No dia do seu casamento.

Capítulo único.

"Eu te amo."

Suas mentiras são como músicas para os meus ouvidos. Talvez seja por isso que eu sempre acredito nelas.

Em meio ao inverno quem imaginaria que um amor tão quente de repente se esfriaria, não precisou de muito esforço, pois já estava fadado. O destino, meus queridos, não pode ser controlado.

Poderia colocar a culpa em si, mas não era certo, seu erro foi amar de mais uma pessoa que não era concreta.

Talvez se fosse outra mulher, mas não, foi um homem. Um homem levantou-a pelos braços e a levou ao altar.

"Se alguém tiver algo contra essa união, fale agr ou cale-se para sempre."

"Cale-se para sempre."

"Cale-se."

Seus olhos tremiam, olhava para mim com sobrancelhas franzidas. Eu nada falei, até porque... você já fez sua escolha.

Eu observava enquanto ele segurava sua cintura como eu costumava fazer, mas você ainda me olhava.

O QUE VOCÊ QUER DE MIM AFINAL?!

Meus olhos estavam prestes a sangrarem. Sem se importar mais, fui em direção a cafeteria que me traria algum conforto.

A garçonete veio até mim, e fez a tão pergunta esperada...

"Qual seu pedido?"

"Vou querer um croissant..."

"Algo mais?"

"... e um café."

"Sem açúcar, por favor." - outra pessoa estava presente. Uma voz familiar ecoou sobre meus ouvidos.

"Certo, o que a senhorita quer?"

"Um misto quente e um suco de laranja, por favor." - Aprontei-me em responder.

"Só um momento." - E partiu para a cozinha.

"Não deveria estar comemorando a lua de mel?" - Perguntei sem muita importância.

"O único mel que eu quero sentir é o seu."

"Por que você continua vindo até mim?" - Por que você não consegue me deixar ir embora?

"Quero que seja minha amante."

"Por que eu?"

"Por que não você?"

Já que essa é a única forma de você me amar, eu...

"Vou ser sua amante."

"Só que dessa vez, ame a minha alma, não apenas o meu corpo. Por favor." - Meus olhos lacrimejavam

"Eu imploro." - Uma lágrima se libertou.