09 | Encontro n°1

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Narrado por Ruka






Estava deitada em minha cama, pensando aonde eu e Pharita poderíamos ir no nosso primeiro encontro, até que Lisa entra no meu quarto.



— Ruka? A Min-hye tá te chamando — diz Lisa.


Argh, Lisa. Eu já te falei que a "Min-hye" é nossa mãe! — digo e reviro os olhos.


— Shiu! Kawai Ruka, ela é apenas minha genitora. Minha mãe é Anny, eu sei que você também não considera Min-hye como mãe. Nem venha com esse papo! Te conheço a 17 anos. — a mesma diz e faz sinal de silêncio.


— Tá, fala o que a velha safada quer, tô sem tempo. — digo


— Ué, há três segundos atrás não era sua "mãe"? — Provoca Lisa


— Lisa! Deixa de ser tão chata! Sua mocreia. — digo e cruzo os braços


— Qual é, adotada! Tá bom, a velha safada tá com raiva de você por que ela diz que encontrou uma camisinha no seu segundo quarto. — diz Lisa


— O QUE? — Grito, Asa sua vadia. Você me paga.


— Isso é coisa de Asa né? — Diz Lisa, digitando em seu telefone.


— Como você sabe? — Digo, Asa adora me enganar, fazendo piadinhas desse tipo. Ela é uma vaca desnaturada, porém eu amo ela. Devo ter achado ela numa fazenda.


— Meu bem, você e Asa se conhecem há mais de 10 anos, ela pisou na nossa casa várias vezes e você acha que eu não conheço a Asa? — diz Lisa


— Tudo bem, estou indo ouvir xingamentos da putiane de esquina. — digo e me levanto.


— Há boatos que ela adora rodar bolsinha na esquina — diz Lisa e eu e ela damos risada.



Abro a porta do meu quarto, eu e Lisa saímos. Porém, Lisa vai para o seu quarto e eu vou para o escritório da corna mansa.


— Oi, mamãe. Fale. — digo e me curvo quando a vejo.


— Você já sabe né? Andou trazendo meninos pra cá! — minha mãe diz e se levanta, mal sabe ela que eu gosto de outra fruta.


— Qual é, mãe! Você sabe que eu nunca namorei e muito menos fiquei com homens! — digo.


— Kawai Ruka, você me dá total desprezo, eu odeio ter uma filha como você. Você é só um acidente na minha vida! Era pra eu ter somente Lisa! — a mesma fala e vem na minha direção.


— Eu já sei que sou um acidente na sua vida! Não precisa ficar me lembrando disso toda hora. — digo e abaixo a cabeça, minha mãe segura em meu queixo para eu olhar pra ela.


— Se eu descobrir que você é lésbica, eu te mato! Você tá me entendendo né? — ela diz e solta meu queixo.


— E se eu for? Você nem liga pra mim mesmo! Pra você eu só sou uma "inútil, um acidente, um lixo" nada mais do que além disso! Se você não fosse irresponsável, você não teria me tido! Agora, não coloque a sua culpa em mim! Eu nunca tive culpa de ter uma mãe tão irresponsável. — digo e abro a porta do escritório e logo fecho com tudo.






Dias se passam e eu escolhi levar Pharita num restaurante muito chique.


— Oi, Ruka. — a mesma diz e da um sorriso de lado para mim, fico encantada.


— Oi, Pharita. — digo e abro espaço para ela entrar. — Vamos? — estendo minha mão para ela.



A mesma para um tempo e eu penso se devo chamá-la ou não, porém, a hora estava se passando.



— Pharita? — Chamo a mesma que me olha, dá um sorriso e segura minha mão.



Entramos no restaurante e percebo Pharita chocada com a beleza do restaurante.



— Nossa, esse restaurante parece ser chique e muito caro. — a mesma diz olhando em volta.



— Sim, porquê eu comprei o restaurante. — digo e a mesma me olha.



— Você comprou esse restaurante? Só para essa ocasião?... — Pharita diz.



— Óbvio, Pharita. Você ainda não percebeu que eu estou afim de você? Pois bem, eu vou comprar até o mundo se for por você. — digo e peço algo para mim.



Se ela ainda não percebeu... Ou ela é tonta ou se faz de sonsa.




— Você vai querer o que? — digo, a tirando dos seus devaneios.




— Ah é, irei pedir agora. — digo e a mesma pega o cardápio. — Posso escolher qualquer coisa? — Pharita pergunta e eu respondo que sim, como se fosse óbvio que se ela quisesse todas as comidas que tem no restaurante, eu compraria.







Narrado por Pharita



É realmente chocante que eu estava há algumas semanas odiando Kawai Ruka e hoje ela está aqui, num encontro comigo... Comprou um restaurante e tudo isso.. Para mim.



Eu não podia acreditar numa coisa dessas, logo que saísse daqui iria contar para Chiquita o que aconteceu... Até hoje nunca contei para ninguém o que aconteceu entre mim e Ruka.



Apenas Rora sabia, pois, ela namora Asa em segredo... Não sei o porquê tem de ser em segredo, mas tudo bem. A vida é delas, não minha.



A noite se passou calma e devagar, estar com Ruka era muito bom... Não sei porque tinha essa sensação perto dela. E sim, ela comprou TUDO que eu queria, simplesmente TUDO, o dinheiro da conta dela não acaba não? Óbvio que não acaba, é a família Kawai Manobal.



Agora, ela estava me levando para casa, o carro estava em silêncio, o motorista particular dela veio nós buscar e Ruka estava mexendo no celular.



Quando chegamos na minha casa, ela desce do carro rapidamente e abre a porta do carro para mim.



— Até o próximo encontro, Pharita! — ela diz e estende a mão para eu sair, seguro em sua mão, que eu poderia ficar segurando por horas e saio do carro.



— Até a próxima, Ruka! — digo e quando a mesma ia entrar no carro novamente, algo diz para eu impedir ela e fazer algo chocante...



— Espera, Ruka. — Digo e seguro em seu braço, impedindo ela de sair de perto de mim.



— O que houve, Pharita? — Ruka diz, confusa.



Me aproxima dela, ficando na ponta do pé e a beijo, nossos lábios se encaixavam muito bem um no outro.



— Tchau. — Digo, bem envergonhada e entro em casa rápido, quando vou olhar pela janela, o carro dela havia acabado de sair de lá.



Que merda que eu acabei de fazer? Aí, eu tô muito confusa. Eu jurava que era hétero... Mas depois desse beijo e no que fizemos no outro dia, eu estou muito desconfiada da minha sexualidade.



O que será e aonde será o segundo encontro? O que me espera logo em frente?































Inimigas do Amor (RUPHA)Onde histórias criam vida. Descubra agora