Apenas imagine vaga-lumes em potes, você deixa-os em cima de seu criado mudo, ao lado da cama, à noite eles te dão um céu à um metro de distância, isso é bonito, não?!
Agora imagine uma mente com ideias brilhantes, porém aprisionadas. Imaginou? Bom, é como Marie se sentia, até que ela decide livrar suas ideias de seu capitão do mato, ou melhor, de sua mente.Em 1907, nascia Marie, em uma família comum, estável, religiosa, nada fora do tradicional. Quando ela veio ao mundo, seus pais já tinham um filho de 7 anos, chamado Friedrich, esse que já era o orgulho dos pais, dicção e persuasão notáveis ainda na infância, os pais já imaginavam se tratar de um prodígio. Albert, seu pai, trabalhava como escrivão, amava o trabalho, ao mesmo tempo que dizia ser escravidão, algo de complexo entendimento, complexidades da meia idade. A mãe foi dona de casa toda sua vida, e assim se mantinha.
Em meio ao crescimento de Marie, havia uma imagem que não saia de sua mente: Pontos verdes no ar no dia de seu nascimento, essa era uma imagem muito forte em sua memória. Até que aos sete anos, ela comenta com sua mãe sobre esses pontos verdes no ar, e sua mãe conta que no dia que deu à luz à sua filha, vaga-lumes adereçavam suas luzes verdes no ar; era noite de primavera, então não tinha muito o que explicar. Ela contou que após aquele dia, nunca mais tinha visto vaga-lumes, pois viu em um jornal de banca que esses insetos haviam entrado em extinção. Isso deixou Marie abatida, pois aquela memória era uma boa nostalgia para ela, ela não queria acreditar que seus queridos pontos verdes no ar não seriam mais vistos, incapacitado-a de reviver aquele nostálgico momento.
Os tempos foram passando e Marie dava sinais do que viria à se tornar. Na escola, ela era um gênio, mas que praticamente canalizada todo seu potencial em ciências, ninguém entendia sua fixação pela matéria, pois em sua família não havia ninguém que ao menos tivesse relação com a ciência no geral, mas ela, ah, ela debatia e criava teorias com apenas doze anos, sua mente brilhava como vaga-lumes.
Uma vez em uma prova de redação, onde professora disse que leria todas as redações em voz alta, Marie criou uma teoria sobre vaga-lumes, contando onde eles poderiam estar escondidos e como recria-los em laboratório. Todos acharam uma ficção interessante, até Marie dizer que realmente acreditava em sua própria teoria, a partir disso, todos gargalharam da cara da menina; ela não se abateu.Aos 19 anos Marie escreveu sua até então teoria mais potente: "O sol, a radiação, os vaga-lumes, e a relação entre eles". Ela escreveu a teoria à mão, lá ela relata a "extinção" dos vaga-lumes, supunha para onde poderiam ter migrado e sugeria modos de recria-los em laboratório.
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Vaga-lumes no pote
Science FictionImagina você, ter o olhar capaz de expandir aquilo que que você vê? Seja bem vindo ao mar de monstros da ficção científica, uma linha tênue entre a realidade e a ficção. Estaria eu sonhando?