The Rise Of The Queen - House Of The Dragons

26. Sob A Luz da Lua

Capítulo 26

Sob A Luz da Lua

A princesa caminhava pelas passagens escuras da Fortaleza Vermelha em passos apressados. Em um rápido desvio, contornou o colossal crânio de Balerion, o Terror Negro, as velas dispostas ao redor do crânio lançavam um brilho espectral, realçando a grandiosidade do local. Seguidamente, ela subiu a escada que levava à parte posterior do castelo em passos apressados.

Ao chegar ao último degrau, ela encontrou com Daemon, que a aguardava com uma pose aparentemente descompromissada. Ele estava escorado na passagem que levava para fora do castelo, usando roupas simples e uma capa preta que escondia seus cabelos prateados. Quando a viu, Daemon sorriu de canto e estendeu a mão a princesa pegar.

—— Sempre pontual. —— disse ele, com um brilho malicioso nos olhos.

A Targaryen pegou a mão dele, e juntos saíram do castelo, descendo as escadas até a cidade. Era uma noite muito agitada em King's Landing, com músicos, ilusionistas, amantes furtivos e acrobatas se apresentando para o povo atrás de moedas e risadas. Enquanto Visenya e Daemon caminhavam pelo meio da multidão, o príncipe parou para comprar duas bebidas num pequeno estabelecimento, passando uma das bebidas para a princesa. Ao ingerir a bebida, Visenya sentiu o liquido rasgar sua garganta.

—— Isso é muito ruim e forte. —— disse ela reclamando.

—— Eu gosto assim, quanto mais forte melhor. —— afirmou Daemon, dando de ombros.

A noite prosseguiu com eles explorando as ruas da cidade até chegarem à encruzilhada onde um espetáculo atraía multidões. A peça retratava Visenya como uma mera rainha meretriz, marginalizando-a em favor do filho homem do Rei Viserys. A peça irritou a Targaryen, que, sem nada dizer, se virou e se retirou, seguida de perto por Daemon.

—— Não vou ficar aqui assistindo esses plebeus miseráveis. —— ela disse, com os olhos brilhando de raiva —— Quem eles pensam que são para zombar de mim desse jeito?

—— Os plebeus acreditam que Aegon, por ser homem e filho do rei, deve ser o herdeiro, não você. —— o príncipe explicou calmamente, apontando a lógica no pensamento do povo.

—— Não me importo com o que essas pessoas imundas pensam. —— afirmou Visenya, dando de ombros.

—— Você deveria importar com o que o povo pensa, se pretende governá-los um dia. —— Daemon a advertiu, sorrindo.

—— Viemos para cá nos divertir ou para falar de política? —— a princesa perguntou, arqueando uma sobrancelha.

—— Eu fico com a primeira opção. —— respondeu o Targaryen, segurando a mão dela.

—— Ótimo. —— disse Visenya, sorrindo.

—— Há um lugar que sei que vai adorar. —— sugeriu Daemon, de forma maliciosa.

Sob a luminosidade da lua, caminharam pela sinuosa Rua da Seda. As memórias do lugar, ainda vivas nas lembranças de Visenya, ela conhecia bem aquele lugar dos tempos que ainda era mais jovem. Quando chegaram a um dos bordéis mais famosos dali, a princesa parou repentinamente, soltando a mão de Daemon. O principe se virou e a encarou com uma expressão confusa.