〚𝐝𝐚𝐫𝐤 𝐫𝐨𝐦𝐚𝐧𝐜𝐞〛O destino está entrelaçado entre o passado, presente e futuro. A vida da estudante de jornalismo, Mia Capell, muda completamente ao encontrar Heath Ignus, um anjo caído. À medida que descobre mais sobre sua verdadeira origem...
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❝ Dedico esta obra a todos os corações que anseiam por um amor etéreo, sem terem medo de se afogar na escuridão. ❞
⎯ Cegraena
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Heath Ignus
ESTÁ CHOVENDO lá fora.
Meu olhar percorre as ruas lá embaixo, enquanto observo as pessoas miúdas correrem com seus guarda-chuvas grandes. Poças de água formam-se pelos desníveis a medida que o tempo passa.
Imagino que esteja frio.
Ser um anjo renegado possui seus prós, mas principalmente seus contras. Somos como os "ratinhos" malcriados do cientista maluco que vive no Heaven. Por isso, foi uma ótima ideia jogar seres celestiais para o plano terreno, tirando de nós o que mais apreciávamos.
Além disso, como um castigo pelos nossos feitos, não poderíamos ter o que os humanos têm. Sentimentos, sensações ou qualquer variante que a obra prima de Deus possui: estamos proibidos de experimentar.
Minha visão é aguçada – como os outros quatro sentidos - e posso ver a luz da ponta do cigarro que um homem acende para tragar, dividindo com outros ao seu redor. A chuva não os assusta; ela os deixa sedentos por vítimas descuidadas que passeiam por ali sem enxergar direito. Em um segundo, estão exercendo sua maldade.
Deixo meu local perto da janela para sentar-me no sofá simples no meio do estúdio. Onde moro há apenas um cômodo utilizável, sendo grande demais para as poucas coisas que possuo: uma TV, um sofá – sobre um tapete grande – e uma cama de casal.
Embora não durma, a uso para coisas mais animadas e movimentadas. A simples lembrança traz um sorriso travesso para meus lábios, junto com um palpitar rápido.
Há algo que só os terrenos podem dar em troca de uma droga que caras do meu tipo podem oferecer. A Grace, há tanto tempo tirado de nós, flui pela vida de um humano e pode ser acessado de várias formas, principalmente pelo sangue.
Em contra partida, nós possuimos uma toxina liberada pelos canais salivares. Uma mordida, um corte ou até uma ferida aberta serve, desde que o sangue esteja acessível.
