Redenção

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O céu estava nublado, o que parecia anuciar o caos que estava por vir. A operação foi cuidadosamente planejada, mas, como em todas as operações desse tipo, havia uma grande margem de imprevisibilidade.

Eu estava de volta e no comando, com Matias ao meu lado e uma equipe de elite preparada para a missão. Nossos alvos eram traficantes bem armados, conhecidos por sua crueldade e falta de escrúpulos. A área estava cercada, e tínhamos informantes confirmando a localização dos principais líderes.

Às seis da manhã, o sinal foi dado. Invadimos a favela com precisão militar, avançando pelas vielas estreitas e sinuosas. A tensão era palpável; o silêncio da madrugada foi quebrado pelo som pesado de nossas botas no chão de concreto.

– Equipe Alfa, entrando no ponto um – sussurrei pelo rádio, mantendo a comunicação com todos os membros.

– Ponto dois, equipe Bravo, avançando – respondeu Matias.

De repente, os primeiros tiros ecoaram pelas vielas. Sabíamos que os traficantes não entregariam seu território sem uma luta. O confronto começou com uma intensidade brutal. Os tiros vinham de todas as direções, ressoando nas paredes estreitas e ecoando pelo labirinto da favela.

Nesse momento, é impossível não pensar na vida cotidiana que acontece na comunidade e em como tais eventos destroem toda tranquilidade. Contudo, nosso objetivo era terminar o trabalho iniciado alguns meses atrás.

– Fogo à frente! – gritou um dos nossos, quando uma rajada de balas nos obrigou a buscar cobertura atrás de um muro.

– Avança, avança! Não parem! – ordenei, sentindo a adrenalina tomar conta.

A luta corpo a corpo era inevitável. Subimos becos, escalamos barrancos e invadimos barracos, cada um oferecendo resistência. Os traficantes estavam bem armados e preparados, mas nossa determinação era maior. Avançávamos lentamente, cada metro conquistado com sangue e suor.

– Cuidado, granada! – gritou Matias, empurrando um dos nossos para o chão enquanto a explosão iluminava a cena com uma luz infernal, lançando estilhaços por toda parte.

Os gritos de dor e raiva misturavam-se ao som dos tiros. Meu foco era total, meus sentidos aguçados como nunca. Em meio ao caos, vi um dos líderes tentando fugir.

– 02, comigo! – berrei, avançando na direção de Neto.

Corremos pelos beco. O líder entrou em uma casa abandonada, e nós o seguimos de perto.

Dentro, a luta foi feroz. O cheiro de pólvora e suor era sufocante. Encontrei o líder no segundo andar, tentando escapar por uma janela.

– Perdeu, porra! – gritei, apontando minha arma para ele.

Ele se virou, uma expressão de desespero e ódio no rosto. Sem hesitar, puxou sua arma e disparou. Por reflexo, desviei e disparei de volta, acertando-o no ombro. Ele caiu, largando a arma e gemendo de dor.

– Temos ele! – anunciei pelo rádio, enquanto Matias algemava o traficante ferido.

Lá fora, o tiroteio continuava. O som de helicópteros e sirenes indicava que o reforço havia chegado. Sabíamos que a batalha estava longe de terminar, mas tínhamos uma vantagem significativa agora.

De volta ao centro da favela, o combate estava se intensificando.

– Capitão, precisamos de cobertura! – gritou um dos nossos, enquanto os tiros zumbiam ao nosso redor.

– Matias, coordene a artilharia! – ordenei, enquanto buscava uma posição mais elevada para avaliar a situação.

O cenário era um verdadeiro campo de batalha. Cada esquina era uma armadilha, cada janela uma possível emboscada.

Um dos traficantes surgiu de repente, disparando uma metralhadora. Fomos forçados a nos abrigar novamente.

– Granadeiro, neutraliza aquela posição! – ordenei, vendo um de nossos soldados lançar uma granada que explodiu com um estrondo ensurdecedor, silenciando a metralhadora.

– Capitão, o alvo principal está tentando escapar pelo beco sul! – informou um dos observadores, a voz tensa pelo rádio.

– Vamos pegar esse desgraçado! – rugi, reunindo Neto e mais alguns homens para a perseguição.

