Sobre aquelas mulheres que parecem inatingíveis.
É e não é uma peneira psicológica interessante de ser analisada.
Não que eu tenha feito terapia para descobrir.
Mas em partes é desinteresse ou falta de afinidade.
Muitos homens quando dizem "você é muita areia para o meu caminhão" está implícito diversos motivos, não da pra fechar essa opinião como absoluta, entende?
Mas eu não vou me por no jogo dessa vez. Vamos voltar ao Gustavo.
Ele tem visivelmente uma auto estima rala, capenga e manca.
A mulher precisa ser dois graus mais "feia" que ele. Um número menor de calça , três números maior de sutiã, uma renda abaixo da dele, uma casta inferior, um tom de pele que vai do pantone 448 C ao 324-7 C , mais escuro que isso ele acha que o pau dele é pequeno demais e 15cm menos em altura, ajudam ele se sentir superior.Ele até pegava umas estilos modelos na faculdade, mas como ele fazia academia na época pra fingir ser interessante e preocupado com a saúde, ele tinha uma auto estima maior, mas se sabotava, sempre falava que elas tinham macho demais no pé e que ele não queria se envolver com putas - mentira.
Sempre quando ouço pessoas dizerem "muita coisa pra mim", eu só observo o perfil e os sintomas. Eu aproveito e faço alguns negócios, indico alguns coaching que tenho parceria, academia, finjo simpatia e alteridade, vendo bastante coisa. Tudo é negócio. Alto estima baixa é a base do capitalismo, mas não vou mudar o rumo dessa prosa.
Quando vejo homem muito "inferior" com mulher muito "superior" é outro sintomas mais delicado. Um bom papo, dinheiro ou sociopatia - não tô brincando. O psicológico desses caracas me assustam. Eles se apoiam muito no poder. Poder financeiro, ou de comunicação, raramente um cara pacífico bem educado quê nunca sofreu abuso. Raro isso.
Quando eu conheci a Samantha - no livro coloquei outro nome - eu me achava inferior a ela, ela era muita coisa mesmo, mas tínhamos a loucura necessária para nos atrair. Foi a única mulher que me apaixonei, não que eu goste da porcaria da monogamia, essa farsa dura um pouco mais de um ano.
Não sei porque lembrei dela, talvez porque tenha sido a primeira vez que eu de fato me senti inferior a uma mulher. Mas quando nos pegamos no banheiro do Hugo (outro nome fictício) enquanto ele tava dormindo bebasso no sofá, eu concluí que ela valia tão pouco quanto eu.
Depois o Hugo veio desabafar, falando que ele achava que alguém tava comendo a namorada dele - HA! - achava que o pau torto dele pra direita era o problema, que ela deve ter achado alguém com o pau reto. Eu ri muito disso depois, na cara dele eu mantive a seriedade necessária , tentei explicar que não era por causa do pau fascista dele, afinal, o meu é menor. (Sim, eu já havia visto o dele em algumas ocasiões) E é claro que ouvi o desabafo dele e dei conselhos manipulados para que ele nunca descobrisse, afinal ele tinha porte de arma.