07

501 69 29
                                    

Sinceramente, aquela foi a pior ideia mirabolante que eu já tive, no momento eu me encontrava em cima da árvore que era do lado da minha janela mas sabe qual era o problema? O problema era que eu demorei mais de 20 minutos, 20 minutos! Para subir em uma simples árvore, e por qual motivo? A árvore era fina e ficava balançando toda hora!

Mas enfim, eu já estava ali em cima, agora só precisava pular para dentro do meu quarto, era simples, ou eu caía de árvore a baico e quebrava um braço ou caía no chão duro do meu quarto mas sem dúvidas, era melhor cair no chão duro do meu quarto, acredite, eu já quebrei minha clavícula em três partes e não foi nada agradável.

Tudo estava péssimo, não tinha como piorar, na verdade era o que eu imaginava até ouvir algumas risadinhas vindo de lá de baixo e quanto olhei, era o bendito do cabeça de fósforo morrendo de rir de mim, sério, ele não tinha hora para chegar em casa não?!

— Que coisa feia, Estherzinha.. entrando escondida no quarto pela janela? – O japonês disse sarcástico olhando para cima.

— Toma conta da sua vida, Kokimoto. Vê se não enche meu saco! – Respondi grossa, esticando meus braços para abrir a janela do quarto.

Estava prestes a alcançar a janela quando a árvore se mexeu bruscamente, fazendo meu coração gelar e me agarrar ao galho que estava em cima.

— Acha mesmo que vou deixar você entrar? – Ele falou rindo novamente, sua risada me dava nos nervos.

— Porque você não vai se preocupar em colocar um aparelho para endireitar esses seus dentes tortos invés de tentar me matar?! – Exclamei já bufando de raiva.

— Ah é? Então o que acha de ficar combinando comigo? – Kokimoto disse e novamente começou a balançar a árvore.

Já estava começando a me desesperar com a situação, eu estava realmente ficando com medo de cair daquela árvore e me quebrar novamente.

— Kokimoto, para com isso por favor! – Gritei em desespero.

— Olha só, ela tá morrendo de medinho de cair! – O japonês apontou em minha direção começando a gargalhar novamente.

— Seu estúpido, cabeça de fósforo, dente torto, cabelo de água de salsicha, japorongo! Eu te odeio, seu tonhão! – Gritei aborrecida e antes que pudesse voltar a balançar a árvore, pulei de uma vez para minha janela.

Graças a meu bom Deus, cai sã e salva dentro do quarto mas rapidamente me levantei e coloquei metade do meu corpo para fora da janela olhando para o ruivo indignada, não conseguia acreditar que aquele sem noção tinha feito essa brincadeira de péssimo gosto comigo! Eu não costuma a fazer gestos feios, minha avó diz que arrancaria meu dedo se me visse algum dia fazendo aquilo mas como se tratava de Kokimoto Mishima, não pensei duas vezes antes de mostrar o dedo do meio para o menino.

— Vai embora, seu canalha! – Exclamei após mostrar o dedo do meio.

— Nossa, que grosseria. – Ele colocou a mão no peito fingindo se sentir ofendido. — Tenha péssimos sonhos, Esther... mas, tome cuidado ao ir no banheiro de noite, você pode ver a loira do banheiro.. a não, claro que você não veria, você já é ela!

Kokimoto novamente começou a rir e saiu correndo, me fazendo bufar e revirar os olhos, batendo minha janela, fechando as cortinas logo em seguida.

— Argh! Como um sushi e meio consegue ser tão insuportável?! A minha vontade é d.. – Me virei reclamando sozinha mas travei ao ver minha avó apoiada na porta.

— Tá tudo bem, Esther? – Ela questionou com um olhar de desconfiança.

— Claro que sim, vovó! Eu já... já tô indo dormindo viu? Beijos, boa noite! – Falei desengonçada, inventando qualquer coisa para ficar sozinha novamente e então, bati a porta.

𝐌𝐄𝐔 𝐉𝐀𝐏𝐈𝐍𝐇𝐀 | 𝐊𝗼𝗸𝗶𝗺𝗼𝘁𝗼 𝐌𝗶𝘀𝗵𝗶𝗺𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora