Cap. 4 | Encontro marcado

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Roberto narrando

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Roberto narrando

Mais tarde naquele dia, Rosane foi pro shopping com umas amigas, e eu decidi procurar aquele maldito papel com o telefone pela casa. Precisava encontrar e ligar praquela doutorazinha.

Vasculhei a casa inteira, parecia que até coisa inexistente podia aparecer, mas aquele papel sumiu mesmo. Ou, na melhor das hipóteses, tava na bolsa da minha esposa. Eu tinha duas opções: esperar meu próximo plantão na segunda à tarde ou esperar a Rosane chegar e vasculhar a bolsa enquanto ela estivesse distraída com alguma bobagem.

Claro que eu ia tentar a segunda opção, a adrenalina era maior. Aquela doutora tinha me chamado atenção, e eu ainda suspeitava que ela podia estar envolvida com alguém do morro. Preciso lembrar de puxar a ficha dela quando voltar pro meu escritório.

Algumas horas depois, minha esposa chegou com várias sacolas de compras pro nosso filho.

Oi, meu amor, olha só — ela mostrou as sacolas. — Comprei umas coisas pro bebê. Quer ver?

Deixa aí, amor, vai tomar um banhozinho enquanto eu vejo as coisas. Você deve estar cansada — Essa seria minha chance de procurar.

Tô mesmo, amor, vou deixar aqui então — Rosane colocou as sacolas na mesa de centro da sala e foi pro banheiro.

Comecei a abrir as sacolas que ela trouxe do shopping, pra disfarçar minha real procura... e depois fui pra bolsa. Batons, papéis inúteis, lista de compras, caderneta de vacinas... Cadê essa droga de telefone?

Peguei um cupom fiscal e me dei conta de que tinha encontrado o que tanto procurava embaixo dele, dobrado duas vezes. Era o telefone da doutora!

Guardei rápido e comecei a colocar os itens da bolsa de volta nos seus lugares e me sentei no sofá, aliviado. Tinha conseguido resgatar o papel. Rosane não tinha acesso ao meu celular, pois também tratava de assuntos confidenciais do governo. Pelo menos pro BOPE, eu não era um traidor.

Quando minha esposa saiu do banho, veio me mostrar todas as roupinhas do bebê com calma, uma por uma. Ela realmente tinha feito boas compras. Era pra isso que eu trabalhava tanto... pra que nada faltasse em casa, e pra que meu filho ou filha pudesse ter tudo do bom e do melhor. E sinceramente, espero que seja uma menina... ninguém vai querer arriscar machucar o coração da filha do capitão do BOPE.

Rosane foi pra cama, e eu fiquei na sala vendo TV, criando coragem pra jogar aquele número fora e pensar na minha família, ou criando coragem pra jogar tudo pro alto por causa de um flerte. Mas adivinha? Eu não resisti.

Alguns minutos se passaram enquanto eu pensava, até que chegou uma notificação no meu Instagram, que eu mal usava. Era a doutora pedindo pra me seguir. Eu tinha que verificar se era a mesma.

 Eu tinha que verificar se era a mesma

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Linha de fogo | Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora