Stella é uma garota nascida em um laboratório de pesquisa. Sua mãe morreu logo após o seu nascimento.
Cientistas trabalham a anos numa mesma causa, e agora, querem saber se ela tem a mesma "doença" que tinha a sua mãe, e assim que é comprovado o me...
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Ao sair do banheiro e me deparar com uma viatura estacionada em frente a loja de conveniência, já me desesperei, caminhando em passos largos até lá. Procurei por Stella entre os corredores, e conforme me aproximava, podia sentir o seu coração acelerado, o que fez com que eu me preocupasse mais ainda.
— Oi querida, demorei? — Falo assim que a vejo, e ao seu lado estava um policial que a seguia.
— Você está com ele? — Ele questiona para ela que logo concorda.
— Eu só fui ao banheiro. Pegou tudo o que queria?
— Sim...
— Ótimo, então vamos. — Seguro em sua mão, trazendo-a para o meu lado.
— Ela não é muito nova para...
— Todos dizem isso. — Sorrio forçadamente, o interrompendo.
— Posso ver suas identidades?
— Mas é claro! — Tiro minha carteira do bolso, tirando nossas identidades e entregando para ele.
— Oliver Morgan?
— Isso mesmo. — Assinto.
— E... Ester Morgan, vinte e cinco anos.
— Eu sempre brinco que ela guarda a receita da juventude com ela. — Brinco.
— Certo, não a deixe sozinha, pode ser perigoso para ela.
— Vou me lembrar disso. Vamos amor. — Caminho até o caixa com ela, enquanto sinto o olhar da mesma em mim o tempo todo.
E só ao entrarmos no carro é que eu pude respirar aliviado.
— Essa foi por pouco. — Falo.
— Achei que você também tinha mudado o seu nome. — Ela me questiona, enquanto comia.
— Não era preciso.
— Mas... E se vierem atrás de você?
— Eles não virão, não se preocupe.
Depois de mais algumas horas de viagem, havíamos finalmente chegado da casa do meu amigo.
— Chegamos. — Aviso ao parar o carro no gramado.
— Você por aqui de novo? — Os mesmos homens que me recepcionaram da última vez, vem até nós após sairmos do carro.
— Chamem o Isaac por favor. — Peço, e assim eles fazem.
— Que casa enorme... — Stella comenta, olhando em volta admirada.
— Isso porque você ainda não viu a quantidade de gente que mora aqui.
Caminho até o porta mala, pegando a mala dela e juntos nos aproximamos da grande casa.
— Não vai pegar a sua mala? — Ela me olha confusa ao me ver só com a sua em mãos.
— Oliver. — Isaac aparece com o mesmo sorriso de sempre. — Vejo que está acompanhado. Você deve ser a tão falada Stella.
— Prazer em conhecê-lo. — Ela sorri gentilmente para ele.
— O prazer é meu, eu nunca vi esse cara tão preocupado assim com alguém antes.
— Podemos pular a parte em que falam de mim? — Falo impaciente.
— Não se preocupe, você será muito bem tratada nesse lugar, terá outras garotas da sua idade para conversar, e temos toda uma estrutura para que você se sinta confortável e familiarizada com a nossa família.
— Obrigado por quebrar essa, Isaac.
— Não me agradeça, eu já te acolhi quando você não tinha ninguém, minhas portas estarão sempre abertas para você, e para os seus.
— Cuida bem dela por mim.
— O que...? — Stella me olhava incrédula. — Você não vai ficar...?
— Eu não posso, te colocaria em risco com os investigadores eu estar aqui.
— Oliver... Eu confiei em você. — Seus olhos lacrimejados mostravam o quão magoada ela se sentia, mas eu não podia voltar atrás.
— Ei... É algo provisório, logo estaremos juntos novamente, mas até lá, precisa se manter bem e segura, e não tem ninguém melhor para cuidar de você do que esse homem.
Tento abraçá-la para talvez lhe trazer um pouco de conforto mas ela se esquiva, indo rapidamente para dentro da casa.
— Não se preocupe, eu cuidarei dela, e te mantenho informado.
— Obrigado. — Concordo com ele, voltando para o meu carro e pegando a estrada novamente.
Eu sei que não devia mentir para ela, que ela se machuca sempre que eu escondo as coisas, mas foi preciso, ela precisa pensar mais em si mesma, e eu precisava priorizar a sua segurança. Espero que ela me perdoe por isso.
