80. Pior não fica

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Não conseguia me acalmar de forma alguma e isso estava atrapalhando as pessoas ao redor. Como o voo iria demorar muito e Lykos estava ficando impaciente com o atendente, resolvo apelar.

— Pode me dar uma ajudinha?

"O que precisa arco Iris?"

— Não conseguimos voo e Lykos vai acabar matando o atendente.

"Ele odeia que eu faço isso"

— Problema dele, eu também não queria vir e estou aqui.

Destin apenas começa a gargalhar e logo surge a minha frente me abraçando, Lykos quando escuta a sua voz pede para cancelar tudo e vem ao nosso encontro já fuzilando Destin com o olhar.

— Em minha defesa...

— Eu pedi, o quanto antes formos consigo voltar mais cedo ainda — Destin aponta para mim como se eu fosse a explicação e por estar nervosa o acerto com um tapa o fazendo reclamar.

Lykos acabou cedendo e quando chegamos a Las Vegas o humor dele estava péssimo, mas ao extremo mesmo e precisei me concentrar para não o provocar, ver ele todo estressadinho era muito raro, então quando eu conseguia sempre me esbaldava.

Após fazer o registro no hotel minha tremedeira voltou, Lykos não soltou da minha mão por nenhum momento assim como ele me prometeu. Ele optou em ir sozinho no hospital primeiro para saber os horários e como funcionariam as visitas enquanto eu esperei no quarto do hotel.

Quando Lykos chegou, eu já estava pulando ao seu redor para ele me falar logo as informações, mas quando as suas feições começaram a cair eu sabia que não eram boas notícias que ele ia me dar.

— Ela pediu para te chamar.

— Sim, você usou isso para me convencer a voltar.

— Mas ela te chamou para pagar a conta do hospital — me levanto com tudo e Lykos me puxa de volta para a cama me prendendo com o seu corpo — Eu já paguei, os procedimentos, medicamentos, exames e tudo mais que já foi feito.

— Eu disse que não deveria voltar.

— Roz, isso não me importa, o que quero é que você encerre esse ciclo, assim como quando me lembro do meu passado ele não me dói.

— Golpe baixo comparar minha irmã com tudo que te aconteceu.

— É que assim sei que você vai me ouvir, eu te amo muito para saber que isso ainda te machuca, já estamos aqui e vamos passar por isso juntos.

Não tinha argumento contra Lykos, ele estava certo, precisava colocar um ponto final nessa relação e trocar de número, para que eles não me encontrem mais. Passo a minha mão no seu rosto como forma de carinho, mas Lykos se levanta me fazendo bufar de raiva.

— O que foi Roz?

— Está fugindo — me levanto indo até o banheiro.

— Não estou — ele me segue e quando me vê nua a sua a frente paralisa.

— Está vendo? Se fosse em alguns dias atrás, você já teria retirado completamente as suas roupas enquanto os seus dedos já estariam dentro de mim.

— Estou me controlando — seus olhos entregam o seu desejo.

— Uma ótima maneira de conviver com uma viciada em sexo — ele finalmente retira a sua roupa e me puxa contra o seu corpo.

— Eu te amo.

— Eu também te amo, agora cala a boca e me faz gozar.

Não precisei falar mais nada e transamos tudo o que não foi feito na primeira vez, tanto ali no banheiro como na cama, onde acabei adormecendo após outra rodada de sexo, Lykos entendeu que os problemas externos não têm nada ver com a nossa vida e nossa intimidade, em outras palavras o mundo pode estar acabando lá fora, mas pelo menos vamos estar saciados.

Já tinha acordado há algum tempo, mas me mantive quieta para não ter que levantar, mas consegui fazer isso apenas enquanto Lykos dormia, pois ele me arrastou até o chuveiro, me lembrando que vamos ver a minha irmã daqui a pouco.

Estava realmente com medo do que iria encontrar, mas quando os meus olhos avistaram ela na cama daquele quarto, meu coração disparou. O dela pelo jeito também sentiu, pois logo aqueles aparelhos começaram a apitar e ela foi entubada e sedada.

Não estava pronta para ver ela daquela forma, muito menos para saber da boca do médico que ela foi gravemente ferida durante o ato sexual, que a polícia tentou encontrar o agressor, mas ele foi liberado quando mostrou o comprovante da agência que ela trabalha onde constava que ela era responsável pelo sexo brutal pelo qual ela estava sendo paga.

Morri de vergonha e só sabia negar com a cabeça enquanto ele falava, mas sua última fala me deixou surpresa, ele ressaltou que era nítida diferença entre nós duas e claramente não segui a mesma vida que ela, então ele pediu desculpas por ter me ligado.

Lykos começou a responder, mas eu tomei coragem e me posicionei avisando que não nos encontrávamos há muito tempo e o encontro foi recentemente que vim em lua de mel, mas que será a última vez que ela vai me ver.

Ele pediu apenas para esperar um pouco, pois isso faria uma diferença na minha vida, ou ela acordaria e nos entenderia, ele até sugeriu a falar tudo o que devo ter guardado ou então já saia daqui direto para o enterro dela.

Eu amei esse médico, pois ele não estava bancando o bom moço e certamente tudo o que conversamos se cair aos seus superiores ele será repreendido, mas ele tinha razão, essa era ultima chance que eu tinha de jogar na cara dela, tudo o planejei por todo esse tempo, pior ela não deveria ficar.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora