Prólogo

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O cheiro de pólvora corria por toda a ilha de renascer, isso indicava que por ali havia algum caçador esperando por seu jantar

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O cheiro de pólvora corria por toda a ilha de renascer, isso indicava que por ali havia algum caçador esperando por seu jantar. Sabendo disso, os animais correram para se esconder, a energia da ilha já começará a ficar ruim e as pétalas das flores já começará a cair.

A jovem de cabelos pretos espiava tudo de longe irritada. Os humanos sempre adentravam a sua ilha sem permissão para fazer o que bem entendiam com seus animais e suas flores. O lago que tanto preservou estava sujo e sem vida, diferente do grande lago azul e com peixes que era antes. Os homens estragaram a natureza.

Observando enquanto o homem se aproximava de sua gruta, Primavera ficou à espera dele fazer algo. Foi então que ele se aproximou da grande arvore que ficava no centro de tudo, a árvore que continha o fruto do mal, aquela que ninguém jamais poderia comer...somente uma pessoa.

Primavera se revoltou quando o maior avançou em direção ao fruto proibido. Sem pensar duas vezes a garota usou seu poder para fazer com que a árvore soprasse seu ar e suas folhas balançasse fazendo assim com que o homem fosse derrubado pela força do vento.

A guardiã da floresta foi rápida em aparecer atrás do homem que se atreveu a tocar no que era seu. O homem a encarou assustada, Primavera sorriu quando pôde ver o medo estampado em seu rosto.

— Ninguém toca nessa árvore. —Disse a mulher.

O homem correu assustado, as árvores do bosque começaram a se mexer, ganhando vida. As rosas que ali se encontravam soltaram seus espinhos fazendo com que eles voassem em direção ao corpo do homem o machucando. As raízes das árvores ganharam vida se arrastando pelo chão até tocarem os pés do homem os prendendo.

Um grito arrastado foi ouvido por toda a floresta, os animais que ali se encontravam ficaram assustados e correram para se esconder. Primavera sorriu quando os espinhos de sua rosa afundaram no corpo do homem penetrando em sua pele.

—Perdão. —Implorou o homem. —Nunca mais tocarei no que não é meu.

Primavera se abaixou na direção do homem, seu vestido feito de flores e pele de animais mortos se arrastava pelo chão da floresta. A garota levantou suas mãos fazendo com que as rosas o atacassem.

—Não se atreva a voltar a esse lugar. Nunca mais toque naquilo que não o pertence.

E então o corpo do homem foi jogado para fora da ilha de renascer.

Um choro foi escutado ao longe, Primavera se virou rapidamente e caminhou até a gruta. Dentro da gruta se encontrava um cesto feito de galhos de árvores, folhas de bananeiras e então uma pequena garotinha que chorava com a falta da mãe. A recém-nascida parou de chorar assim que sentiu o cheiro da mãe, abrindo os olhinhos verdes a garotinha sorriu e se aconchegou em seu colo.

—Um dia isso tudo será seu, minha querida. Você será a rainha de Luminara e saberá a governar esse reino como ninguém. Minha rainha Seraphina. 

A Coroa de espinhosOnde histórias criam vida. Descubra agora