Titanic ( SIMORAYA )

Capítulo VI - 🌊🚢

Enquanto isso, na suíte de Thronicke, na primeira classe. Batista vasculhava seu querido cofre, logo encontrando algo que não lhe pertencia.

"Falta alguma coisa?" O seu fiel companheiro indagou.

O Carlos puxou uma pasta marrom de seu compartimento, olhando confuso para o homem ao seu lado. Abriu o objeto encontrando a obra de nudez feita pela Simone. Em seguida, o mesmo avistou um lembrete que foi deixado por Vieira. Após ler o que estava escrito no papel, respirou fundo e fechou os olhos, amassando a folha que segurava.

"Tive uma ideia melhor..."

[...]

As mulheres correram para o convés superior. Gargalhando animadamente, como se não houvesse amanhã. Logo alcançaram a parte externa do navio. Onde o céu estava escuro, com as estrelas cintilando sobre o Titanic e o vento gélido invadiam seus corpos.

"Você viu só a cara deles!?" Tebet puxou a menor para seus braços, rodeando sua cintura e aproximando seus corpos, enquanto sorria genuinamente. "Você viu?" A mais nova perguntou novamente. Thronicke apenas fitou seus olhos e cobriu a boca da maior com os dedos.

"Quando o navio aportar, eu vou descer com você."

"Isso é loucura." Sorriu.

"Eu sei. Não faz nenhum sentido. É por isso que eu vou." Levou suas mãos para a nuca da Simone. Encaravam-se e trocavam sorrisos apaixonantes. Não demorou para que juntassem seus lábios em um beijo divertido, que logo se tornou cativante.

Não muito distante de ambas. Dois rapazes, que até o momento vigiavam todo o percurso do navio, avistaram o casal trocando beijos abaixo de si.

"Olha só pra elas." Um deles comentou.

"Estão mais quentes do que nós." O outro proferiu.

"Já que aqui não tem mulher, eu prefiro morrer de frio. Você não acha?" Ambos gargalharam, voltando as suas posições. Alguns segundos depois cerraram os olhos para tentar enxergar melhor o que havia no mar, a poucos metros do Titanic.

"Droga, estamos fritos!" Um dos rapazes, amedrontado, se prontificou a tocar desesperadamente o sino do local em que estavam, após alcançar a grande massa de gelo flutuante. Rapidamente agarrou o telefone, ligando para a cabine do comandante. "Atendam seus nojentos!"

Após ouvir a voz do outro lado da linha, o mesmo avisou aflito. "Iceberg em frente!" E então o alvoroço tomou conta dos oficiais e dos outros que estavam ali.

O quartel-mestre que manejava a roda do leme, virava a peça plana ligeiro, enquanto o oficial McMuller alertava para todos da sala de maquinas. Todos os operários do local se deslocavam de um canto para o outro. Seguindo as ordens de seus comandantes, completamente eufóricos. Os rapazes gritavam uns com os outros. O navio se aproximava cada vez mais do enorme pedaço de gelo do oceano, virando para a esquerda lentamente, quase não parecia, fazendo o oficial McMuller suar frio e perguntar ao piloto se estava todo virado. Um rapaz que estava próximo a proa do navio, ao ver que o navio estava perto o bastante do iceberg, correu se afastando dali para não ser atingido.

O mesmo logo gritou. "Vai bater!" Dito e feito. Todo o navio tremeu com a colisão, assustando os seus passageiros. Pedaços de gelos no fundo mar foram espalhados. Toda a lateral do navio se esbarrava com a grande massa de gelo, entortado as placas de aço do casco e causado seis pequenas aberturas, com todas juntas equivalendo a uma área de pouco mais de um metro quadrado de todo o navio. A sala do compartimento de cargas era invadida por jatos de água, inundando todo o lugar.

Tebet e Thronicke rapidamente quebraram o beijo por conta da colisão. Ambas foram sacudidas, as deixando confusas com o que ocorrera. Logo avistaram o iceberg à frente, que segundos depois se racha em pedaços. Fazendo alguns caírem sobre o deck não muito longe das mesmas e se espalharem pelo chão.