O Bosque Branco

O Bosque Branco Cap 34 : ACT I Nossa Pequena Felpuda

(Nota : Gostaria de explicar o que são os "ACT".
Os ACT são episódios/capítulos da história, aonde eu escrevo algum acontecimento passado com mais detalhes, sem ser algo raso como apenas como uma memória rápida ou fala. Eu gosto de introduzir vocês, meus leitores para o tempo em que ocorreu tais acontecimentos, dando uma quebra na história atual.)

19 anos atrás...

Havia vários corpos sobre o chão a maioria deles eram anjos com asas brancas e cabelos brancos, alguns eram loiros, todos que estavam ali caídos aparentavam estar mortos. E Evadne em meio a eles olhando para os lados assustada como se não soubesse o que fazer, a mesma olhou para cima e viu Karayan indo embora do local. Evadne chorou mas conteve suas lágrimas.

Evadne andava pelos corpos tomando cuidado para não pisar no cadáveres e sentiu alguns humanos que estavam ali também caídos vivos, enfurecida Evadne fechou sua mão e controlando as raízes os enrolou em volta delas, todos os humanos que ela sentia que estavam vivos. E ali os deixou, vivos porém adormecidos, enrolados em volta daquelas raízes brancas do bosque.

A mulher usando dos seus poderes conseguiu levar todos os corpos daqueles anjos em cima de raízes que iam se movimentando pela terra. E com o um enorme esforço ela chegou em uma planície em meio ao bosque e com um enorme trabalho ela começou a enterrar um á um, eram dezenas de corpos e mesmo assim ela cavou buraco por buraco com seus poderes, controlando as raízes do bosque e assim enterrou á todos. Aquilo demorou horas para ser feito, e mesmo após terminar, ela usou das árvores do bosque e fez cruzes aonde colocou em cada uma das covas. Após aquele longo trabalho Evadne caiu no chão com seu nariz sagrando, percebendo que havia abusado demais de seus poderes naquele dia.

Ao longe a mulher ouviu o som de um choro ecoando pelo bosque, parecendo de um bebê. Evadne se levantou e limpou seu nariz com o braço e caminhou em direção ao som, quando a mesma tentou usar de suas habilidades para localizar de onde vinha o choro, um forte dor de cabeça veio e novamente seu nariz sangrou, sem opção ela desistiu e voltou a seguir o barulho, até que chegou no vilarejo.

Evadne olhou para as casas do vilarejo e as viu coberta de buracos e destroçadas grande maioria, com ódio ela apertou seus punhos, mas voltou para o foco de seu objetivo que era encontrar quem estava chorando. E nisso ela ouviu o choro mais alto e percebeu que estava por ali a pessoa que chorava.

Em casa em casa ela entrou, até que quando entrou em uma delas ela ouviu o som de choro bem alto e e percebeu que estava vindo debaixo do assoalho da casa, Evadne foi caminhando lentamente e percebeu que um dos assoalhos dava para remover, então ela se ajoelhou e puxou o assoalho, e assim que fez, se deparou com um bebê peludinho e com longas orelhas como a de um coelho, esse neném estava enrolado em um cobertor e com uma pelúcia ao lado.

Evadne : - Quê ? Um bebê, assim ?! Nessa aparência, normalmente os anjos não aceitam seres de outra forma.

Evadne levou seus braços até o bebê e o pegou em seus braços ainda enrolado no cobertor, a mulher checou o sexo da mesma e percebeu ser uma menininha, Evadne sorriu com os olhos brilhando e a beijou na cabeça.

Evadne : - Você é como eu, almadiçoada, uma não anjo. Melhor, você é diferente. Seus pais a amavam muito, para criar um lugar apenas para te proteger pequenininha.

A bebê coelha segurava os cabelos de Evadne e os mastigava também a olhando nos olhos, a mesma estava com seus olhinhos ainda com lágrimas, mas sem chorar. Evadne saiu do local com ela nos braços a ninando de forma carinhosa, e novamente depositou um beijo em sua testa. Evadne abriu suas asas negras e voou com ela no colo, rumo a caverna que havia nas montanhas.