Eai pessoal, bom, até onde sei, alguns de vocês me conhecem do Twitter e, como vivo falando, ouço inúmeras músicas que dariam ótimas fanfics/one-shots Narol. Bom, tomei vergonha na cara e vim aqui trazer essa one-shot baseada em "Casual" da Chappell Roan. Comentem para eu saber o que acharam... Espero que gostem! <3
———————————————————Natália POV's
Eu sempre fui uma pessoa direta, simples e sem filtro. Não gostava muito de complicações, nem mesmo dramas desnecessários. Mas para tudo há uma exceção, certo? E, bom, minha exceção para essas situações carregava um belo par de olhos verdes e o sorriso mais lindo, que, ao meu ver, deixava o de Monalisa no chinelo: Ana Carolina Soffredini.Apesar de Carol ser uma garota mais na dela, tímida, nada era simples quando se tratava dela. Eu não conseguia desvendar o jeito que ela me olhava, o sorriso que era direcionado a mim em meio à multidão, nem mesmo a forma como o cheiro do seu perfume ficava preso em minha roupa quando a gente se despedia.
O mais cômico nessa situação é que eu nunca fui de me apegar rápido às pessoas. Exceto a Bruno, afinal, ele era meu irmão gêmeo, que, por ironia do destino, era o garoto que fazia Carol chorar todas as noites e fazia seu coração acelerar. Ele sabia do meu envolvimento com ela, sabia que eu não a via apenas como amiga ou algo casual. Tanto que ele vivia me chamando de idiota, dizendo que Carol apenas me usava como tapa-buraco quando o via com outra, que ela nunca sentiria nada por mim da mesma forma que sente por ele. E talvez ele estivesse certo. Mas eu gostava da ideia de Carol ser minha, mesmo que fosse por algumas horas ou até mesmo míseros minutos. Mesmo que isso me machucasse, essa ideia me confortava mais do que a de que ela nunca seria minha.
A primeira vez que ficamos foi em uma festa de Ano Novo, na casa da Serra de Helena. Todos estavam ocupados juntos, observando o céu estrelado enquanto esperavam ansiosamente a chegada do novo ano, exceto por Carol, que estava na sala de estar tomando uma taça de vinho, jogada no sofá enquanto assistia a algum anime cujo nome agora me fugia da cabeça.
Ela e Bruno haviam terminado nesse dia, e, bom, ele agora estava com Helena em seus braços, esperando a chegada do novo ano para beijá-la sob a luz dos fogos que em breve preencheriam o céu. Em um único gole, tomei a coragem que precisava para me sentar ao lado dela naquele sofá. E, logo que me aproximo, noto um sorriso enorme preencher seu rosto, e aquilo faz meu coração aquecer e bater de forma descompassada.
Lá estávamos nós duas, perdidas em nosso próprio mundo, até que ouvimos a agitação lá fora e tudo indicava que já era meia-noite. Então, seu corpo se aproximou do meu de forma repentina, nossas respirações se misturando enquanto nossos olhares se desviavam e iam até a boca uma da outra.
— Posso te beijar? — sua voz era baixa, e ela carregava um sorriso tímido nos lábios enquanto seu rosto ganhava um tom avermelhado. Ali, vi que era inevitável continuar fugindo dos sentimentos que tinha por ela.
— Você? — foi o que eu falei, em choque, enquanto processava o pedido que havia me feito. — Você quer me beijar? — Eu não conseguia acreditar que aquilo era real. Tinha medo de que, a qualquer momento, eu acordasse e fosse apenas mais um dos meus sonhos vívidos.
— Sim. — Sua mão deslizou suavemente sob meu rosto, e seu indicador traçou uma linha invisível sob meu queixo até minha mandíbula. — Eu posso te beijar, Natália? — Sua voz saiu mais baixa e rouca do que o habitual. Fechei os olhos brevemente, prendendo a respiração por alguns segundos antes de assentir positivamente. — Eu preciso que você diga em voz alta.
— Por favor, me beija, Carol.
Então a gente se beijou. Foi como se tudo finalmente começasse a fazer sentido, parecia que o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido. Mas então fui trazida de forma brutal para a realidade novamente.