Prólogo

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Ás vezes, sonho com aquele dia. Sinto calafrios e abro os olhos...

Eu não quero voltar.

A correria junto com a ventania da noite fria, sirenes da polícia ecoava pela rodovia. Quem estivesse ali parava para ver os jovens correndo como se suas vidas dependesse daquilo, mas todos com sorrisos eufóricos.

                                  ~☆~

O relógio marcava 00:30 quando o celular tocou. O homem vestido em seu roupão de cetim levantou-se grogue pelo sono recém despertada, pegou o celular e atendeu o número desconhecido.  

— Sim, aqui quem fala é Park Seungmin. - O semblante de preocupação tornou no rosto bonito do homem. — D-delegacia? - Gaguejou. — Chego em alguns minutos!

Revirou seu guarda roupa e vestiu a primeira roupa de inverno que viu, não se importando com a paleta de cores totalmente desiguais. Acordou seu marido, na cabeça do casal só havia preocupação.

As ruas de Seul estavam vazias graças ao inverno rigoroso, sendo mais fácil de chegar na delegacia.

Adentrou afobado, sendo seguido pelo seu marido.

— Meu filho! - Os olhos escuros encontraram com o do filho, sentado ao lado dos outro seis jovens, de cabeça abaixada os fios ruivos cobrindo parcialmente o rosto.

O homem abraçou aliviado o filho, que retribuiu o abraço na mesma intensidade. Levou a mão com as unhas bem feitas até o queixo fino do garoto. Quando seus olhos se encontraram, abriu os lábios em choque, mas não foi preciso se pronunciar.  

— O que aconteceu com meu filho?! - Park Bangchan.

— Senhor, mantenha a calma! - Um policial disse, tentando apaziguar a situação.

— Calma? Meu filho está com olho roxoa - De fato, era perceptível o olho roxo e inchado seguido pelo corte nos lábios gordinhos.

— Seu filho se envolveu em uma briga de bar. - Argumentou o policial. - Aparentemente, eles começaram a briga e acabou generalizando.

— Eles começaram, já disse! - Um dos garotos se pronunciou. Ele usava jaqueta de couro, uma calça rasgada e piercing nos lábios.

— Você é Jungkook, certo? - O Sr. Park reconheceu o amigo do filho.

— Sim, senhor! - Curvou-se, respeitoso.

— Me diga, o que aconteceu com vocês? - Sr Park perguntou.

— Eles nos ameaçaram e fizeram piadas homofóbicas ao Jimin, apenas revidamos, foi legítima defesa!

— Ah, meu filho! Onde estão os responsáveis pelo olho roxo do meu filho?! - Park Seungmin esbravejou.

— Nós não achamos necessário Sr. Park. - O policial disse.

— Então o meu filho sofre agressões, e somente eles são tragos até a delegacia? - Bangchan suspirou irritado. - Isso é totalmente imparcial, vamos para casa! E fiquem ciente que irei processá-los.

Bangchan era um renomado juiz de Seul, conhecido por sua moralidade e pulso firme dentro dos tribunais.

— Jimin! Você já vai? - Jungkook se aproximou.

— Eu tenho que ir, mas eu vou voltar. - Deixou um beijo na bochecha do moreno, antes de se despedir dos amigos e ir embora junto com seus pais.

— Ah meu Deus! - A voz grossa ecoou, quebrando o silêncio.

— Taehyung? Aconteceu alguma coisa? - Hoseok perguntou preocupado.

— Meu pai vai me matar! - O rosto de choque enquanto lia as mensagens do seu pai no seu celular.
                     
                                  ☆☆

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