Corremos pelos becos, ultrapassando obstáculos, saltando sobre cercas e desviando de balas. Finalmente, avistamos o alvo. Ele estava tentando alcançar um carro estacionado, evidentemente sua rota de fuga planejada.

– Não deixa ele escapar! – gritei, enquanto disparávamos contra o veículo.

Os pneus estouraram, o carro virou bruscamente, e o alvo tentou continuar a pé. Em um último esforço desesperado, ele se virou e disparou contra nós. As balas assobiavam, mas nossa mira era certeira. Matias o acertou no peito, derrubando-o instantaneamente.

A batalha continuou por mais algumas horas. Quando os disparos cessaram, respirei fundo, observando alguns sendo levados em custódia.  Havia feridos entre nós, mas tínhamos alcançado parte do nosso objetivo. O comando do morro estava desestruturado, e a ameaça imediata havia sido neutralizada.

Enquanto voltávamos para a base, sentia o cansaço físico e emocional pesar sobre meus ombros. Estar nessa posição é desafiador e terrível ao mesmo tempo. Mas havia uma sensação de alívio. Havia prometido a Júlia que a protegeria, e hoje, fiz o meu melhor para cumprir essa promessa.

Chegando em casa, encontrei Júlia à minha espera, a preocupação evidente em seu rosto. Ela correu para meus braços, e eu a segurei com força.

– Você voltou – sussurrou, as lágrimas de alívio escorrendo por seu rosto.

– Eu prometi que voltaria – respondi, acariciando seu cabelo.

Claro! Aqui está a cena ajustada:

Chegando em casa, encontrei Júlia à minha espera, a preocupação evidente em seu rosto. Ela correu para meus braços, e eu a segurei com força.

– Você voltou – sussurrou, as lágrimas de alívio escorrendo por seu rosto.

– Eu prometi que voltaria – respondi, acariciando seu cabelo.

Ela me conduziu até o sofá, e nos sentamos juntos. Em meio ao beijo intenso e à troca de carícias, uma sensação de alívio e desejo tomou conta de nós. Nossos lábios se encontravam com fervor, enquanto nossas mãos exploravam o corpo um do outro com urgência e ternura.

Com um gesto carinhoso, comecei a desabotoar lentamente o pijama de Júlia. Em meio ao calor do momento, me concentrei em revelar seu corpo para mim. Quando finalmente retirei sua blusa, a visão do curativo em sua barriga me fez parar por um momento.

O curativo, que cobria a área da cirurgia, era um lembrete brusco da nossa história. Um sentimento de culpa e preocupação me envolveu imediatamente.

– Júlia... – comecei, a voz carregada de culpa. – Eu me sinto tão mal por ter te colocado nessa situação. Eu devia ter te protegido melhor.

Ela me olhou com um olhar compreensivo, seus dedos tocando suavemente meu rosto.

– Beto, você não pode se culpar por isso. Estamos juntos agora, e isso é o que importa – disse, sua voz suave e reconfortante.

Enquanto examinava o curativo, minha preocupação foi aliviada pela forma como ela lidava com a situação. Minhas mãos exploraram a área ao redor com cuidado, tentando mostrar meu amor.

Com ela agora totalmente nua, comecei a beijar e acariciar sua barriga, chupando seus seios. Finalmente, encaixei meu corpo ao dela,  ajustando com cuidado para garantir que cada movimento fosse suave e controlado. A penetração foi lenta e carinhosa, sentia sua excitação em um momento de total entrega e união.

A sensação de estarmos tão unidos foi avassaladora. À medida que atingíamos o ponto alto do nosso tesão, o prazer foi profundo e absoluto. Gozei dentro dela, a sensação de conexão e entrega me preenchendo completamente.

Depois, com a respiração ofegante e os corpos ainda entrelaçados, repousamos um ao lado do outro. Beijei-a suavemente, e ela respondeu com um sorriso de satisfação.

– Eu te amo – sussurrei, sentindo cada palavra com sinceridade.

– Eu também te amo, Beto – respondeu Júlia, enquanto seus dedos acariciavam meu cabelo.

Laços Invisíveis | capitão nascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora