Sextas a noite e remédios trocados

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 Apuh vagava pelas ruas de Topcity, aquilo era uma cena que acontecia constantemente na cidade. Os pés já sabia aonde levá-lo e ele apenas deixava-se ir. Era uma noite de sexta feira ele tinha acabado de sair do escritório. O paletó vermelho no ombro e uma camiseta branca por debaixo dele. O suor escorria levemente pela camisa e a deixava molhada com facilidade. A onda de calor na cidade era grande.

 Sem se dar conta, Apuh já estava na porta do bar do Ralls. O letreiro de luzes falsificadas de LED, vendidas por Ayu, brilhavam em sua iluminação vermelha, azul e branco. O prefeito entra e se larga em um dos bancos próximo ao bartender que gentilmente entrega-lhe um copo. O bar estava lotado, como acontecia todas as sextas e sábados de noite. O barista não se preocupava com a situação, exceto quando flertavam com ele. Aquilo sim era estressante. Ele já gostava de alguém, mas não tinha certeza se a pessoa gostava dele da mesma maneira.

 — Opa Ralls. – fala o ruivo – Lotado hoje, não?

 — Olá prefeito. O mesmo de sempre? – pergunta o bartender, entregando uma cerveja para Danrique, que sorri e volta para a mesa.

 A música era resultado de um karaokê improvisado que Ralls havia feito. No palco estavam Danrique, Eokor e Jazzghost, cantando I kissed a girl, de Kate Perry. Jazz aparentava estar sóbrio, enquanto Dan e Eokor estavam definitivamente bêbados. O ruivo olha para o palco e observa os três acabarem a música com um beijo triplo. A plateia grita en aprovação. Eles saem da visão do público e Apuh não consegue mais vê-los.

 Ele olha para o palco, na qual não tem ninguém. O ruivo não esperava fazer aquilo novamente e nem se lembrar de nada durante o dia seguinte, então ele bebe o drink mais forte que Ralls serviu e vai para o palco. Bom, só se vive uma vez, pensa Apuh.

 Ele arrisca cantar Bad Romance, de Lady Gaga, e acerta em cheio. E chega a parte em francês. Bom, durante um tempo ele havia treinado a língua francesa, mas não sabia se lembrava de certas coisas.

 — Je veux ton amour, je veux ta vengeance, je veux ton amour, I don't wanna be friends. Je veux ton amour, je veux ta vengeance, je veux ton amour, I don't wanna be friends. – canta o ruivo, a voz ressoando no bar. O mafioso levanta o olhar e observa o palco com atenção. Era... Apuh?

 O ruivo recebe palmas das pessoas presentes e saí do palco, ligeiramente cansado e bêbado. Ele volta a se largar no banco perto do balcão e sem pedir, Ralls entrega uma água para o prefeito.

 — Obrigado Ralls. – fala o ruivo, rouco por causa da música.

 Lggj estava no banco vizinho e observa Apuh beber a água e molhar o próprio corpo. Ele fricciona as pernas e balança a cabeça, afastando os pensamentos proibidos da mente. Lg não conseguia esconder muito bem a protuberância entre as pernas e aquilo não passou despercebido por um Apuh meio-sóbrio.

  — Então você gostou da apresentação e do meu corpo, Lg? – as mãos do prefeito passam pelas coxas do moreno, que cora e nega com a cabeça. 

 — Então... – sussurra Apuh no ouvido de Lggj. – ...porque você ficou tão... duro e excitado?

 Apuh afaga a protuberância de Lg e põe uma das mãos dentro da calça preta do moreno. Ralls percebe o movimento e indica para o de olhos magenta uma porta no final do corredor. O moreno ergue os polegares e leva Apuh para a sala dita pelo barman. Aquilo não podia estar acontecendo, pensa Lg. Apuh joga o de olhos magenta na cama e o beija. Os lábios com gosto de bebida alcoólica e gloss labial de morango não passam despercebidos pelo rival que se entrega aquele momento e deixa o prefeito retirar suas peças de roupa. Se Lg tivesse que dizer o quanto ele amava Apuh, ele diria. O amor pelo prefeito era apenas dividido pela rivalidade e pelas amizades do moreno.

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⏰ Última atualização: Aug 09 ⏰

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