In The Middle Of The Night | Jujutsu Kaisen | One Shot | S/n

Um lado meu que não conheço | Sukuna

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Eu nunca fui o tipo de pessoa que finge sentimentos, ou fala aquilo que a pessoa quer ouvir. Meus amigos dizem que sou cruel demais para conviver em sociedade e que se admiram por eu ainda conseguir estar livre das grades, ou de um bom soco na cara. De qualquer forma, não entendo a dificuldade das pessoas em abrir suas malditas bocas para falar o que tem que ser dito de uma vez por todas.

Nos últimos três meses me vi cercada por um bando de malucos que insistiram tanto para eu me enfiar em uma festa de aniversário naquelas boates chiques, que há três semanas me vi encarando uma versão minha totalmente descarada e de cabelos rosa. Na minha humilde opinião, toda essa bagunça teria sido evitada se eu estivesse em minha casa vendo algum programa ridículo para preencher o que chamam de vazio.

Aquele animal e eu não fazemos o tipo de pessoa que tem uma trava moral na língua e meus amigos acharam uma boa ideia nos prender em uma sala vip daquele antro nojento para que ficássemos, déssemos beijocas e saíssemos como um belo casal de estraga prazeres. No primeiro tempo daquela coisa sem noção, não me prestei ao dever de olhar naquela cara sem vergonha alguma, apenas me sentei naquele sofá e o ignorei. Mas tudo não durou por muito tempo, toda aquela provocação me levou a uma situação infame. Nós dois nos agarrando por toda aquela sala colorida.

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Olhando no relógio estravagante na parede do café que costumo me reunir com meus amigos, conto cada instante que se passa em como todos eles estão atrasados demais. Chego a pensar que estão com algum plano bobo em mente, com a intenção de me fazer olhar para aquele homem irritante novamente. Na verdade, todos os meus instintos dizem que é exatamente isso que estão tentando fazer.

Sn— Se tentarem isso novamente, mudo de cidade e apago toda a minha existência da internet! — Falo em sussurro sentindo uma grande pressão no ar, algo que me faz ter mais do que certeza que terei que me livrar de um grande imbecil. — Só pode ser algum tipo de piada. Que maldita boca. — Mal sussurro para os ventos e lá está ele, entrando para dentro com sua camisa social rosada, óculos escuros, mangas dobradas, tatuagens exageradas, calças apertadas e um copo de suco nas mãos com um canudinho horrível de papel. — Abriram os portões do inferno. — Ele sorri ao me ver, mostrando aqueles caninos que deixaram marcas em meu peito.

Sukuna — Eles armaram novamente. Mas estou começando a achar que é você quem gosta de ficar nessa situação, lindinha.

Sn — Dá um tempo, eu sequer gosto da sua cara. — Preparo para me levantar do banco de escoro ruim e no meu primeiro movimento ele se senta ao meu lado deixando o copo de suco sob a mesa. — Dá o fora daqui, não temos mais nada para falar!

Sukuna — Como se precisássemos de palavras. Naquele dia, os únicos sons que saíram da sua boca, foram o suficiente para mim, fedelha.

Sn — Temos a mesma idade, seu boçal, agora dá no pé, tenho mais o que fazer do que ficar por aqui te aturando! — O empurro para o lado em uma tentativa falha de sair. No entanto, ele com seu corpo cheio de músculos, parece se tornar uma muralha diante das minhas forças.

Sukuna — Eu já sabia que fariam isso de novo, era só questão de tempo. Seus amigos dizem que você só precisa de um homem na sua vida para parar de ser tão bruxa velha. — Ele sorrindo para mim com malícia, faz meu corpo querer um pouco mais do que tivemos naquele dia. — Se disser para mim agora que não quer mais daquilo, eu sei que vai estar mentindo e isso vai contra todas as coisas que costuma falar.

Sn — Ao contrário dessa sua boca suja, eu costumo falar a verdade o tempo todo! — Me afasto por um pequeno instante e sua mão vai até a minha coxa esquerda fazendo uma certa pressão que faz meus olhos se fecharem por segundos. Infelizmente eu estou em um beco sem saída, minha razão grita para que eu passe por debaixo da mesa e corra para fora, mas meus sentidos e meu corpo me fazem ficar nessa situação cheia de impasses.