90. Me desculpa

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Aquilo não poderia estar acontecendo, eu estou em algum pesadelo, essa era a única explicação, por que raios ele está me mantendo presa aqui e que merda de cheiro é esse?

Não olhava para o corpo dele diretamente, mas pela minha visão periférica ele estava sim se tocando enquanto se aproxima de mim, não conseguia me mexer e quando ele sussurra que estava com saudade consegui entender que ele mesmo estava em transe.

— Se afasta dela, Orgi — a voz de Destin fez ele sair do transe momentos antes dele tocar aquela língua asquerosa na minha intimidade.

— Finalmente apareceu, achei que iria precisar sugar todo o sangue dela para conseguir chamar a sua atenção.

— Estou aqui, liberta ela — nenhum dos dois se mexia e como eu queria, ele fosse pertinho de Destin para conversar e sair finalmente de perto do meu corpo.

— Primeiro me conte o motivo dela ter o seu cheiro querido — ele estava manipulando Destin e acabou soltando as correntes, pois estava segurando as minhas pernas, mas meus braços estavam livres.

— Deixa de ser cretino — consigo acertar um tapa em seu rosto e quando ele me segura pelo pescoço, Destin o empurra para trás.

— Me desculpa — ele apenas sussurrava olhando para mim e não precisa de muito para saber que ele estava se culpando por tudo isso — Você me queria, estou aqui agora, a deixe em paz, deixa os dois em paz.

— Muitos pedidos e nada de valioso para trocar — ele se senta na poltrona que tinha próximo a umas cortinas pesadas que estavam fechadas.

— O que você quer? — Destin retira o seu sobre tudo e cobre o meu corpo fazendo sinal de silêncio.

— Quero a irmã do seu companheiro — Destin se vira de uma vez para ele.

Ele já tinha me contado que desistiu tem anos de encontrar sua alma gêmea, então por que ele estava pedindo a irmã? Esse pedido era manipulado e mesmo sem saber das outras informações já era motivo de e recusar.

— Por quê? Sabe muito bem que não encontrei e até desisti.

— Mas existe, e quero a irmã, não para ser apenas meu brinquedo como você é, a quero como esposa e mãe dos meus herdeiros.

— Com isso vai deixar Roz e Lykos em paz?

— Sim — ele faz sinal com os dedos para que Destin se aproxime — Suas almas eu entrego de presente na minha noite de núpcias, agora não demore, sabe muito bem que odeio esperar.

Meu coração já estava doendo pelo futuro dessa mulher, ninguém merece ter essa criatura ao seu lado, quando ele rasgou a roupa de Destin o fazendo sentar em seu membro de uma vez deixou bem claro que ele era pior ainda.

Seus olhos não desviavam dos meus enquanto Destin se movimentava, mas quando ele morde Destin o ar falta nos meus pulmões, ele não parava e mesmo quando Destin desmaia no seu colo ele não solta o corpo ainda sugando o sangue de Destin.

— Agora é sua vez fadinha — ele joga o corpo de Destin no chão e quando vem para o meu lado conseguimos escutar vários uivos e rosnados.

Pelo barulho alto deveria ter vários lobos brigando do lado de fora e quando ele volta se mexer a porta é aberta por eles, sorrindo ele abre a janela e foge por ela, estava de noite e a lua cheia preencheu o quarto.

Alguns lobos vão até Esec que estava acordando enquanto um se aproxima me olhando nos meus olhos, eu conhecia ele era o mesmo que me permitiu fazer carinho em sua cabeça da outra vez.

— Ele está a caminho — eu havia acertado, ele é apenas um jovem, sua aparência é que ele seja mais novo que eu, mas pela sua postura ele deve ser alguns dos lobos pequenos que conseguiram permanecer vivos no ataque ao Lykos.

— Matar ela na frente dele será mais gratificante — Esec estava cansada e vários gemidos de dor quando ela mexia em seu pescoço ou tocava nele — Espero que ele tenha acabado com o seu corpo, pois com esse ele nem fez nada — ela chuta o rosto de Destin e quando tento me mexer, sinto a mão do lobo que ainda olhava para ela, era um pedido mudo para não reagir.

Entrei no jogo dele e me finge que estava bem acabada, apesar de nunca querer passar por uma experiência dessa, com dor no coração peço desculpa para a mulher que irá ter que aguentar ele em troca da liberdade das nossas almas.

Esec deu a ordem para que me deixassem ali e preparassem logo de uma vez onde seria executada, pelo que entendi ela irá fazer o mesmo que fez com as mulheres nas visões de Lykos.

Pouco tempo depois que ela saiu do quarto, Destin deu sinais que estava acordando, ele toca onde aquele cretino mordeu e sua careta mostrava que não era somente ali que estava doendo.

— Tinha que arrumar um amante assim?

— Não foi por escolha minha e sim dele, me desculpa Roz...

— Deixa para depois, agora quero que vá atrás de Lykos, avisa a ele que Esec quer torturar ele, mas eu vou ficar viva.

— Como?

— Eu tenho um plano, mas preciso que ele entre no teatro todo.

— O que está aprontando?

— Sobrevivendo com a alcateia dele — Destin apenas sorriu e logo sumiu da minha frente, a parte que não contei é que ninguém sabe do meu plano ainda nem mesmo os lobos e corro o risco deles não aceitarem.

Um Alfa, Um SegredoOnde histórias criam vida. Descubra agora