61. Ele te marcou

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Tinha algo de diferente acontecendo comigo, mas não sabia ainda o que era. Agora marcada consigo identificar quando Lykos está perto ou não, até mesmo se sua atenção está em mim.

Me aproveitei ainda da parte que quando mentalizo o que quero ele sem saber o motivo obedece, após alguns dias me divertindo com isso que consegui entender que era exatamente isso que Esec fazia com ele.

Isso me levou a procurar sobre isso, como era agora sendo que eu fui marcada, a marca dela some ou só enfraquece e por falar e em marca já fiquei horas no espelho olhando atentamente nos locais onde ele me mordeu.

Não fica nada visível, mas quando passo a mão sinto o relevo e em questão de segundos Lykos está abraçando o meu corpo completamente excitado, entendi que o toque nas marcas poderiam servir para o chamar também, mas claro que não perdia o sexo todas às vezes que ele respondia o meu chamado.

Ele comentou comigo que meu cheiro realmente mudou, apesar de ainda ser de rosas ele está mais forte e adocicado, a intensidade muda de acordo com o meu humor, o que nos resultou em muitas gargalhadas, pois entendi que ele me analisava pelo cheiro.

Lykos precisou sair por uns dias por conta de uma nova aquisição da sua empresa, argumentei que não precisava se preocupar, pois iria ficar bem e Destin estaria por perto.

Após muitas recomendações como se fossemos crianças ele finalmente foi, não seria muito tempo, apenas quatro dias, mas eu já tinha na minha mente todo o cronograma montado na minha mente e com isso coloquei Destin para fora que não se aguentou e foi embora rindo.

Puxei todos os livros de Destin que falavam sobre essa relação dos marcados e como me faltava espaço me esparramei pela sala com os livros abertos, não parava a leitura nem mesmo para comer.

Dormi em ali na sala mesmo e me obrigava a sair dali apenas para ir ao banheiro e banho, Destin respeitou minha escolha de pesquisar sozinha e vinha apenas me lembrar de comer me entregando o prato de comida já quente na minha mão.

— O que tanto procura? — Destin finalmente me pergunta me fazendo sorrir.

— Os seus livros e de Lykos se separados fornece informações incompletas, mas quando se juntam — mostro a ele os livros que já estavam juntos pelo chão da sala.

— Puta merda Roz — ele olhava atentamente sorrindo, nenhum dos dois havia pensado nisso — Você não tem noção de quantos livros já foram descartados por acharem que estavam incompletos.

— Por favor, não fala que foi você que fez isso.

— Não... — ele pega uma dupla de livros — A marca antiga se anula junto com o compromisso assim que o novo sentimento seja correspondido e verdadeiro.

— Sim, e aqui nesta parte explica que apenas companheiros consegue fazer isso.

— Eu sabia que você era companheira de Lykos, o aceitou muito fácil.

— Não foi fácil — ele me olha segurando o riso — Para que não foi nada fácil resistir aquela gostosura toda.

— Tudo bem, eu te entendo — agora eu que começo a gargalhar por lembrar dele me contando os foras que já levou de Lykos.

No meio da tarde Destin foi embora me deixando ler tranquila, mas esse sossego todo acabou antes mesmo que eu pudesse aproveitar. Consegui sentir a presença de Esec rondando a casa, mas ela conseguiu chegar na porta apenas quando sua intenção mudou a fazendo deixar de lado a intenção de me machucar.

— Ele te deixou sozinha, não foi esperto da parte dele.

— Desculpa, chegou tarde, o lixeiro já passou e levou com ele as sobras.

— Você é muito engraçadinha, mas saiba que Lykos sempre... — enquanto ela falava eu retiro a minha blusa ficando apenas com uma de alcinha, quando prendi o cabelo ela chegou parar de falar e começou a se aproximar.

Subsisto (parar) — ela para no mesmo local ainda olhando as marcas nos meus ombros e pescoço.

— Ele te marcou.

— Sim, duas vezes para não ter erro — me viro mostrando o outro lado e sorrindo coloco a blusa novamente.

— Ele não poderia ter feito isso, eu sou a companheira dele.

— Companheira de merda hein — faço uma careta de nojo, mas Esec não se mexia e não era nem pelo feitiço que lancei e sim pelo seu choque de descobrir que agora ela é apenas uma loba normal como as outras.

A cadela perdeu completamente o valor que tinha para Trada, o desespero estava nítido no seu olhar e nós duas sabíamos o motivo, ela precisava ser marcada por Trada imediatamente ou então seria expulsa.

— Quando sair fecha a porta — ela apenas concorda com a cabeça e vai saindo de forma automática.

Não senti nem um pouco de pena dela, afinal o que essa cadela já aprontou não está escrito, ela deve ter sofrido muito com as lembranças que forcei ela passar, pois até o seu andar estava diferente, mas isso ainda é pouco.

Volto a minha atenção na leitura, preciso libertar aquelas almas o quanto antes e ainda nem sei como, mas nem tudo está perdido, afinal achei uma forma de manter uma adaga sempre comigo, aquela que absorveu meu sangue, acabou que eu entrou dentro do meu corpo aparece onde eu desejar, basta apenas a chamar em pensamento que ela surge em qualquer parte do meu corpo para me ajudar a me defender.

Já a outra, a mesma que Destin me avisou ser traiçoeira, preferi diminuir e deixar como pingente de pulseira, assim a tenho sempre por perto e, ao mesmo tempo, ela não pode me atacar sozinha.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora