Perder

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Eu não quero dizer adeus, porque esse daqui será para sempre.”
       
       In the stars, Benson Boone. 

“A palavra “perder” é difícil de ser escutada e difícil de ser aceita, pois na real, nunca estamos prontos para perder algo… ou alguém. ”

Shoto

Shoto pov 

Foi de repente.  
 
 Sem espera, sem aviso, sem nada. 

Foi a surpresa mais difícil da minha vida. 

A surpresa que me trouxe a incerteza, o medo, a dor da possível perda. 

Foi horrível. 

Era um mês normal, com uma semana normal e um dia normal. Que no fim balançou o meu mundo de cabeça para baixo. 

Estávamos de folga, aproveitando o dia com as crianças. Brincamos, assistimos vários filmes, comemos bastante pipoca, fizemos dia da massinha e rimos muito. 

Era o aniversário dos gêmeos, dois anos de muitas felicidades e loucuras, por parte deles, que nos deixam de cabelos brancos. Eu então, nem se fala, né?

A gravidez dos gêmeos foi algo bem aleatório, nunca imaginamos que um dia de bebidas malucas com os mesmos  amigos de sempre acabaria dessa forma. 
 
 Era uma sexta-feira, e tínhamos combinado de fazer uma pequena recepção na nossa casa com os mesmos de sempre e o combinado era que cada um traria algo, então os sorteados da vez para trazer as bebidas foram Shinsou e Kaminari, então eu já deveria imaginar, só por isso, que alguma coisa bem grande poderia acontecer, mas enfim, não imaginei.
 
 Então chegou o dia da recepção e foi tudo bem legal e divertido, era uma noite de pausa que estávamos esperando há tempos. Heróis profissionais também são humanos, ok?

Então aquela noite foi realmente boa para descansar, rever os amigos sem ser com toda aquela tensão do trabalho, sem ter que salvar alguém. Só aproveitar uma noite, sendo os humanos que também somos. 

Neste dia em questão eles haviam trazido umas bebidas diferentes com a explicação de que só se vive uma vez e que aquelas pareciam “mui loucas” , que seria bom testar algo diferente. 

 E todos fomos nessa. 

 Sim, até o bombinha. 

 Daí aproveitamos bastante como os bons jovens adultos que somos. Foi realmente bom esse dia. 

 Depois de bebermos muito era esperado que todos tivéssemos uma ressaca das brabas, mas houve uma exceção. Katsuki não teve ressaca, ele estava maravilhoso na manhã seguinte, enquanto a gente estava acabado. 

 E eu realmente me questionei o motivo daquilo naquele momento, no fim, ele passou um mês inteiro zoando a gente. 

  Sacanagem, né? Até eu achei. 

Mas é como dizem: “ um dia da caça, outro do caçador.”

Um mês depois o humor dele, que já era peculiar, ficou ainda mais. 

Eu estranhei? Um pouco, mas não me preocupei já que ele já era assim direto. 

Mas aí chegaram os enjôos, tonturas, mais mudanças de humor, vontades de comer coisas estranhas, literalmente do nada, um nariz bem sensível a cheiros e enfim, muitas mudanças. 

 E a gravidez simplesmente martelou muito na minha cabeça, mesmo que ao mesmo tempo seja meio impossível. 
 
 Tipo, cara, somos homens. Como isso daria certo?

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