Megumi Fushiguro leva uma vida comum como um adolescente do terceiro ano do ensino médio, prestes a se formar. Ele desfruta da companhia de seus dois melhores amigos e tem um pai adotivo brincalhão. No entanto, Megumi nunca poderia ter previsto que...
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Olha quem chegou. - Gojo aparece atrás de mim. - Megumi, dá espaço para seu pai passar.
Balanço um pouco minha cabeça, saindo do meu transe. Faço o que o Gojo pede, dou espaço sem olhar para o rosto do meu pai. Talvez vergonha? Meu pai passa do meu lado e fecho a porta.
- Sinta-se em casa, Toji! A sala é por ali! - Gojo fala, apontando o dedo para a entrada.
Puxo o braço do Gojo. - O que ele tá fazendo aqui? - Pergunto sussurrando, quando meu pai sai da cozinha.
Gojo sorri para mim. - Eu convidei ele, agora podemos jantar em família. E você não quer tentar ter uma boa relação com seu pai? Já pode começar por agora! - Gojo bagunça meus cabelos pretos.
Solto um suspiro para tentar tirar esse peso de mim. Lembro das coisas que falei para ele. - É, acho que você tem razão... - Eu e Gojo caminhamos até a sala. Quando chego, vejo meu pai sentado no sofá grande e Yuta ainda sentado no degrau da escada. Gojo senta no sofá de um lugar e eu caminho até Yuta.
- Então esse é seu pai? Ele é bonito. - Yuta comenta, olhando para meu pai.
- Não vem dar um de Nobara, não! - Falo baixo, lembrando das coisas que aquela pervertida falou sobre meu pai.
- Hum? - Yuta apenas me olha confuso. - Você não vai ficar lá com eles? Oferece alguma coisa para o seu pai. - Ele indica.
Concordo com a cabeça e vou em direção onde meu pai e Gojo estão. - P-Pai você quer alguma coisa para beber? - Falo sem olhar para seu rosto.
- Não, obrigado.
Silêncio.
Gojo nos observa atentamente enquanto meu pai, inquieto, bate repetidamente a perna de nervosismo, apoiando a outra mão no braço do sofá. Ele examina os quadros de fotografias espalhados pelas paredes da sala. Enquanto isso, eu permaneço imóvel, coçando ansiosamente o braço. Está um clima desconfortável na sala... Todo mundo em um silêncio absoluto.
- Que chato! Sabe de uma coisa? Estou cansado! Megumi! Sente-se ao lado do seu pai. Vamos ter uma conversa séria agora! - De repente, Gojo fala, e tanto eu quanto meu pai ficamos surpresos, com os olhos arregalados.
Faço o que o Satoru manda. Sento do lado do meu pai. Meu coração está batendo rápido de nervosismo.
- Megumi, acho que você deveria começar a explicar. - Gojo cruza suas pernas.
Solto um suspiro para tentar me acalmar. - P-Pai, me desculpa por... tudo o que falei, sinto muito... - Falo, olhando para minhas mãos que estão descansando em minhas pernas. Não tenho coragem de olhar para ele.
- Eu te perdou, filho. Eu também peço desculpas por ter batido no seu rosto. - Meu pai fala num tom arrependido.
- O que? Não... Eu mereci isso! Falei coisas horríveis para você. - Falo triste e envergonhado. Me sinto tão terrível! Sinto meus olhos começarem a ficar molhados...
