Espera... O quê?!

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Minha cabeça latejava. Eu sentia meu corpo pesado, dolorido como se um caminhão tivesse passado por cima de mim.

Que tipo de sonho foi aquele da noite passada?

Abri meus olhos e me arrependi, a luz forte do quarto incomodou meus olhos. Voltei a fecha-los já xingando a mim mesma mentalmente por ter esquecido de apagar a luz, acontecia com mais frequência do que eu gostaria. Levantei da cama com os olhos fechados mesmo, entrei no banheiro da suite e arranquei minhas roupas. Que horas são agora?

A água quente bateu contra o meu corpo, gemi de satisfação. Era tudo que eu precisava. Abri meu olho esquerdo e procurei pelo sabonete. Desde quando o meu sabonete é verde? Ontem era roxo.   Tentei criar alguma explicação para o sabonete ter mudado de cor, mas não encontrei nenhuma, por isso desisti e apenas esfreguei o sabonete nas mãos formando uma espuma pelo corpo, primeiro o quadril, depois a barriga... Sentindo meus músculos relaxarem conforme minhas mãos corriam por eles, cara, isso é tão gostoso.

Fechei os olhos e suspirei, mas logo os arregalei de novo quando ouvi a porta sendo aberta. Me virei com um sorriso no rosto por reflexo, mas logo me arrependi.

–O que você está fazendo aqui?! — Yelena abriu e fechou a boca algumas vezes, seu olhar não saia do meu corpo nu e só então me dei conta da minha nudez. Minhas bochechas coraram e eu tentei me tapar da melhor forma possível. — Yelena! Saí daqui agora, idiota!

Eu queria gritar com ela e xinga-la, mas estava envergonhada demais para isso. Ela acabou de me ver nua! Oh meu Deus, eu nunca mais vou conseguir olhar na cara dela outra vez. Se bem que isso não é de todo ruim. Considerei.

–E-eu... Okay.

Derrotada e de ombros baixos, ela virou-se e saiu do banheiro de cabeça baixa, mas voltou apenas para colocar uma muda de roupa em cima do certo de roupa sujas. Bufei e neguei com a cabeça, essa garota está ficando louca. Eu quero saber quem foi o idiota que deu a chave de acesso para ela entrar no meu quarto. Sam! Isso era a cara dele. América e a Cassie devem ter dado a ideia e ele topou só para me atormentar. Eu vou mata-los!

Terminei o meu banho e saí do box, me aproximei do cesto de roupas sujas, receosa eu peguei a muda de roupas que a loira psicopata deixou para mim. Que louca... Pelo menos ela acertou na cor. Pensei vendo o moletom roxo.

Será que ela mexeu na minha gaveta de calcinhas? Pensei enquanto vestia minhas peças íntimas. Não acredito! Eu vou matar essa russa. Vesti-me com a minha velha camiseta branca com o símbolo dos Avengers, a calça roxa de moletom, e por cima a outra blusa de moletom que fazia conjunto. Enrolei a toalha nos cabelos e abri a porta do banheiro cheia de ódio pronta para questionar o motivo da Yelena estar ali, mas paralisei no lugar. O quê?! Aquele era o mesmo quarto de antes, não foi um sonho. Quer dizer, eu desmaiei? Yelena me sequestrou mesmo? Puta merda!

Eu preciso ir embora, eu vou lá enfrentar aquela maluca e exigir que ela me leve embora daqui. Minhas amigas devem estar preocupadas, Clint deve estar preocupado, e o Bucky vai me fazer treinar o dobro por eu ter perdido o meu treino.

Saí do quarto, para aquele corredor de novo. Estava tudo silencioso. Que lugar era aquele? Outra base dos vingadores? Por que Yelena me traria para outra base dos vingadores?

Estava ocupada tentando pensar em alguma explicação, buscando na memória de quem talvez poderia ser aquela base, procurando por um motivo para a Yelena ter me trazido para cá, mas nada. Foi quando eu vi uma pessoa virar o corredor mais a frente e começar a andar de costas para mim, indo para o outro lado. Eu reconheceria aquele cabelo ruivo em qualquer lugar. Natasha! E ao lado dela... Yelena. Revirei os olhos e me apressei para alcança-las, enquanto fazia isso ainda consegui ouvir um pouco da conversa:

Stupid Wife - BishovaOnde histórias criam vida. Descubra agora