006 - Touch me

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"Toque-me, sim
Eu quero que você me toque lá
Faça-me sentir que estou respirando
Sentir que sou humano"
A little death, The Neighbourhood

"Toque-me, simEu quero que você me toque láFaça-me sentir que estou respirandoSentir que sou humano"A little death, The Neighbourhood

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ROBERTO NASCIMENTO

Acabei chegando dez minutos atrasado para pegar Heloísa em frente à biblioteca por conta do trânsito, mas tive a agradável surpresa de não apenas encontrá-la ainda me esperando, como também por vê-la linda, num vestidinho folgado e branco, sua bolsa agora descansando aos seus pés na calçada.

— Não achei que você conseguiria ficar ainda mais linda. — comentei depois de cumprimentá-la com um rápido beijo.

— O dia tá calor, então decidi usar algo mais despojado. - ela esclareceu, rindo do que eu tinha falado.

— Não que eu não goste das roupas que você usa normalmente, mas você ficou linda nesse vestido. - falei, colocando uma mão na sua perna, subindo um pouco o tecido para deixar sua coxa exposta. Mas eu só queria mesmo sentir sua pele na minha mão e permaneci com ela ali parada, sem subir mais. - Está com fome?

— Um pouco.

— O que acha de irmos comer alguma coisa antes de ir para o seu apartamento?

— Não prefere que eu prepare algo para nós?

— Não. Hoje não. Você teve uma semana cansativa, então vou te dar um descanso da cozinha.

— E você também teve. - ela retrucou com um pequeno sorriso. — Tenho certeza que a minha semana não foi nem um pouco cansativa em comparação com a sua.

— Mas você também trabalha agora.

Heloísa apenas deu de ombros, não querendo se dar por vencida, mas acabamos indo para um restaurante, como eu queria. Mas ela bateu o pé quando tentei parar em frente a um restaurante mais elegante no começo da avenida, dizendo que não estava vestida para ir para aquele lugar, embora eu tentasse argumentar o quanto ela estava linda naquele vestido; porém, dessa vez eu fui o primeiro a desistir, aceitando quando ela sugeriu apenas uma lanchonete não muito longe da sua casa.

Comemos sem muita pressa a refeição que não demorou a chegar, conversando sobre sua faculdade, eu falando do meu trabalho e da casa que tinha comprado, chegando até a me empolgar demais ao descrever a propriedade.

Exatamente como tínhamos feito há dois dias, deixei Heloísa em frente ao seu edifício, antes de ir estacionar. Dessa vez, porém, o fiz apenas para que ninguém a visse entrando com um estranho, porque poderia muito bem ter pedido para ela ir comigo deixar o carro.

Heloísa mal tinha fechado a porta depois de eu entrar e já a puxava contra o meu corpo, devorando sua boca com urgência.

— Vem. - ela chamou depois de um tempo, interrompendo o beijo e então começou a me guiar pelo pequeno corredor até uma das portas brancas.

Sete minutos no paraíso - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora