O médico nos permitiu ficar no quarto junto a ela, mas já fazia quaro dias que a cretina estava sedada e eu exausta de ficar ali parada ou sendo segurada por Lykos, pois as enfermeiras e até mesmo as médicas começaram o assediar.
Assim que aquele medico entrou no quarto, algumas enfermeiras ainda estavam ali se insinuando, ele olhou aquilo e ficou nítido que não aprovava e foi ali que me aproveitei.
— Ou você acorda essa cretina, ou vai ter que arrumar leitos para essas vadias, pois eu vou fazer um estrago neste andar.
— Acordem ela — ele estava segurando o riso e quando elas rebateram avisando que a médica deixou orientações, ele se exaltou — Sou um dos donos deste hospital e médico também, mandei acordar ela.
Lykos apenas olhou para mim com a sobrancelha erguida enquanto eu olhava com deboche para as enfermeiras que abaixavam a cabeça pela bronca, assim que Zana acordou e já estava sem o tubo ele saiu, mas antes de fechar a porta me lembrou que era minha última oportunidade.
Zana estava atordoada ainda e quando viu Lykos um sorriso cresceu, mas na mesma velocidade sumiu quando me sentei na cama acertando um tapa na sua cara. Ela ameaçou gritar, mas fui mais rápida e mostrei um cartão de compra da sua agência onde me permitia um sexo brutal com ela.
— Quietinha, pois eu paguei para bater em você, não é assim que funciona?
— Roz...
— Cala a boca Lykos — ele, que tinha se levantado, se senta novamente, deixando Zana em mais desespero ainda — Então você me chamou apenas para pagar as suas contas, sendo que os seus programas são caríssimos?
— Roz, eu fiquei com medo de morrer e não te ver.
— Toma vergonha nessa cara, você acabou com a minha vida quando produziu aquele vídeo e não vem me dizer que se arrepende, pois você jogou na minha cara isso quando estava vindo embora que não se arrepende, mas não vamos tão longe no tempo você foi até o meu quarto se oferecer para o meu marido enquanto vários homens estava esperando você me levar para eles brincarem.
— Como descobriu tudo isso?
— Isso importa? — eu já segurava firme o seu rosto a forçando me olhar — Presta bem atenção sua vadia de quinta categoria, nunca mais vai me ligar, nunca mais vai me procurar e se eu souber que tentou contato com o meu marido, seja diretamente ou então pelas empresas dele eu mesmo vou providenciar que apanhe tanto que morra no final, fui clara?
— Me desculpa Roz — ela começou a chorar igual fazia quando éramos crianças, mas desta vez não caio mais.
— Eu perguntei se fui clara — dou ouro tapa no seu rosto que já estava vermelho e os seus olhos mudaram demonstrando a verdadeira Zana.
— Ele mesmo vai me procurar, ninguém nunca gostou de você Roz, uma maluca que lia livro de magia que nunca existiu e nunca vai existir, ainda vou esfregar na sua cara os áudios dele gemendo o meu nome...
Sua voz some quando alguns enfermeiros entram no quarto e eu entrego o cartão para eles, antes de sair do quarto explico eles devem seguir exatamente as instruções e fiquem tranquilos, pois já está pago.
Ao sair do quarto Lykos estava quase espumando de raiva e seu maxilar trancado entregava que se ele abrisse a boca iria rosnar alto, encontramos o médico no corredor e já aviso que os custos daqui para frente é diretamente com ela, Lykos aperta a minha cintura, mas eu ignoro seus avisos e mantenho a minha postura e decisão.
— Por que fez aquilo? Achei que iria usar aquele cartão apenas para jogar na cara dela.
— Mas eu joguei na cara dela.
— Roz você permitiu que seis homens...
— Ela se vendeu e acabou com a minha adolescência por conta de uma merda de vídeo com seis caras, então nada melhor que encerrar esse ciclo com ela relembrando o passado.
Lykos não me respondeu, ao invés disso ele começou a rosnar enquanto as suas mãos foram para a minha cintura, tudo o que pensei que não poderia ficar pior, complicou mais ainda.
Pois os homens do hotel estavam nos seguindo até o estacionamento e para o azar deles nosso carro estava afastado de tudo. Eles começam soltar "elogios" ao meu corpo.
Quando ele ameaçou a se virar eu o toquei a sua mão o fazendo olhar para frente, seus rosnados estavam aumentando, afinal Lykos deve estar escutando tudo que eles estão falando.
— Você acabou de me acusar por recorrer à violência e agora meu amor vai fazer o quê? Conversar com eles?
— Quem é você? — ele segura o gemido quando aperto o seu membro — Não me importa, eu gosto dessa versão e como eu gosto.
— Ótima resposta para a sua pergunta inoportuna, agora vai se divertir, mas seja rápido e silencioso.
Não deu nem dois minutos os homens estavam mortos a nossa frente e Lykos sorrindo feito um psicopata, mas naquele momento não era apenas Lykos e sim o seu alfa, quando a porta ao nosso lado se abriu ele acabou rosnando e o médico que nos acompanhou apareceu sorrindo.
— Eu sabia que não estava enganado, senti o seu cheiro de longe.
— Quem é você — a voz de Lykos denunciava que ele iria atacar a qualquer momento.
— Alguém que não oferece perigo a vocês.
— Se não quer falar o nome, apenas me conte a sua natureza — entro na frente de Lykos que segura a minha cintura de forma firme.
— Sou um híbrido, bruxo e lobisomem alfa também, mas não como ele — uma mulher aparece ao seu lado, muito bonita por sinal e consigo entender que ela o chamou de Heres.
— Está demorando muito menos papo e mais ação anda — ela batia as mãos o fazendo rir baixo enquanto negava com a cabeça, assim que fecha os olhos os corpos simplesmente secam e quando os seus olhos se abrem eles pegam fogo, mas era um fogo negro que em questão de segundos consome os corpos não deixando nada para trás.
— Foi muito conhecer vocês dois quando nos reencontrar...
— Chega de drama, vamos logo — a mulher pisca para mim ignorando completamente Lykos e isso me fez sorrir e foi empurrando o médico, bruxo ou sei lá o que, para dentro sumindo nas sombras.
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Um Alfa, Um Segredo
WerewolfRoz está passando por seu pior momento, ao ser confundida com sua irmã gêmea que já saiu do país a mais de cinco anos, mas tudo muda quando ela é novamente ridicularizada na faculdade e o reitor precisa intervir a deixando como guia para Lykos Fotiá...