Uma linda mulher - Raphael Veiga.

I

Primeiramente, venho aqui agradecer quem tirou um tempo pra dar uma olhada na nova história. Sejam bem-vindos! É um universo novo, que pensei e repensei.

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Boa leitura! :)

carolina pimenta ~

Me levanto e não reconheço onde estou. Que lugar é esse? Que cama é essa? Não que eu vá reclamar, porque é macia e a coberta é tão boa que eu ficaria horas deitada. Tem ar condicionado.
Procuro meu telefone por toda a cama sem me levantar e encontro de baixo do travesseiro. São nove e meia. Tem que ser rico pra dormir com o ar ligado e deixar até nove e meia da manhã. Tento me lembrar de algo mas a minha cabeça dói.
Onde é que eu estou? Puta que pariu. Minha tia vai me dar um soco na fuça. Com receio, me levanto daquela cama gigante e observo os lençóis brancos. Caraca, eu dormi com alguém podre de rico. Espera... eu DORMI COM ALGUÉM. E pra PIORAR, é PODRE DE RICO.
Pobre não tem lençol de cama branco porque pra lavar é um trabalhão e gasta produto caro.
Tento observar o quarto e desvendar quem é, mas sem sucesso. Percebo que há um banheiro, então, não hesito em ir. Me observo no espelho da pia e estou toda bagunçada.
Por Deus, meu cabelo está embolado. Eu estou só de camisa. Espera... que camisa é essa?
É uma camisa do Palmeiras. Puta merda, quem é o torcedor rico? Jesus, onde fui me meter?
Ok, ok... me lembro de ter ido pra uma festa com minha amiga Marina, e que ela me deu um baita perdido. Aí, eu sei que fui pra área de bebida e comecei a tomar doses de tequila. E eu sei que um cara chegou pra conversar, ele estava com um amigo, mas não consigo me recordar quem é.
Jesus, onde é que fui me meter. Meio com receio, eu uso o banheiro, lavo o rosto e observo os produtos metodicamente organizados. Espuma de barbear, sabonete facial da ADCOS, protetor solar, sabonete para mãos e um barbeador profissional. Caramba, esse aqui é bem engomadinho. Uso seu pente de cabelo que está por cima do espelho. Esse cara tem no mínimo trinta anos... puta merda.
Saio do banheiro e procuro minhas roupas, elas têm que estar em algum lugar, não é possível. Assim que encontro meu vestido preto o visto e coloco a camisa do Palmeiras por cima porque me sinto muito pelada com aquele decote nas costas a essa hora da manhã.

– Caralho, onde eu tô - Falo sozinha andando por um corredor que pelo visto tem dois quartos e um banheiro.

Observo um quadro gigante assim que chego na ilha da casa. Abro e fecho a boca várias vezes. Observo a sala bem arrumada e metodicamente mobiliada.

– Puta que pariu - Murmuro observando melhor. - isso é o Raphael Veiga? O cara que mora aqui é fã do Raphael Veiga no nível de ter uma foto dele?

Estou em choque. Ele deve ser um maluco. Escuto uma gargalha e quase pulo de susto. Tento encontrar o dono da risada, e assim que isso acontece, juro que perdi as forças da perna.

– Caralho - Eu coloco a mão na boca, chocada. - ai meu Deus, eu vou desmaiar.

Realmente sinto as pernas tremendo e quando o homem chega mais perto, está preocupado. Ele arrasta uma cadeira até mim.

– Nossa, calma - Ele diz. - tá melhor assim?

Eu o encaro chocada e sem reação.

– É que assim, não quis te acordar porque ontem chegamos tarde e aí pensei que tinha sido um longo dia pra você.

Eu encaro toda a sua silhueta. Dos pés a cabeça. Meu Deus. Só posso estar ficando maluca, alucinada... será que cheirei algo noite passada? Esfrego meus olhos com tanta força que dói.

– Ei? Você tá bem?

Engulo a seco e tento voltar a realidade. O homem a minha frente ainda está querendo se comunicar comigo.

– Eu... eu tô na casa... tipo, essa casa é sua?

Ele concorda com uma expressão de quem não está entendendo. Imagina eu, se estou entendendo algo.

– Meu Deus - Puxo ar pra tentar me acalmar. - meu Deus...

– O que tem de errado? Eu não tô entendendo.

O que tem de errado? O QUE TEM DE ERRADO? Nada de errado. ABSOLUTAMENTE NADA. Porque simplesmente o Raphael Veiga está na minha frente, em carne e osso, e me trata como se tivéssemos conversado BASTANTE já. Meu Deus... será que eu dormi com ELE? Puta que pariu.

– Cara - Eu digo me levantando da cadeira e não olhando mais pra ele, estou bem nervosa. Mil e um questionamentos mentais. - eu... tipo... eu dormi contigo? É isso?

O encaro tão assustada. Ele junta as sobrancelhas e demora um pouco pra me responder, mas quando o faz, tem um sorriso divertido no rosto.

– Já entendi, não se lembra de nada, não é?

Afirmo. Estou com as mãos suando à beça... puta que pariu. Eu dormi com um jogador de futebol que deve ser o quê, uns onze anos mais velho do que eu?
Será que eu devo me sentir horrível? Ou será que ELE deve se sentir horrível?

– Então, Carol... - Diz enquanto sorri. Ele sabe meu nome.

É aí que eu quase caio dura no chão de tanto nervosismo. Sua pausa dramática só piora tudo.

Continua...