― 𝐄𝐏𝐈𝐒𝐎𝐃𝐈𝐎 4

1.3K 121 29
                                    


— Marchando em ordem para a sala! Silêncio. – A diretora Olivia disse e todos nós começamos a marchar, indo em direção a sala.

Enquanto toda a fila andava em direção a sala, consegui ouvir a diretora falando e puxando o Cirilo da fila, era impressionante como ele era tão burro ao ponto de acreditar nesses dois pestinhas.

Entramos na sala ainda marchando, não aguentava mais pisar no chão com tanta força então logo corri para o meu lugar, focando no meu caderno, nele não tinha nada mas era melhor fingir do que ser pega sem fazer nada.

— Parece que a professora de vocês resolveu estender o recreio dela. – A velha falou, não tinha dúvidas de que a diretora não gostava dela de jeito nenhum.

— Então eu quero brincar mais! – O Paulo falou se virando para trás.

— Não, você vai ficar bem sentadinho aí e quieto! – Ela ordenou andando pela sala.

Assim que a velha chegou na frente da mesa da professora Helena, ela entrou.

— E, pelo visto os atrasos são constantes na sua vida né? – A diretora falou olhando o relógio no pulso.

— Claro que não, diretora. Eu estava apenas preenchendo os papéis que a senhora me pediu. – Ela se explicou.

— E não ouviu o sinal?

— Ouvi mas achei que era melhor terminar.

— Mas eu disse que era pra ser feito depois do expediente!

— Não, só disse que era urgente!

— Mas eu não pedi para fazer no horário em que você deveria estar na sala de aula!

— Não mas eu achei que era melhor deixar tudo pronto!

— Pare de se justificar! – A diretora exclamou dando um basta na discussão feia. — Venha comigo, Cirilo!

O pobre do menino se levantou, olhou para a professora e saiu seguindo a bruxa da diretora.

— Alguém pode me dizer o por quê ela levou o Cirilo? – A professora perguntou perdida com a situação.

— Eu não faço a mínima ideia professora.. – Paulo respondeu.

— Mas eu acho que a Esther deve saber dizer.  – Kokimoto falou dessa vez.

— O que houve, Esther? – A moça perguntou.

— O que? Eu não sei de nada, professora, eu juro! – Me defendi, encarando os dois meninos logo em seguida, o que eles pensavam que estavam fazendo?

— Certeza?

— Sim!

— Eu sei o motivo, professora. Porque ele é um sem educação e que não merece ficar com os que tem! – Maria Joaquina disse levantando o braço, era impressionante como ela só falava besteira.

— Esse não é o caso, Maria Joaquina e mesmo que fosse, não é assim que as coisas funcionam. – Ela explicou apoiando as mãos na mesa da menina.

— Bem que você falou, a cobra já está mostrando os dentes! – A morena se virou e murmurou para Valéria que ficou calada, provavelmente pensativa.

— Professora, o Cirilo vai levar uma advertência? – Marcelina perguntou preocupada.

— Eu não sei, Marcelina, eu vou ver o que posso fazer por ele. Mas antes eu vou passar uma atividade. – A professora disse olhando seu caderno.

Ela escreveu algumas coisas na lousa e saiu para a diretora apressada, eu não sei do que adiantava passa tarefa se assim que ela saísse, todos iriam começar a levantar, conversar, bagunçar e fazer tudo, menos a atividade deixada lá.

𝐌𝐄𝐔 𝐉𝐀𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐊𝗼𝗸𝗶𝗺𝗼𝘁𝗼 𝐌𝗶𝘀𝗵𝗶𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora