𝗦𝗧𝗔𝗥𝗕𝗢𝗬, ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ

𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 5, secrets.

Capítulo 5, segredinhos.

PASSOU-SE UMA SEMANA desde que a situação embaraçosa na floresta expôs a complexidade dos sentimentos entre Bakugou e Erick. Durante esses dias, a tensão entre eles só aumentou, mas de uma forma que ambos começaram a aceitar. Embora ainda mantivessem a relação em segredo, momentos roubados de intimidade se tornaram frequentes, especialmente à noite, quando a academia estava silenciosa e todos os outros alunos dormiam.

A semana de intensos treinos e missões havia deixado todos exaustos, mas também tinha proporcionado várias oportunidades para que Bakugou e Erick se aproximassem. Conversas noturnas na varanda, beijos escondidos nos corredores escuros, e a cumplicidade crescente tornaram a relação deles mais forte, mesmo que nenhum dos dois quisesse admitir isso em voz alta.

Numa dessas noites tranquilas, depois de um longo dia de treino, ambos se encontraram na pequena cozinha da academia. O aroma reconfortante de sopa de galinha enchia o ambiente, aquecendo não só o corpo, mas também os corações dos dois jovens.

POV: ERICK: Cozinha da Academia.

- Erick, deixe-me terminar antes que eu te expulse dessa cozinha. - Bakugou falou revirando os olhos enquanto mexia a sopa no fogão.

Depois de um longo treinamento, alguns alunos ficaram famintos e, por o loirinho ser ótimo na cozinha - hobby que descobri hoje - ele veio fazer o jantar para todos nós. A cozinha é pequena, mas aconchegante, tudo construído em madeira, e o cheiro de sopa de galinha exalava no ambiente iluminado.

É, obviamente eu vim ajudar, ou melhor, atrapalhar um pouquinho o gatinho raivoso.

- Gatinho mau, me deixa te ajudar - abracei suas costas, contornando meus braços em sua cintura - Hum? Deixa, vai.

- Kiri já me falou que você é péssimo nisso. Você vai acabar envenenando a gente se eu te deixar ajudar.

- Você e Kirishima falam de mim?! - sorri animado - Então você se interessa por mim, gatinho. - beijei suavemente seu pescoço.

- Para. Alguém pode ver a gente.

Eu e Katsuki combinamos de deixar essa relação bagunçada em particular, na verdade, mas ele que decidiu isso mais do que eu. Estava tão óbvio para todo mundo, ou pelo menos para metade do nosso grupinho. Principalmente para mim depois da discussão que tive com o loirinho sobre nosso momento íntimo na floresta, eu sabia que estava sentindo algo a mais em tudo isso. Quando eu queria pegar alguém, não corria atrás como corro atrás dele.

Meu coração está bagunçado.

Esses dias estão sendo perigosos e, só de lembrar, meu sangue se enche de adrenalina por nossas saídas juntos por aí se beijando escondidos e nossas madrugadas de insônia na varanda.

E não eram só toques, eram conversas, brigas bobas, e eu tentando a qualquer custo arrancar um sorriso maroto dele. Eu estou amando tudo isso, mesmo sendo orgulhoso para falar em voz alta.

- Ninguém vai ver. - beijei sua bochecha - Todos estão cansados dos treinos de hoje, doçura.

- Doçura? - Bakugou rosnou, tentando disfarçar o sorriso que ameaçava se formar.- Você realmente não sabe a hora de parar, né?

- Claro que sei, - Puxei-o para mais perto, sentindo a tensão em seu corpo. - mas com você, é difícil resistir.

Bakugou suspirou, suas mãos ainda mexendo a sopa, mas agora com menos firmeza. Eu podia sentir a batalha interna que ele travava entre manter as aparências e se entregar ao que sentia.