sussurrei, tentando não gritar.

Noah acordou com meu movimento e abriu os olhos lentamente. Um sorriso cruel surgiu em seus lábios.

Noah - Bom dia, bela adormecida. Aonde você pensa que vai?

Amélia - Me solta, Noah! - eu disse, com raiva e medo na voz.

Noah - Você não vai a lugar nenhum. - Ele me puxou ainda mais para perto, seu rosto muito próximo ao meu. - Gosto de te ver assim, assustada. Te deixa ainda mais linda.

Senti meu coração acelerar de medo e nojo, mas tentei manter a calma. Precisava pensar em uma maneira de sair daquela situação.

Amélia - O que você quer de mim?

Noah - Vamos almoçar com Felipo daqui a pouco. Você vai conhecer mais sobre nossa nova família.

Ele finalmente me soltou e levantou-se da cama, deixando-me aliviada, mas ainda com medo. Levantei-me também e fui ao banheiro, tentando recompor-me. Fiz um esforço para manter a calma e me preparei para o que estava por vir.

Mais tarde, fui levada até a sala de jantar onde Felipo já estava sentado, esperando. Noah puxou uma cadeira para mim, e eu me sentei, sentindo-me desconfortável sob o olhar penetrante de Felipo.

Felipo - Amélia, que bom que você pôde se juntar a nós. - Ele disse com um sorriso falso. - Vamos conversar um pouco sobre o passado e o futuro.

Eu apenas assenti, tentando manter minha expressão neutra.

Felipo - Você sabe, Bryan e eu temos um passado interessante. Éramos aliados, mas as coisas mudaram. Agora, temos planos diferentes.

Amélia - O que você quer dizer com isso?

Felipo - Simples. Você se tornará parte da minha máfia, Amélia. Você e Noah vão se casar, e isso nos dará o controle que precisamos sobre Bryan.

Senti um calafrio percorrer minha espinha. Olhei para Noah, que me encarava com um sorriso satisfeito.

Noah - Vai ser um prazer ter você como minha esposa, Amélia. - Ele disse, provocando-me. - Imagine o poder que teremos juntos.

Amélia - Eu nunca vou fazer isso. - Respondi, tentando manter a voz firme, mas sentindo o medo crescendo dentro de mim.

Felipo - Você não tem muita escolha, querida. - Ele disse, seu tom frio e calculista. - É isso ou algo muito pior pode acontecer com você e seu bebê.

Senti minhas mãos tremerem de medo e raiva. Não podia deixar que eles me controlassem assim, mas estava em uma situação desesperadora.

Felipo - Pense bem, Amélia. Você quer proteger sua filha, não quer?

Amélia - Eu... - Minha voz falhou, e percebi que estava encurralada. Precisava pensar em uma maneira de sair dali, mas por enquanto, tinha que jogar o jogo deles.

Noah - Ótimo. Agora, aproveite o almoço. Temos muito a planejar.

Sentei-me em silêncio, tentando manter a compostura enquanto minha mente corria com pensamentos de fuga e resistência. Não ia deixar que eles destruíssem minha vida e a de minha filha. Ia encontrar uma maneira de sair dessa, não importava o que fosse preciso.

Agora Amélia era liberada a andar por toda a casa e eu não tinha medo de ela fugir porque, primeiro, a casa é cercada de segurança; segundo, estamos muito longe da casa dela e ela sabe disso, sabe que pode se perder e morrer de frio lá fora por conta da neve; terceiro, ela não colocaria em risco a vida dela e do bebê.

Estava no escritório com Felipo, discutindo os planos para o futuro. Ele estava obcecado com a ideia do casamento, vendo nisso uma forma de consolidar nosso poder sobre Bryan.

Felipo - Então, Noah, você está preparado para dar esse passo?

Noah - Claro que estou. Amélia sempre foi especial para mim. Esse casamento só vai fortalecer nossa posição.

Felipo - Bom ouvir isso. Temos que garantir que ela esteja totalmente submissa e que Bryan saiba que não há nada que ele possa fazer.

Depois de conversarmos sobre os detalhes, decidi ir até a biblioteca. Sabia que Amélia gostava de passar o tempo lá, talvez como uma forma de fugir, mesmo que momentaneamente, da realidade em que estava.

Entrei na biblioteca silenciosamente e a vi folheando um livro. Ela estava tão concentrada que não percebeu minha presença. Fiquei observando-a por um tempo, admirando sua determinação e resiliência.

Noah - Está gostando do livro? - perguntei, finalmente rompendo o silêncio.

Ela se assustou um pouco, mas logo tentou recuperar a compostura.

Amélia - O que você quer, Noah?

Noah - Só queria conversar. Saber como você está.

Amélia - Como você acha que eu estou? Estou presa aqui, contra minha vontade.

Noah - Amélia, você sabe que faço tudo isso por amor a você. Sempre te amei.

Amélia - Amor? Você chama isso de amor? - ela retrucou, a raiva evidente em sua voz. - Isso é loucura, Noah.

Noah - Você não entende. Eu só quero te proteger. Proteger nossa filha.

Amélia - Nossa filha? - ela riu amargamente. - Você não tem direito de falar dela.

Noah - Eu faria qualquer coisa por você, Amélia. E sei que, no fundo, você sente algo por mim também.

Amélia - Você está delirando, Noah. Eu amo Bryan. Sempre amei. E nada do que você faça vai mudar isso.

A discussão estava ficando intensa. Ela estava determinada a resistir, e eu estava determinado a convencê-la. Mas percebi que aquele não era o momento.

Noah - Vamos continuar essa conversa depois. - eu disse, tentando manter a calma. - Descanse um pouco.

Ela me olhou com desdém e saiu da biblioteca, indo para o quarto. Eu a segui, mas sabia que não conseguiríamos resolver nada agora.

Noah - Amélia, por favor, só quero que você entenda...

Amélia - Eu não quero entender nada, Noah. Só quero sair daqui.

Suspirei, percebendo que estava forçando demais. Decidi deixá-la sozinha e fui procurar Felipo. Precisava esfriar a cabeça, e um bar parecia uma boa ideia.

Felipo - Pronto para uma bebida? - ele perguntou, vendo meu estado de frustração.

Noah - Mais do que nunca. Vamos sair daqui.

No bar, bebemos e conversamos sobre os próximos passos, tentando encontrar uma forma de fazer Amélia aceitar nossa situação. Eu sabia que seria difícil, mas estava disposto a tudo para tê-la ao meu lado.