Pavard tinha cuidado de absolutamente tudo para o nosso jantar. Minha única preocupação foi em como eu iria me vestir. Faço uma maquiagem leve, mas caprichada, coloco um vestido preto meio justo, mas pouco decotado e sem ser curto.
Na hora marcada, desço e ele está me esperando no saguão do hotel com um pequeno buquê de flores. Seria difícil não chamar atenção, tendo em vista que ele era o novo amor da torcida francesa e vários jornalistas querem entrevista com ele. Mas, ao mesmo tempo que eu não queria virar capa de revista de fofoca, não temos nada para esconder, certo?
Ao chegar ao restaurante, Pavard me conduziu até uma mesa reservada em um canto mais reservado, longe dos olhares curiosos. O ambiente era elegante, com iluminação suave e uma decoração sofisticada, perfeita para uma noite especial.
— Uau, Pavard, você realmente pensou em tudo. Esse lugar é maravilhoso — eu disse, admirando o ambiente.
— Fico feliz que tenha gostado. Eu queria que a noite fosse perfeita para nós — ele sorriu, puxando a cadeira para que eu pudesse me sentar.
— Obrigada — sorrio e me sento
— Sabe... pode me chamar de Benjamin ou Benji. Pavard eu sou no campo, para a mídia... para com você eu quero ser eu mesmo
— Claro, Benji, vou lembrar disso — eu sorri, me acomodando na cadeira
— Eu pedi algo especial para nós — ele disse — então não se preocupe em escolher. Minha única dúvida é se você quer ou não vinho... eu não posso beber, por causa da competição, mas fica à vontade
— Obrigada por já ter cuidado de tudo — sorrio — e eu vou te acompanhar no que você for beber... pelo menos, aparentemente, vocês não tiveram as mesmas restrições que a seleção alemã — comento, rindo
— Como assim? — ele pergunta, curioso, com um sorriso no rosto
— Ah, o técnico proibiu todos os jogadores de verem as namoradas ou terem encontros... acho que foi por isso que quiseram ir embora logo — faço brincadeira com a eliminação da minha seleção
— Ah — ele ri — fizeram isso uma vez com a França, na Euro passada. Também não deu certo, perdemos na final... na verdade, eu ainda não estava no time. Vi o jogo com uns amigos em Paris, antes de me transferir para o Stuttgart
— Acho que a sua história é a prova de que não podemos fugir do destino... você ganhou uma chance na seleção após um colega lesionar, mostrou sua qualidade e acabou fazendo o gol que salvou a classificação da equipe
— É verdade — Benji concordou, com um sorriso satisfeito — às vezes, parece que o destino tem seus próprios planos para nós, não é? E ele tem sido bem generoso comigo...
— Mas eu aposto que é tudo recompensa do seu esforço — sorrio
— Eu queria saber mais sobre você — Benji disse, olhando para mim com interesse — o que te trouxe para o jornalismo esportivo?
— Bem, eu sempre amei esportes, e o futebol foi uma paixão desde pequena. Decidi seguir a carreira de jornalista porque queria estar perto do esporte que amo e contar as histórias que muitas vezes ficam por trás das câmeras. Hoje sou setorista do Bayern e essa já é minha segunda Copa, a primeira foi a do Brasil
— Bayern... grande time, o maior da Alemanha
— Pensa em vir para o maior da Alemanha? — sorrio
— Seria uma honra. Me vejo na Alemanha por muitos anos mais, na verdade... você vai conseguir ir para o próximo jogo? Contra o Uruguai
— Com certeza — sorrio — mal posso esperar para te ver jogando de novo
A comida chegou e começamos a desfrutar dos pratos deliciosos. A cada novo prato, Benji fazia questão de me contar um pouco sobre a escolha e o que tornava a refeição tão especial. A noite continuou com risos e conversas, e eu estava encantada com a atenção e o cuidado que ele estava mostrando.
Após o jantar, Benji pediu a conta e nos levantamos da mesa. Ele me acompanhou até a saída do restaurante, e, ao chegarmos lá, ele segurou minha mão com um gesto carinhoso.
— Eu espero que tenha gostado da noite — ele disse
— Eu adorei, Benji. Foi uma noite incrível — eu respondi
Seguimos para o hotel e ele foi para o quarto dele, enquanto fui para o meu.
Os próximos dias foram bem corridos, devido à preparação dele para o jogo contra o Uruguai. Após o gol mágico, até da coletiva de imprensa ele participa.
Eis que finalmente chega o dia: França e Uruguai
Nos primeiros minutos, o Uruguai se mostrou uma equipe sólida, com uma defesa robusta e uma boa organização tática. No entanto, a França rapidamente mostrou sua qualidade técnica e velocidade, criando as primeiras oportunidades de gol.
Aos 40 minutos, a França teve um grande momento. Após uma cobrança de escanteio bem executada, a bola encontrou a cabeça de Raphaël Varane, que, com um toque preciso, colocou a França em vantagem.
Aos 61, a França ampliou sua vantagem. Benjamin Pavard, meu Benji, fez uma jogada deslumbrante, que acabou resultando no segundo gol da França, pelos pés de Griezmann.
Com a classificação garantida, desço mais uma vez para o campo, usando meu crachá para ter acesso geral.
Assim que me vê, Benji me pega no colo e me dá um beijo, na frente de todo mundo.
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Parlez-vous anglais? (reeditada) - Benjamin Pavard
FanfictionVocê pode tentar aprender todas as línguas, mas a língua universal continua sendo o amor. A Copa do Mundo é mágica. A cada quatro anos, a jornalista alemã Sophia se apaixona mais pela sua profissão. Contudo, na Copa de 2018, ela se apaixona por algo...