Capítulo Único.

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Buscando o melhor para o reino, ao ouvir as queixas de Vaemond Velaryon, o rei Viserys como um ato de boa política, lhe dá seu filho ômega, Aemond, em casamento.

Funciona muito bem, Vaemond aceita e parece muito mais apaziguado. Apenas uma pessoa parece completamente contra essa decisão, mas engole em seco e se mantém calado.

No dia da ocasião, já após o casamento, todos estão celebrando quando na mesa onde ficam os noivos e a família deles, alguém que ninguém espera se levanta chamando a atenção de todos.

— Meu filho, o que está fazendo? — A princesa Rhaenyra pergunta ao seu segundo filho, Lucerys Velaryon.

— Nesta bela e feliz ocasião, eu gostaria de lembrar o quanto tradição é importante, acredito que Vaemond vá concordar comigo. — Lucerys diz e ergue sua taça para Vaemond, que mesmo claramente não querendo, ergue a sua de volta. — Bom, em prol de manter a tradição viva, eu quero exigir a Prima Nocta.

Quando Lucerys diz isso, o salão todo prende a respiração, você pode ouvir um alfinete cair no chão do quão silencioso fica.

— Lucerys, não pode fazer isso. — Rhaenyra argumenta ficando de pé e segurando o braço de Lucerys, praticamente implorando que seu filho recupere o juízo e diga que está brincando, mas Lucerys continua olhando desafiador para Vaemond, que parece que vai explodir do quanto está vermelho de raiva.

— É claro que posso, é meu direito como senhor. — Lucerys argumenta não parecendo nem um pouco prestes a voltar atrás, como todos parecem querer que ele faça.

— Você não é senhor de nada! — Vaemond diz ficando de pé.

— Sou herdeiro de Corlys Velaryon. — Lucerys diz.

— Lorde Corlys não está morto. — A rainha Alicent argumenta.

— Mas está incapacitado, estarei exigindo o cumprimento desta lei em seu lugar. — Lucerys diz.

— Meu filho, essa lei caiu em desuso. — Rhaenyra diz. — Os maridos oferecem presentes aos senhores e eles aceitam ao invés de deitar com a noiva ou noivo, é assim que é feito, Lucerys. 

— Sim, eu sei, mas eu posso não aceitar os presentes. — Lucerys encolhe os ombros.

— Príncipe Lucerys, o Lorde Vaemond foi bastante generoso. — A rainha tenta argumentar mais uma vez.

— Ainda assim, quero recusar seus presentes. — Lucerys diz indiferente, a rainha suspira vendo que o jovem príncipe não vai voltar atrás.

— Lucerys...

— Não é meu direito, avô? — Lucerys diz interrompendo seja lá o que sua mãe diria e se virando para o rei Viserys, que até agora tinha apenas escutado tudo.

— Sim, é, mas... — Viserys para a si mesmo não conseguindo achar nenhum argumento que Lucerys ainda não tenha derrubado.

— Então que seja feito. — Lucerys diz sorrindo.

Lucerys vai até Aemond e lhe estende a mão, Aemond olha em volta receoso, até agora ele tinha apenas observado, em choque demais para argumentar qualquer coisa e mesmo se ele tivesse dito algo, sabia que não iriam lhe ouvir já que ele é apenas um ômega. Quando ninguém diz absolutamente nada, Aemond suspira e coloca sua mão na de Lucerys.

— Exijo que meu esposo use uma proteção! — Vaemond diz quando Lucerys e Aemond já estão saindo do salão.

Lucerys para com Aemond e solta um rosnado baixo, Aemond é o único que escuta e olha surpreso para Lucerys, mas o jovem alfa não olha Aemond de volta, ele se vira para olhar Vaemond.

Prima Nocta. (Lucemond)Onde histórias criam vida. Descubra agora