William.Desde que Celine e eu anunciamos o nosso noivado, nunca mais tivemos paz, agora eu entendo perfeitamente o motivo de Mia ter se afastado de mim.
Hoje é a minha formatura de iniciação no FBI e eu não vou poder comparecer pois Celine e eu temos uma participação em uma droga de programa de TV. É um desses programas matinais que eu não consigo achar graça alguma. Tive que vir para Los Angeles sem querer vir pois tudo isso está no contrato minucioso que Celine fez, ela quer aproveitar a repercussão que andamos tendo para crescer e migrar da internet para a TV.— Eu sei que não queria estar aqui, William... se você quiser pode voltar para Nova York e eu participo da entrevista sozinha!
Embora eu queira muito ir embora, não faço isso pois Celine tem cumprido com sua palavra à algumas semanas atrás ela recuperou cinco por cento das minhas ações e querendo ou não somos amigos, não a deixaria passar por isso.
— Claro que não, estamos nessa juntos! — Respondo
O diretor do programa nos chama pois já está chegando o momento de nossa entrevista.
A apresentadora é muito gentil e não faz perguntas constrangedoras o que é bom. Ela faz algumas brincadeiras de casais dessas que são um teste para saber se os casais realmente tem afinidade entre si e acertamos tudo, pois ensaiamos bastante. Até que não foi tão ruim, nos divertimos um pouco e Celine sorriu como não sorria a muito tempo, minutos depois a apresentadora se despede de nós e em seguida deixamos o estúdio.
— Até que não foi tão ruim! — Comento enquanto dirijo para o aeroporto.
— Verdade. — Celine responde e sua voz é desanimada.
— O que foi? Fiz algo errado?
— Não... é que eu fico pensando se algum dia vou ter alguém que me conheça tão bem quanto o personagem que você se transformou. — Ela responde enquanto olha fixamente para a estrada.
— Se te conforta; teve coisas ao seu respeito que eu não precisei decorar pois já sabia. Por exemplo a sua coloração pessoal é verão quente mas você prefere outono quente por ser mais neutro.
O olhar de Celine volta a se iluminar com após a minha resposta e ela sorri enquanto me observa dirigindo.
— Você pensa que não reparo em você ou que não sei coisas sobre você, quando na verdade eu sei coisas sobre você que eu mesmo não fazia ideia que eu sabia. — Ela sorri e agora parece mais animada.Celine e eu conversamos e rimos bastante durante o trajeto para o aeroporto, vimos algumas casa e ela me contou um pouco sobre a vontade que ela sente de se mudar para a Califórnia e ter um quintal com muitas flores. Agora que entrei para o FBI eu tenho mais liberdade para deixar Nova York e morar em outro estado, só não sei se escolheria o Sul para viver pois prefiro algo mais tranquilo.
— Até que seria bom viver aqui ou ter uma casa de praia... — Comento.
— Isso seria perfeito! Em breve vou começar a trabalhar na TV e mudar para cá me deixaria mais próxima do trabalho. — Ela comenta animada.Nosso voo decolou a alguns minutos, estou cansado e com muito sono, mas não consigo dormir em aviões então opto por passar o voo conversando, melhor do que ficar em silêncio.
— Quando vamos voltar a Mineola. — Pergunto.
— Podemos ir amanhã, é aniversário da Rose, nós poderíamos levar um bolo e fazer uma festinha para ela no orfanato. — Celine responde animada.
Faz um bom tempo que tenho acompanhado a Celine em suas idas a esse orfanato e percebi que ela e Rose criaram um vínculo. Rose é a bebê órfã que conhecemos no orfanato, ela foi abandonada em uma lixeira pela mãe que era usuária de drogas, no início todos pensaram que ela não sobreviveria mas Rose lutou bravamente por sua vida e amanhã completará seu primeiro ano de vida.
— Da pra acreditar... ela já vai fazer um ano! E nem parece mais aquele bebê frágil de um ano atrás. Estou tão feliz, Liam, parece que estou comemorando o aniversário de um parente meu. — Celine comenta e eu noto a emoção em seu olhar.
— Talvez a Rose devesse mesmo ser da nossa família. — Comento e tento parecer despretensioso.
Já faz um bom tempo que tenho pensado em ter legalmente a tutela de Rose, Celine ama aquela bebê e agora que estamos casados será mais fácil conseguirmos sua guarda judicialmente.
— Está falando sério? Quer trazer a Rose para nossa família? — Percebo que a voz de Celine está embargada. — Ah meu Deus, Liam, está mesmo disposto a adotá-la junto comigo?
— É... estou! Acho que a Rose merece uma família e ela já conhece a gente vai ser mais fácil para ela se adaptar e tudo mais... aquela garotinha merece um lar.
— Ah, William... — Celine deixa seu assento e me abraça. No mesmo instante o avião passa por uma turbulência e seu corpo cai sobre o meu. — Céus, William, não me solte por favor!.
O piloto pede que todos tomem seus lugares e coloquem os cintos de segurança mas a aeronave balança muito e Celine não consegue retornar ao seu lugar
— Calma, não vou te soltar.
O avião balança mais algumas vezes e Celine continua me segurando com ainda mais firmeza, seu corpo treme de medo e eu sinto sua respiração pesada.
— Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você. — Comento para tentar tranquiliza-la.
— Não podemos morrer e deixar a Rose, Liam. — Celine começa a chorar e eu sinto suas lágrimas molharem a gola da minha camisa.
— Não vamos morrer, vamos ficar bem, vamos pousar em segurança e adotar a nossa filha. — Falo com convicção para tranquilizar Celine.
Minutos depois a turbulência cessa e o piloto tranquiliza os passageiros. Ajudo Celine a retornar para seu lugar, ela ainda está tremendo e sua maquiagem está borrada.
— Desculpa, William, tenho medo de turbulências; elas despertam o pior de mim. — Celine comenta.
— Não precisa se desculpar, fico feliz por ter conseguido ajudar de alguma forma. Vou pedir uma água para você.
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A Garota Da Costa.
Roman d'amourMalie Rolle tem 17 anos e é uma jovem de alma doce e ingênua, embora tenha sido criada por sua avó carrancuda; ela espalha sorrisos por onde passa. Malie está otimista em relação a sua ida para faculdade e quer aproveitar o seu último verão no ensin...