Partners in crime

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Enquanto esteve sob a posse do assassino, Verônica primeiramente se condenou por ser tão descuidada e que tivesse sido pega de guarda baixa ao sair da escola dos filhos. O homem que parecia ter alguma deficiência Intelectual, havia se aproximado pedindo ajuda e a mulher, claro, se dispos a ajudar. Quando viraram a esquina, foi pega de surpresa pela força e brutalidade do homem ao colocar um pano em seu nariz.

Depois disso só se lembra de acordar já na cabana, deitada sobre a maca onde já não conseguia se mexer. Carlos falava coisas desconexas o tempo inteiro e Verônica logo o reconheceu da pensão.

Estava consciente sobre tudo, porém, paralisada. Pensava nos filhos e uma angústia crescia em seu peito. O homem movimentava-se calmamente. Pintara aqueles escritos em seu corpo. Usara a cera quente e dolorida em seu rosto para que pudesse dar evidência a máscara. E por mais que tentasse com todas as suas forças, Verônica não conseguia se mover.

Aquelas horas por debaixo daquela máscara sentindo apenas o terror do que poderia vir a acontecer, foram algumas das piores de sua vida, mas assim que ouviu a voz de Anita, a chama de esperança se acendeu novamente em seu peito.

Verônica havia ficado no hospital por dois dias para garantir que tudo estava bem após ter um paralisante inserido em suas veias. Aparentemente o plano de Carlos era injetá-lo em grande quantidade até que o corpo da escrivçã fosse paralisando aos poucos.

Com sua confissão, as motivações para os crimes foram confirmadas e o modo como verônica havia sido abordada atestava que ele tinha um cúmplice, afinal um homem da estatura de Carlos não conseguiria agir sozinho. Posteriormente foi possível comprovar que o homem era irmão mais velho do assassino e não possuía domnínio total de suas faculdades mentais o que o abssouveu. A caminhonete usada pertencia a mãe de Carlos que morava no campo numa casa próxima a cabana onde os crimes aconteciam. Era uma fanática religiosa e isso pode ter tido influência na obssessão de Carlos ao realizar aqueles "rituais" que misturavam artifícios do egito antigo, como as pinturas com hieróglifo no corpo das vítimas. Na caminhonete haviam sido encontrados vestígios do DNA das três mulheres vitimadas pela loucura do homem.

Anita havia sido considerada pela grande massa como uma heroína nacional, apesar de que, não estava em termos tão bons assim no departamento. A versão da delegada era a de que Carlos havia reagido e ela não havia tido outra opção, entretanto, Carvana e a maioria dos policiais ali, duvidavam, devido ao envolvimento que havia entre Verônica e Anita e que foi mantido em segredo para grande mídia.

Já para o esquema e Matias, aquela posição era mais que apreciada, já que com o reconhecimento e prestígio que a delegada recebera, viria ainda mais poder.

Uma delegada desengonçada e cheia de caixas adentra a porta da casa que Lila abriu sorridente. Para os filhos da escrivã, Anita agora era a própria mulher maravilha.

- Bom dia, delegada! O que tem aí? - Segue a loira até a cozinha onde Rafa a saudava, ajudando com algumas das caixas - Tem bolo?!

- Tem bolo - Responde arregalando os olhos azuis em sinal de brincadeira.

- Yes! - Lila comemora.

- Está deixando essa peste mal acostumada - Rafa graceja.

- Cê tá é com inveja porque eu sempre sou mimada - Dá de ombros.

- E você foi achada no lixo.

- Oh, mãe...

- Ei ei ei, o que é isso? - Verônica surge atrás de Anita a abraçando de lado enquanto encarava os filhos com um semblante sério - Eu carreguei os dois bem aqui na minha barriga. Discussao encerrada - Bom dia - Deposita um beijo carinhoso na bochecha alva - Desculpe pelo caos logo pela manhã.

Senses - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora