No dia do jogo, cheguei ao estádio cheia de expectativa. Especialmente para esse jogo, comprei uma camisa da França.
Me arrumo um pouco mais do que nos outros jogos, tanto por ter mais tempo, por não estar trabalhando, mas também por Pavard.
A atmosfera era eletrizante, com os torcedores franceses e argentinos criando uma mistura de cores e sons que preenchia o ar. Segui as instruções de Pavard e fui até a entrada dos camarotes, onde o empresário dele já me aguardava.
— Oi, Sophia. Sou o Julien, empresário do Pavard. Ele pediu para garantir que você tivesse uma experiência incrível hoje — disse ele com um sorriso amigável enquanto me entregava o passe para o camarote.
— Oi, Julien! Muito obrigada. Estou super animada para assistir ao jogo daqui — respondi, tentando não deixar transparecer minha ansiedade.
Julien me conduziu até o camarote, que oferecia uma vista espetacular do campo. Era um espaço confortável e sofisticado, com poltronas de couro e uma seleção de petiscos e bebidas à disposição.
Aproveitei para tirar uma foto minha com o campo no fundo e mandar para Pavard. Adiciono uma pequena mensagem:
"Já aqui torcendo por você. Allez les bleus!"
Ele demora um pouco, provavelmente por causa dos aquecimentos e da concentração, mas responde antes de o jogo começar:
"A torcedora mais linda que já tivemos. Espero que curta o jogo. Vou fazer um gol para você"
Gol? Será que esse maluco sabe que ele é lateral e nunca fez um gol pela seleção?
Ri da mensagem de Pavard, apreciando sua confiança. A partida começou, e eu estava completamente imersa no jogo e na atmosfera ao meu redor. A França dominava a posse de bola, e o talento dos jogadores era evidente desde o início.
Aos 13 minutos, a França abriu o placar. Antoine Griezmann cobrou um pênalti com precisão, colocando a bola no canto direito do goleiro argentino, que nem se mexeu. A torcida francesa explodiu em comemoração, e eu me peguei aplaudindo e sorrindo.
A Argentina, no entanto, não se deu por vencida. Aos 41 minutos, Ángel Di María marcou um gol espetacular de fora da área, empatando o jogo. A reação dos torcedores argentinos foi ensurdecedora, e o jogo estava novamente equilibrado.
No início do segundo tempo, aos 48 minutos, a Argentina virou o jogo com um gol de Gabriel Mercado após um chute de Lionel Messi que desviou nele.
Será que sou tão azarada assim? Menos de 1 hora sendo torcedora da França e já fiz a seleção ser eliminada. Quer dizer...
Aos 57 minutos, Pavard marcou um gol lindo, um chute de primeira que acertou o ângulo esquerdo do gol argentino. Não sei se penso assim por causa do autor do gol, que também é espetacular, mas acho que esse foi o gol mais lindo que já vi na vida.
Na continuação, vejo que ele está fazendo um coração exatamente para o camarote em que estou. Senti meu coração pular. Ele fez isso por mim? Eu gritei e aplaudi, orgulhosa dele.
— Donc vous êtes Sophia? — uma senhora se aproxima de mim, sorrindo — Benji a beaucoup parlé sur toi
(Então você é Sophia? Benji falou muito de você)
— Pardon, je ne parle pas français — respondo, um pouco frustrada por não conseguir me comunicar com ela, pois, pelas fotos que eu tinha visto, sabia que ela era a mãe do Pavard — but your son is amazing! What a beautiful goal — sorrio
(Desculpe, eu não falo français. Mas o seu filho é incrível! Que gol lindo!)
Logo voltamos a nos concentrar no jogo, como o diálogo não se fez muito fácil
A França continuou a dominar, com Mbappé marcando dois gols rápidos, levando o placar a 4 a 2. A Argentina conseguiu um gol de consolação nos acréscimos, mas não foi suficiente para mudar o resultado. A França venceu por 4 a 3, e a alegria no estádio era contagiante.
Eu até esperava que o Pavard viesse até o camarote após o jogo, mas, depois de ver a quantidade de jornalistas que foram tentar uma entrevista com ele, percebi que essa não seria a melhor estratégia. Me despeço dos pais dele como consigo e desço para a área de entrevistas, usando meu crachá de jornalista. Ele sorri assim que me vê, mas continua atendendo meus colegas.
Esperei pacientemente enquanto Pavard atendia a imprensa, aproveitando para observar o desenrolar das entrevistas. Ele parecia radiante, tanto pela vitória quanto pelo gol espetacular que havia marcado.
Quando finalmente terminou, ele veio em minha direção com um sorriso cansado, mas feliz
— Sophia! — disse ele, me abraçando calorosamente — que bom te ver! Espero que tenha gostado do jogo.
— Pavard! Foi incrível! Você jogou muito bem, e aquele gol foi absolutamente lindo. Parabéns pela vitória — respondi, retribuindo o abraço e sentindo meu coração disparar.
— Fico muito feliz que tenha gostado. Fiz o meu melhor para impressionar — brincou, piscando para mim
— E conseguiu — respondi, rindo — a propósito, conheci seus pais. Eles são adoráveis, mas infelizmente não falo francês, então a conversa foi um pouco limitada.
— Não se preocupe, eu posso traduzir quando estivermos todos juntos — disse ele, ainda sorrindo — vou tomar um banho... como podemos nos encontrar depois?
— Sendo sincera... esses jornalistas querem muito falar com você, e você não deveria perder a oportunidade. Foi um gol lindo, você foi o herói do jogo. Eu também quero muito conversar com você, mas acho que você deveria aproveitar essa chance. Pode transformar sua carreira e sua vida — sorrio sincera
— Posso te ligar depois então? — ele pergunta
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Parlez-vous anglais? (reeditada) - Benjamin Pavard
FanfictionVocê pode tentar aprender todas as línguas, mas a língua universal continua sendo o amor. A Copa do Mundo é mágica. A cada quatro anos, a jornalista alemã Sophia se apaixona mais pela sua profissão. Contudo, na Copa de 2018, ela se apaixona por algo...