Cap 1

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Pov: Narrador

Às 10h da noite,uma mulher ruiva ,  alta, de olhos castanhos e um sorriso encantador, passava por um vilarejo desconhecido. Ela caminhava elegantemente pelas ruas, em busca de algum lugar onde pudesse se hospedar.

Durante essa busca, um bar lhe chamou a atenção, e ela foi em sua direção, com a intenção de tomar uma boa e doce taça de vinho, ou o que estivesse ao seu alcance.

Ao chegar ao bar, percebeu o quanto o lugar era movimentado. Parou para observar cada detalhe e se encantou por tudo que viu.

A iluminação é suave e quente , As paredes, teto e móveis são feitos de madeira escura polida, conferindo um ar de luxo e tradição, O balcão é longo e curvado, com um acabamento brilhante que reflete a luz das pequenas luminárias de forma encantadora, Frente ao balcão, há várias banquetas altas, estofadas em couro marrom, com encostos baixos , No fundo do bar, é possível ver uma área com mesas e cadeiras,A entrada possui uma porta de madeira com vidro, ladeada por grandes janelas também de madeira com divisórias em vidro, permitindo uma visão do interior do estabelecimento e deixando entrar luz natural.

Ao entrar, a mulher sente um ar quente e delicioso, e se apressa para pedir sua bebida. Ela chama a atenção de um senhor que atendia os clientes ao balcão. Ele era baixo, parecia ter uns 60 anos, tinha barba branca e se vestia elegantemente.

-Boa noite, senhor. Poderia me dar uma taça de vinho? – pede educadamente ao senhor.

-Claro, senhorita – ele responde. Ele pega um vinho em uma prateleira e a serve em uma taça. – A senhora é nova por aqui?

-Sou sim. Vim em busca de tirar algumas fotografias do lugar e também soube que tem algumas coisas "sobrenaturais”  por aqui – responde ela.

Percebi, nunca tinha te visto antes por aqui. Fico grato por vir ao meu bar – ele fala agradecendo. – E é verdade, tem algumas pessoas sumindo do vilarejo desde então. Peço que a senhorita tenha cuidado ao sair à noite – ele sussurra, com um tom de preocupação.

-Não se preocupe comigo. E por falar nisso, seu vinho está delicioso – digo após dar um gole.

-Nossa, gostou mesmo? Eu e minha esposa fabricamos- fala o senhor.

-Nossa, sério? – perguntei – Irei encomendar várias caixas de vinho, então.

-Ficarei muito grato – ele fala, surpreso.

-O senhor pode me dizer, por favor, onde fica o banheiro? – pergunta ela, curiosa.

Pov: Priscila

Logo após me informar onde fica o banheiro, me despeço e vou em direção ao banheiro . O banheiro é separado do bar, então é preciso sair do estabelecimento para alcançá-lo.

Ao chegar ao banheiro, sinto a presença de alguém atrás de mim e paro, esperando que a pessoa diga algo.

-Está acompanhada, senhorita? – uma voz feminina ecoa. Logo me viro para ver quem é.

Uma mulher baixa, de rosto fino, cabelos pretos, boca rosada e olhos castanhos . Ela poderia facilmente ser uma modelo ( pelo menos era o que parecia) . No rosto, usava uma máscara que deixava à mostra apenas os olhos, a boca e o queixo. Na cabeça, um chapéu de abas largas preto. Quanto à roupa, usava um casaco preto longo e elegante, uma blusa de gola alta e mangas longas, ajustada ao corpo, e uma calça de cintura alta e corte reto. Levava uma bolsa de ombro pequena e estruturada, com alça de corrente dourada.

-Olá-falo dando um leve sorriso- Digamos que não. E você, está acompanhada?- pergunta.

-Ótimo, então somos duas - fala- Posso ser sua companhia?- ela pergunta.

-Claro-falo.

-Então, você é nova aqui?- pergunta.

-Está tão na cara assim?- perguntou rindo.

-Pois é, nunca te vi aqui -fala- Qual é o seu nome? - pergunta

-Pode me chamar de Caliari -respondo sorrindo

-Me chama de Borges- fala- Então, Caliari, o que veio fazer aqui? Não te falaram que tem pessoas desaparecendo? - pergunta novamente.

-Então, eu vim ao banheiro-  apontou em direção ao banheiro.

-Ótimo, vai lá, eu te espero aqui- fala.

Entrando no banheiro, me olho no espelho e começo a sorrir para mim mesmo, percebendo o quão fácil é conquistar as mulheres deste lugar. Ela parece uma mulher interessante, mas não posso me envolver com ela. Vim em busca de outra coisa.

Desde pequena, me comparava com os meus pais. Eu não era nem um pouco parecida com eles. Eles tinham um rosto fino, cabelos castanhos e olhos azuis. Meu irmão era como eles. Então, desde pequena, sempre quis saber quem eram meus verdadeiros pais. Sempre buscava saber de tudo, mas minha mãe sempre afirmava que eu era filha deles mesmo, mas eu nunca acreditava. Como eu, uma menina ruiva, de cabelos castanhos, alta, com a aparência totalmente diferente, seria filha deles? Quanto mais minha mãe afirmava, mais eu queria saber, até que o tempo passou e eu fui esquecendo dessa história.

Eu estava com aproximadamente 17 anos, até que um dia minha mãe ficou em coma com alguns problemas de saúde. Ela me pediu perdão por ter mentido a vida toda, dizendo que, na verdade, eu tinha sido adotada por ela e meu pai. Ela me contou onde exatamente me achou. Disse que tinha sido no meio dessa névoa, nesse mesmo local. De cara, eu nem acreditei. Como eu, uma brasileira, vim parar aqui? Ela me falou que era muito aventureira, que viajava o mundo com meu pai, até que me achou e decidiu parar a vida dela para cuidar de mim. Então, agora estou aqui no meio de uma cidade, tentando saber quem são meus pais biológicos. Eu sinto que eles eram daqui. O povo mais velho me olha como se me conhecesse há muito tempo, como se o filho deles tivesse crescido, e eu, sinceramente, acho uma sensação boa. Me sinto em casa.

Mas, enfim, voltando à realidade, se é que me dão licença, estou com uma mulher gata me esperando lá fora.

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Continuo ???

Se gostarem me avise, prometo que não próxima eu trago um capítulo maior

~miza

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⏰ Última atualização: Jul 30 ⏰

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