Uma dor de cabeça horrenda.
Foi assim que minha história começou — se é que é possível delimitar começos. Ou talvez tenha começado com meu fim. Minhas faculdades mentais já não estavam das mais plenas. Eu não reconhecia rostos nem nomes; de vez em quando uma música ou um poema, uma obra de arte ou um aroma que marcaram minha vida, mas nunca postos na ordem correta dos acontecimentos. No dia da minha morte, em uma cama de hospital, de súbito tudo ficou claro. Todo o sentido da vida se revelou em minha mente fajuta, descobri a verdade absoluta do universo. Físicos quânticos, filósofos e religiosos teriam desfalecido de inveja se soubessem de minha adquirida onisciência. Uma pena que, no segundo seguinte, já não respirava mais.
Mas, com o intuito de facilitar os emaranhados da minha trajetória, estabeleçamos o início desta narrativa nas veias latejantes e músculos enrijecidos da minha cabeça.
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Tempo-Abstrato, Amanda Pickler (degustação)
ChickLitVictória Conti é uma jovem insatisfeita com seu emprego de repórter de entretenimento, de pouca ambição, mas grande revolta com as pressões sociais da vida adulta. Ainda assim, contenta-se em viver com a mediocridade de seu emprego, refugiando-se na...
