In your street Ep 1: dog attack

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Notas do autor

As imagens são meramente ilustrativas. A aparência das garotas será descrita na própria história. A inspiração do início da história se deve a um sonho que tive. Alycia, onde quer que estejas, saiba que você me encantou e inspirou profundamente 💕

Ana's POV

Mais um dia comum de férias em que saio meio desleixada para buscar almoço na rua. Eu sempre tive esse costume, ficar confortável em casa mal vestida, e as vezes levava esse costume pra rua quando não tinha lugar especial nenhum a ir, não quer eu fosse terrível, mas apenas, não me arrumava. Naquele dia eu estava com um cropped preto de manga longa, uma calça cargo caqui, e um tênis Nike branco. Meu cabelo estava um pouco... hum, rebelde, para não se dizer desgrenhado, e eu estava com olheiras quase que profundas, das madrugadas mal dormidas da minha já velha e costumeira insônia. Pode ser difícil de acreditar, mas as vezes eu me sentia bem com essa estética, me sentia eu mesma, como se não tivesse que usar uma máscara para agradar. Minha mãe sempre costumava dizer que mulheres devem se arrumar para si mesmas, mas a minha satisfação vinha justamente do fato de não me arrumar fora de ocasiões especiais. Voltando ao assunto da insônia, ela praticamente tinha nome e gênero: Lucas.

Lucas era um garoto que eu tinha um lance há muito tempo, porém ele vivia me enrolando, ao mesmo tempo que me convencia de que eu era especial para ele. Depois de muitas decepções, eu já estava caminhando para um estágio de desapego, ao mesmo momento que ainda estava no estágio da fossa.

Caminhava lenta e tranquilamente olhando as vezes para frente e as vezes para o chão, quando do nada uma praga em forma de 4 patas me ataca em um latido estridente. Pulava em minhas pernas, puxava a barra da calça, e tentava a todo custo escalar minhas pernas com suas patinhas fininhas, sem sucesso. Me obriguei a parar meu caminho e ficar olhando para o "cusco" de cor preto vira-lata, me lembrando que não gostava de cachorros, e que desde pequena tinha trauma e desgosto por seus latidos. Me obriguei a segurar a onda e esperar, como sempre se faz nesses casos, a dona/o tomar partido. Mas então eu olhei para trás e percebi um carro com as portas abertas, certamente o dono estaria alí por perto, mais pra frente do carro observei uma garota que estava de costas conversando com alguém, completamente alheia a situação

— EI!— gritei, já cansada de ter que aturar esse cãozinho e até com medo de ele conseguir me escalar.

Quando a garota se virou para mim e chamou o cachorro ele logo desistiu da minha calça e se voltou em direção a ela, pensei que com a cara horrorosa de ódio que a fitei ela me devolveria na mesma moeda, mas não, ela apenas, graciosamente me ofereceu o sorriso mais bonito do mundo. Apenas encarei com incredulidade e continuei meu caminho, a olhando por trás naquele último contato visual entre nós, antes mesmo de virar pra frente e continuar caminhando. Só sei que depois daquele dia eu nunca mais seria a mesma

Notas do autor

O que acharam do capítulo introdutório? Vocês esperam surpresas ou o básico dessa história?

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