Sinto meu corpo ainda todo dolorido, não como estava quando estava aberto, mas ainda sim a dor percorria pelo meu corpo todo, quando meus pés começam a ser massageados não consigo segurar o sorriso.
Respirando fundo vou me lembrando daqueles olhos lindos e ao tocar ao meu lado sinto os pacotinhos, eles eram tão pequenos e mesmo assim a presença dos dois eram enormes.
— Como se sente? — a voz de Lykos era baixa enquanto seus dedos subiam delicadamente pelas minhas pernas em uma massagem.
— Cansada — quando olho para Lykos ele estava com a sobrancelha erguida e isso me fez rir baixo e meu rosto de contorce em uma careta de dor — Com muita dor.
— Isso logo vai passar, sua cicatrização é até mais rápida que a minha.
— Por que está aí sentado?
— Não consegui dormir, está com fome? — nego com a cabeça, mas logo os dois começam a resmungar e sorrindo Lykos se levanta pegando Enver já o embalando para ele aguentar mais um pouco.
Mairin me olhava atentamente e nem parecia que dia horas de nascida, ela agarrou o meu peito com tanta vontade que nem parecia que a algumas horas eles tinham sugado tudo e mais um pouco.
Assim que a coloco na cama para pegar Enver ela já enche as fraldas, a careta que Lykos fez foi a melhor e para me ajudar a lembrar isso pelo resto da vida Destin apareceu na porta.
— O seu papai vai precisar muito de vocês, ele ama muito vocês, então cuidem muito bem dele quando a mamãe não estiver perto, tudo bem? — eu falava baixinho com Enver que me olhava atento com aqueles olhos rosados e agora entendi o fascínio de Lykos quando me viu assim.
— E da mamãe quem cuida? — Destin volta com Mairin no colo enquanto Lykos ficou dentro do banheiro e tenho certeza que ele está chorando, consigo sentir a tristeza dele.
— O papai quem mais? — respondo colocando os dois na cama — Me ajuda a levantar...
— De forma alguma, só tem horas que você foi cortada, vai ficar quieta até fechar tudo, mesmo com a cicatrização rápida, só sai dessa cama depois de três dias.
— Então traz tira ele de lá ou vou levantar sozinha.
— Teimosa — Destin foi até o banheiro e arrasta Lykos que estava com os olhos vermelhos pelo choro, ele só tinha tamanho ali, Mairin começou a resmungar assim que ele chegou perto e antes mesmo que eu pudesse pegar ele já estava com ela no colo a ninando.
Ela olhava atentamente para ele e sorri ao ver ele todo babão com ela e atencioso com Enver também que mais tarde fez a mesma coisa. Os dias passaram até rápido mesmo deitada.
No terceiro dia eu estava contando as horas para me levantar e tomar um banho, já que todos esses dias era tudo a base de magia e sinceramente não me senti limpa, preciso mesmo é da água com sabão.
Quando eles completaram uma semana estava, o tamanho deles já era compatível com bebês de um mês e assim foi até eles completarem as doze semanas onde já tinham tamanho de um ano.
Lykos não saiu do nosso lado em momento algum e claro que a ele passou os seus cios ocupados com os filhos assim como eu fiquei, nossos toques estavam restritos apenas em se abraçar até que um dos dois chorasse.
A noite era o único momento que conseguíamos ficar juntos e agarradinhos, mas o cansaço era tanto que apagávamos em seguida. Com o crescimento deles acelerados fomos obrigados a inserir a mamadeira e já comida.
Diversas vezes acordei no meio da noite apenas para espiar Lykos com eles no colo, os dois se espremiam e até mesmo ficavam pendurados no ombro de Lykos escutando falar.
Era um momento apenas deles, como se fosse marcado sempre as três da madrugada, estava os três acordados conversando sobre o dia, tanto que não me assustei quando a primeira palavra deles foi papai.
Lykos ficou tão assustado que não respondeu, mas quando Mairin chutou a sua canela ele abraçou Enver que já estava quase chorando, não consegui segurar a gargalhada quando ela veio me pedir colo resmungando.
— Eu...
— Papai — Mairin dá os braços para Lykos que com os olhos cheio de lágrimas a pega enquanto Enver estava no outro braço.
Ali respirei fundo sabendo que ele daria conta, sim, de cuidar dos dois e ainda se manter vivo, bom, na verdade, ele precisava se manter vivo agora de qualquer forma, pois os dois precisa dele.
Lykos acabou passando a liderança para Igétis que mesmo aceitando deixava todos cientes que o Alfa enquanto estava vivo era Lykos, mas ele que resolvia os problemas.
Com muito cuidado conversei com Lykos para ajudar Igétis então pelo menos uma vez por semana os dois conversavam no escritório e Lykos o lembrava da parte burocrática de se ter uma alcateia para cuidar.
O me chamou atenção é que os dois ficavam comigo no sofá em total silêncio apenas esperando o momento de Igétis se despedir para pular em cima do papai babão que perdia completamente a pose de malvadão quando se tratava deles.
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Um Alfa, Um Segredo
Manusia SerigalaRoz está passando por seu pior momento, ao ser confundida com sua irmã gêmea que já saiu do país a mais de cinco anos, mas tudo muda quando ela é novamente ridicularizada na faculdade e o reitor precisa intervir a deixando como guia para Lykos Fotiá...