Isabella Parker.
Todos nós estávamos na sala, e eu sentia uma necessidade surreal de um banho. Estava me sentindo suja pelos toques do Gabriel; toda vez que ele aparecia, me destruía um pouco mais.
Caminhei até o meu quarto, adentrei o banheiro e me despi enquanto ligava o chuveiro para tomar um bom banho quente. Ao olhar, percebi que meu sabonete havia acabado.
Desliguei o chuveiro, coloquei um roupão e saí do banheiro. Ao abrir a porta do quarto para buscar outro sabonete na despensa, vi meu irmão e o documento conversando em sussurros, como se não quisessem que eu ouvisse.
Fechei a porta novamente e fiquei olhando pela brecha, tentando ouvir o que estavam discutindo.
— Você tem certeza? Estavam muito próximos e eu definitivamente não quero ter que lidar com isso. – Meu irmão disse, parecia estar duvidando do Gustavo sobre algo que eu ainda não havia entendido.
— É claro que tenho certeza! Ela é sua irmã. Você acha mesmo que eu iria me apaixonar por ela? Ela é apenas uma pirralha, isso é impossível. – Gustavo soltou as palavras com seriedade. Comecei a juntar as peças e entender o assunto.
— Acho bom, eu não quero ter que lidar com ela apaixonada por você. Você é um mulherengo e ela é o tipo de menina que lê livros achando que vai acontecer com ela algum dia. – Gustavo soltou, e eu confesso que me senti um pouco ofendida.
— Eu já disse, não sinto nada por ela! Eu a ajudei e faria aquilo por qualquer outra garota.
— Fico feliz. Não se aproxime dela com segundas intenções. – Ph finalizou.
— É óbvio que eu não me aproximaria, eu já disse, ela é sua irmã, apenas uma pirralha. Jamais sentiria algo por ela. – Ele disse. Não é como se eu estivesse apaixonada e obcecada por ele, mas ouvir aquilo me deixou um pouco sem reação.
Saí do meu quarto como se não tivesse escutado nada e fui direto para a despensa. Senti os olhares dos dois me queimarem, assustados, com medo de que eu tivesse escutado algo.
Peguei o sabonete e voltei ao meu quarto. Não queria olhar para o rosto de nenhum dos dois até pelo menos amanhã.
[...]
Eu podia jurar que ele sentia algo, nem que fosse pena, mas pelo jeito que ele falou, pelo tom da sua voz, parecia que ele não sentia nem pena.
Muitos dizem que os olhos não mentem, mas por que os olhos dele mentiram tão bem?
Tudo bem que não nos conhecemos há anos, e ele não é apaixonado por mim, mas ele disse aquilo com tanta sinceridade e frieza que foi como se eu e uma pedra fosse a mesma coisa.
Mas eu não me importo. Nunca vou sentir nada por ele. Que se dane, nunca mais vou falar com esse desgraçado.
Saí dos meus pensamentos ao ouvir um barulho vindo do meu quarto. Rapidamente enrolei a toalha e fui verificar.
Olhei ao redor e não vi nada de diferente. Estranhei a situação e apenas deixei passar, indo em direção ao meu closet, onde encontrei uma figura masculina alta com uma mochila nas costas.
Ele estava de costas para mim. Pensei rapidamente e olhei ao redor, buscando por algum objeto.
Peguei meu secador de cabelo e rapidamente o lancei na cabeça do homem alto.
Ele caiu no chão, resmungando de dor, e fixou seu olhar em mim. Fechei minhas pernas, o pervertido olhou por debaixo da minha toalha!
— SEU LADRÃO, PERVERTIDO, SAFADO! – Berrei enquanto meu coração acelerava. Eu estava com medo e logo escutei passos atrás de mim. Peguei novamente o meu secador, caso fossem mais ladrões.
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Entre luxos e simplicidade.
Fanfiction"Entre luxos e simplicidade" é uma história emocionante sobre amor, diferenças e a coragem de ser quem você realmente é. Uma jornada inesquecível, repleta de reviravoltas e paixão. Ela era a personificação da delicadeza, uma jovem da alta sociedade...